Friendzone

Apaixonado

Nossas famílias se aproximaram de nós todos juntos e animados.

_ Encontramos os pombinhos _ Jenny brincou.

Junto estavam os meus pais, a Estela e o seu jovem marido. 

Fomos todos para a minha casa. Para um churrasco de comemoração. Afinal, terminamos o curso de teatro. Mais parentes chegaram.

Todos animados ao redor da grande mesa conversando animados pelas bebidas e jantando as carnes que iam chegando a mesa trazidas pelo meu tio, que ajudava o meu pai no churrasco, junto com as saladas e acompanhamentos já sobre a mesa. 

Me concentrava na Yasmin sentada ao meu lado. Mas ela parecia faminta e não parava de mastigar. Sorri achando graça e ela corou, mas não largou o prato até esvaziar. 

_ Iih! Isso é sério _ afirmou a minha mãe _ Você sabe que um namoro é sério, quando o rapaz fica bobo até quando vê a garota comendo.

Todo mundo se concentrou em nós, rindo, comentando e fazendo perguntas idiotas. Dissimulei como um bom ator e sorri. Funcionou e eles pararam mudando de assunto. 

Aproveitei um momento de distração dos outros com a caixa de som, para fugir para o jardim com a Yasmin. Aproveitei para beijá-la e sentir o seu corpo perfumado junto ao meu. Ficamos assim por um bom tempo. 

_ Eles vão sentir a nossa falta _ se preocupou. 

Gargalhei _ Estão bêbados. 

Voltamos a nos beijar por mais um tempo.

_ Já é o meio do ano. Você já decidiu para que faculdade vai?

_ Sim e você?

_ Não. Para qual faculdade você vai?

_ Artes cênicas no exterior _ acompanhei a sua reação meio triste.

_ Não poderia ser no Brasil?

_ Sabe que não. Poderia vir comigo.

_ Não, minha mãe não confia em você e eu não sei se posso bancar este curso.

_ Nem eu confiaria em mim. Mas a sua mãe confia em você, não é? E o curso tem o preço de uma faculdade qualquer.  Dá uma olhada no site antes decidir. 

_ Você tá mesmo estranho. Tá mais adulto.

_ Eu não disse que a noite foi longa _ sorri _ Se você fosse na mesma faculdade que eu, poderíamos dividir um apê. Seria um bom treinamento para a nossa vida de casados.

_ Você tá começando a me assustar.

_ Não aguenta a pressão de ser amada por mim? Pensei que fosse o que você sempre quis. 

_ É foi, mas mesmo assim, assusta à beça. 

_ Só estou sendo sincero. 

Seu olhar varreu o meu rosto e ela acreditou em mim.

Recomeçamos os nossos beijos e amassos e terminamos no meu quarto. A comemoração virou a noite. E o nosso amasso também, só que não foi bem um amasso. Foi o sexo mais gostoso da minha vida.

Uma noite inteira de prazer. Os seus gemidinhos abafados e sua voz suave tomavam no meu juízo. Ela estava tão mais solta e desejável do que antes. A Yasmin estava segura sobre mim, se entregou para mim sem receios. Aquilo era tão bom e a sentia tão mais mulher. Ela era minha de verdade. 

Foi quando percebi que você só tem, aquilo que dá, em um relacionamento. Eu achava que era o seu dono, antes, e que eu era livre. Eu não poderia estar mais enganado.

Yasmin

Nessa manhã, acordei animada porquê era um marco no fim do curso de teatro. Depois de hoje teríamos apenas uma pós graduação que terminava no final do ano. Mas pensei no Chris não tão animada assim.

Não sei o que aconteceu com a gente que estar com ele não me dava mais aquele frio no estômago. Sem falar na raiva que eu sentia quando as garotas o cumprimentavam e sorriam para ele. 

Sentia que essa não era eu. Em quem eu tinha me transformado para ter o Chris perto de mim? O amor que eu sentia por ele ainda me prendia, mas a minha racionalidade me pedia para me soltar de qualquer maneira o mais rápido ou me perderia de vez. 

O dia seguiu como sempre, até eu encontrá-lo na escola de Teatro. 

Ah, ele estava tão diferente e amável. Não parecia o mesmo que eu conhecia. Foi educado, mas se livrou de todas as meninas que vieram até ele. Só tinha olhos para mim.

Quando conversavamos, sua opinião era madura como se tivesse pensado muito no assunto ou soubesse de algo a mais. Estava mais seguro de si. Não parecia um garoto de dezoito, mas um homem. Ele me passava segurança.

Toda aquela situação me assustava, pois eu me via acreditando nele. Acreditando no funkboy que me decepcionou um milhão de vezes com o seu egoísmo e imaturidade. Naquele idiota que pegava qualquer uma com um belo sorriso é um corpinho mais ou menos. Aquele Chris me destruiria se eu acreditasse nele.

Mas como resistir àqueles olhos verdes, quando estavam tão sinceros? Ou ao seu sorriso fácil falando em casar comigo? Como eu poderia resistir a ele enquanto se focava em mim, com se o resto do mundo sumisse, e nada mais importava.

Eu me perdia da minha razão. Ela estava tão fraca que eu nem mais a ouvia. Tentei conversar sobre o futuro. Ele provavelmente iria se contradizer em algum momento, mas recebi um pedido para morar juntos.

Desisti de lutar contra. Fomos para o seu quarto.

Me agarrou contra a porta tocando os meus seios sob o tecido fino do vestido. Apertou eles de leve sentindo, e levantou a minha saia retirando o meu vestido e me deixando de calcinha. 

Correu os olhos pelo meu corpo e sorriu. Tirou sua camisa em seguida. Abraçou apertado e cheirou os meus cabelos, antes de me pegar no colo e levar para cama onde se deitou comigo embaixo dele.

_ Eu nunca vou pisar na bola, te juro. Você é importante demais para mim, Yasmin.

Ah, que droga! Aqueles olhos verdes me tiravam mesmo do sério.

_ Eu te amo, Christopher.

Sorriu e beijou a minha boca com as mãos pelo meu corpo, depois de tirar o resto das suas roupas. Enfiou a mão em minha calcinha e acariciou a minha intimidade e um dos meus seios, beijando a minha boca. 

Senti o prazer chegando e tomando o controle do meu corpo. O olhar excitado do Chris sobre e mim enquanto eu movia o meu ventre para os seus dedos habilidosos e deliciosos.

Tirou minha calcinha e penetrou no meu corpo, se movendo devagar até entrar todo em mim, e me beijou. Uma mão acariciando um dos meus seios. A sua respiração ofegante e os seus olhos verdes, me olhando bem de perto. Vim ao segundo apogeu.

Seu vai e vem era maravilhoso. Num certo momento ele me colocou de quatro, e a princípio eu não gostei, mas assim que se moveu dentro de mim, eu notei como aquilo era gostoso. Logo eu estava rebolando no seu vai e vem.

Gozei tanto e tantas vezes!Era tão bom que gozei intensamente. Meu corpo estava todo suado, e eu estava exausta de tanto sentir prazer. Quase me rendia.

_ Eu vou gozar, Yasmin _ o tom do Chris era baixo e rouco de excitação.

A sua voz era tão gostosa que desencadeou outro orgasmo em mim. Gozamos juntos, em uma mistura dos nossos gemidos com os nossos corpos num frenesi envolvente e lascivo.

Beijou as minhas costas e deitou de lado me levando com ele. Nos cobriu com um cobertor e adormecemos abraçados.