Preciso de você

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Natan

Segui para o quarto, onde encontrei a loira penteando os cabelos, usando jeans e camiseta sem manga, os pés descalços. Sentei a beirada da cama, observando. Sabia da quermesse, era um ritual para todas a famílias do bairro, e até de bairros vizinhos, ir até lá. 

_ Podemos ir juntos e assumir o nosso namoro? _ pedi.

Nora sorriu para mim através do espelho _ Estamos namorando? _ especulou.

_ Eu quero muito, e você?

_ Sim _ sorriu ao dizer.

Sorri contente e fui tomar um banho rápido. 

Minutos depois estavamos passeando de mãos dadas, pela praça.

Avistamos a Yasmin e o Chris já sentados na platéia do teatro. O dia estava frio, e os poucos raios solares que surgiam, eram uma benção bem vinda.

Algumas pessoas na quermesse, me conheciam e vieram nos cumprimentar. Apresentei a minha namorada para todos eles. Os meus pais viriam mais tarde, principalmente, por que eu disse que a promoter deles havia sido responsável pela decoração, este ano.

Pegamos comida e seguimos para perto do nosso casal preferido, naquela praça. Conversamos durante o lanche, antes da peça começar.

Chris 

Notei que o Natan e a Yasmin agiam um muito exagerado quanto as crianças que se apresentavam no palco. Constatei que deveriam ser as crianças do orfanato e também aplaudi de pé bem como a minha futura sogra.

Fomos para a barraca de tiro depois, nós quatro. Descobri que eu preciso de treinos urgentemente. O Natan acertou quase todos. 

_ Eu posso tentar _ a Nora me pediu a espingarda quando eu ia tentar de novo.

_ Claro _ entreguei a arma torcendo muito para ela se pior do que eu. 

Surpresa absurda foi ver a Nora acertar todos os alvos e ganhar o maior urso da barraca para a Yasmin, no meu lugar. Ela devia me odiar muito, ainda.

Haviam cestas românticas com mensagens personalizadas. Claro que era a melhor opção para os que, como eu, eram ruins de pontaria.

Umas quatro da tarde, algumas barracas começaram a fechar, por falta de produtos para a venda. Principalmente as de comida.

As cinco um pessoal se reunia ao redor da pilha de madeira que seria a fogueira. A noite teria a quadrilha. Nós também olhávamos os preparativos para acender a fogueira. Novas pessoas ocupavam as barracas e trouxeram mais comidas. Algumas barracas preparavam quentão. 

_ Natan.

Todos ouvimos uma voz dizer as nossas costas e viramos junto com o Natan. 

_ Mãe.

O Natan sorriu e abraçou a senhora de uns cinquenta anos. Apertou a mão do senhor mais velho, atrás dela.

Nos apresentou pelo nome e deixou que eles imaginassem o resto. Ainda assim, eles não paravam de olhar para a Nora. Em um determinado momento, simplesmente o chamaram o Natan para dar uma volta sem a gente.

Sabíamos o que isso queria dizer. Ficamos ali, embora não tivesse mais graça.

_ Onde está o seu marido, Nora? _ o padre perguntou sem sequer dar uma boa tarde.

_ Saiu de casa está com outra mais nova _ afirmou com a cabeça para reforçar _ Pode me passar aquele sermão sobre julgo desigual, agora. Eu devia me exergar e ficar com algum velho para não ficar sozinha, não é padre?

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