O jantar

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46. Filhinho da mamãe

Natan

Isabel chegou cedo ao aeroporto onde fui busca-la. Ajudei com sua pouca bagagem. Deveria ser pouca, ela ia passar só duas semanas aqui, mas não era. Entramos no carro.

_ Como é fazer faculdade na Inglaterra? _ puxei assunto.

_ É muito estimulante. Estar tão longe de casa e imersa em outra cultura faz você se sentir capaz de qualquer coisa, no princípio.

_ E depois?

_ Você cai na real e entra em desespero, sentindo saudades de casa e do colo da mamãe.

Caí na risada _ Tá tentando me assustar?

_ Não foi essa minha intenção. Só estou sendo realista. Mas você vai se dar bem.

_ Vou?

_ Vai sim. Você é o garoto que já se cuidava sozinho aos oito anos. Eu ainda não consigo fazer isso.

_ Como você está?

_ Com saudades.

Chegamos em casa e os empregados cuidaram de levar a bagagem da ruiva.

_ Nós também. Que bom que você veio ficar conosco antes de ir para a casa dos seus pais.

Seus braços envolveram minha cintura e eu acolhi _ Awn! Você é tão fofo.

Como eu imaginava, os meus pais se apossaram da Isabel, me deixando livre. Liguei para a Nora. Por ser cedo, talvez eu conseguisse ir com ela as compras ainda.

Vários toques e caiu na caixa postal. Tentei de novo.

_ Alô _ falou com voz de sono.

_ Estava dormindo? Desculpa te acordar.

_ Devia era te agradecer. Está tudo bem?

_ Eu só queria ir com você às compras. Sei que a Yasmin está ocupada.

_ Vem me buscar?

_ Claro _ sorri.

_ Fico pronta em meia hora.

_ Chego em dez minutos. Faço o café.

_ Eu já disse que te amo?

_ Hoje não.

_ Pois eu te amo. Vem logo.

Entrei na casa, indo para a cozinha, e preparei o café antes de subi para o quarto da mulher recém saída do banho, enrolada em uma toalha. Sorriu ao me ver e eu me aproximei para um beijo. Abracei o seu corpo quente por causa da água do banho.

Senti as suas mãos dentro da minha camiseta abraçando as minhas costas e o cheiro do hidrante sobre o sua pele. Olhou em meus olhos e sorriu. Sentei na cama e ela escolheu uma calça jeans, camiseta e um conjunto de lingerie. Se vestiu diante de mim e calçou meias e uns tênis confortáveis, pegou a bolsa, e seguimos para a cozinha.

Servi café para nós dois. Nora bebeu rápido e foi para o banheiro comunal, ao lado, para escovar os dentes e passar batom, hímel e perfume. Voltou me abraçando por trás, enquanto eu, sentado na cadeira.

_ Estou pronta _ informou colando o rosto no meu.

Segurei ela, sentando no meu colo e a beijei demorando um pouco nisto. Antes de sairmos.

Peguei as referências das lojas em que ela comprava.

_ O que você está fazendo?

_ Facilitando as coisas. Você pode fazer as compras pelo telefone e mandar entregar se tiver um CNPJ. E o preço caí pela metade.

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