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Meu passado

Flashback
26 de agosto em 2015.

Zack James, era o novo do meu meio-irmão, e mesmo minha mãe achando que eu não sei sobre a existência dele, ela não conseguia me enganar, mesmo com todo seu ar angelical e papai agindo como um homem de negócios.

Mas meu pai não passava de um gerente de bancos, fascinado por handball, no qual assistia todo os jogos finais de semana, na sua poltrona verde.

Minha mãe, confesso que era uma pessoa admirável e poderia até considera-la uma verdadeira mulher, mas infelizmente, eu descobri o seu pior e mais podre segredo. Estava tudo em uma mera gaveta..

Mais cedo.

— America, vá separar o material da escola para amanhã! — Ela gritou — Lave as mãos para jantar e desça quando estiver pronta! — Alertou-me —

Eu odeio a droga da arte, porquê tinha que ser uma matéria cheia de formas e desenhos impossíveis de se resolver ?! Infelizmente, eu precisava terminar esse projeto hoje mesmo, senão levaria um belo zero.

— Mãe, eu preciso da cola azul! — Gritei da escada, me apoiando no corrimão de madeira —

— Está no escritório, filha! — Ela me encarou lá de baixo — Na caixa embaixo da mesa do computador.. — Se virou para cozinhar o macarrão —

Assenti e fui andando apressadamente até o escritório da casa, o qual ficava entre meu quarto e o dos meus pais, que era totalmente maior e diferente que o meu.

Eu me abaixei para vasculhar a droga da caixa aonde tinha a cola azul, para que eu pudesse realmente terminar meu projeto de artes e finalmente me livrar, para jantar e ouvir taylor swift.

— Mãe eu não ac.. — Interrompi minha fala — Já achei! — Disse distraída, pegando uma caixa de tom vermelho escuro.

Eu tinha pavor de tomar sustos enquanto estava distraída, e papai era mestre em fazer isto, fechei a porta e me sentei encostada na mesma, para que meu peso a impedisse de ser aberta.

A caixa de tom vermelho era chamativa, instigante devo dizer, era média e parecia mais um daqueles presentes de natal, o qual você espera o ano inteiro e no final ganha algo como uma meia. Mas o que tinha ali não era uma meia..

Certidão de nascimento. Fotos antigas. Uma pequena pulseira de recém-nascidos. Agenda de telefones.

Cada vez que aqueles papéis passavam na minha mão, eu tremia cada vez mais, eu poderia ser burra, mas não a ponto de saber que minha mãe estava escondendo um filho. De outro homem. Ele tem a mesma idade que eu.

— Isso não é verdade.. — Neguei com a cabeça — Que merda, ele tem uma certidão! — Disse espantada — Eu preciso disso! — Coloquei a agenda de telefone dentro da minha blusa —

Arrumei tudo antes que alguém questionasse da minha demora no escritório, peguei a cola azul e segui direto para o meu quarto aconchegante.

Esta noite eu perdi a apetite, troquei a janta de meus pais por meros biscoitos, eu não queria lidar de olhar para eles e saber que o meu irmão desconhecido era de outro homem.