A hora passou rápido com todos envolvidos na história que o rapaz contava com habilidade ímpar, fazendo as vozes soarem cheias de emoções e sentimentos. Tudo perfeito como se tivesse sido ensaiado. Mas sei que não foi, por que a sua história era um improviso que misturava várias histórias de livros diferentes, que eu conhecia bem.
Eram os meus livros favoritos na minha infância, e quando eu imaginava que essas histórias existiam no mundo real, o resultado era igual a história improvisada, que o Nathan contava agora. Acho que curti aquela tarde, tanto quanto as crianças.
Quando a brincadeira acabou e as crianças seguiram para o banho, cada um com um livro para ler, inspiradas e incentivadas pelo Natan, nós ficamos a sós de novo. Ele ainda sentado com o violão no colo e eu noutro assento, não muito longe dele. Buscou o meu olhar e me fitou por um tempo.
_ Um amigo... O meu melhor amigo quase morreu no acidente que eu provoquei. Por todo o tempo em que ele ficou em coma, eu não parei de pensar que ele podia ter morrido, ou que podia ter sido eu a vítima dos meus atos. E decidi parar de ser idiota e me tornar quem eu sou de verdade, sem pedir aprovação ou permissão para ninguém. Não sou perfeito, mas vivo os meus dias motivado pela sinceridade dos meus sentimentos. O trabalho voluntário aqui me salvou quando eu estava sem rumo e me ajudou nas minhas escolhas. Quanto aos meus antigos amigos. Não é por que eu tive a sorte de ter sido adotado que eu tenho que me sentir em debito com o mundo. Somos todos iguais e merecemos as mesmas oportunidades. Você chegou agora na minha vida e... Você é muito importante para mim. Por isso, eu preferia um momento melhor para te contar da pior coisa que eu já fiz na vida.
Um sentimento de cumplicidade me invadiu e fui até ele para abraça-lo, o que fizemos, depois que ele pôs o violão de lado e me correspondeu no abraço.
_ Eu sinto muito _ falei e ele me beijou.
_ Está tudo bem agora _ olhou nos meus olhos _ Estou feliz e... perdidamente apaixonado pelo amor da minha vida que me corresponde o que é uma sorte incrível.
Sorri e beijei ele.
A porta abriu e ligaram a luz nos interrompendo.
_ Os pombinhos vão tomar o lanche? _ era a diretora _ As crianças estão indo para o refeitório.
_ Hoje não, Bá _ o Nathan respondeu meio envergonhado.
_ Tudo bem _ a diretora do orfanato desligou a luz e fechou a porta atrás de si, ao sair.
Comecei a rir de vergonha e o moreno sorria me olhando.
_ Vamos? _ convidou quando parei.
_ Para onde?
_ Comer. A peça vai terminar tarde.
Levantou guardando o violão na bolsa e os outros objetos onde os encontrou. Depois me levou pela mão para nós despedirmos e para fora. Caminhamos até o restaurante próximo onde jantamos.
Mandei uma mensagem para a minha mãe, avisando que sairia com o Nathan, mas ela respondeu que já sabia e disse para eu me divertir.
_ Você tá trocando mensagens com a minha mãe? _ cobrei.
_ Claro que estou _ respondeu.
_ Por quê?
_ Porquê precisamos nos conversar, para que tudo corra bem, e que não aja mal entendidos, que atrapalhem o nosso relacionamento _ falou no automático.
Fiquei sem resposta.
Seguimos para o Teatro ali perto. Chegamos no Teatro no horário, e sentamos nas cadeiras indicadas.
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Friendzone
RomanceLibertou os meus lábios para me ver sentada sobre ele. Gostava do que via, pois tinha uma expressão de admiração excitada sobre mim. Não demorou, até ele ficar por cima, de novo, e tomar o controle... ... Chris tinha cara de sono, quando se deitou d...