SE VIROU E ALCANÇOU O CÉU E A ÚLTIMA ESTRELA...

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Linda admira os cuidados de Henry com a filha na área de embarque. Sabia que estava inseguro, no fundo apavorado de sobrevoar com a filha adolescente.

Quando criança conseguiram controlá-la com chá de camomila. Dormiu toda a viagem, mas agora isso não cabia mais. Kim está visivelmente inquieta.

Quer ir a todos os lados. Como última cartada, Henry retira seus blocos da mala. Vão para um local mais reservado, mesmo assim chamam a atenção de curiosos.

No momento do embarque Henry se despede da mãe. Afável, lhe beija o rosto e pede que cuide de seu pai e irmã.

Linda ri com gosto do filho que não esconde o medo de vôos.
Ao entrarem no avião Henry ajeita kim na poltrona.

A garota descobre que precisa apenas apertar o botão para o cinto se desprender e começa então um abre e fecha sem freio e risos altos.

Henry acha divertido, mas os passageiros não e a aeromoça pede que prenda definitivamente o cinto na garota.

Para distraí-la liga a TV. Kim aprecia um desenho em que o personagem voa. Henry percebe que a garota presta muito atenção na super capa do guri.

Sua expressão mostra que está tentando compreender algo sobre o que vê. Assim que o avião decola Kim expressa surpresa.

Henry sente medo que a garota se apavore, mas o que presencia o impressiona.

Kim olha para a janela e ao perceber que o céu está cada vez mais próximo, sorri de uma forma que Henry nunca presenciou. Permanece imóvel por muito tempo.

Henry nota uma luz não natural na filha. No momento do lanche precisa colocar comida em sua boca, pois não se interessa em deixar de admirar toda aquela imensidão.

Por fim adormece e Henry mais relaxado acompanha a filha em seu sonho pelo visto cheio de ação. Balbucia algumas vezes algo incompreensível. Henry a admira e algumas vezes a beija na testa.

Próximo ao pouso Kim acorda e nota que está se distanciando do céu. Faz uma careta engraçada, mas não passa disso.

Deixam o avião em clima de paz. Henry busca o carro que alugou no dia anterior e partem para o hotel. Antes de chegar Henry resolve mostrar uma praia mais distante para sentir o que seria a viagem.

Não podia ser de outra forma, Kim corre espalhafatosa para a areia e cai de cara. Henry leva um grande susto, mas sorri com vontade quando Kim levanta o rosto cheio de areia e sacode a cabeça de um lado para o outro, confusa.

Logo volta a sorrir e continua a jornada para o mar. Henry corre atrás, temeroso, mas logo percebe que a filha não perdeu a habilidade de nadar que possui desde bebê.

Brincam com a água, cada qual de um jeito. Uma criança se aproxima, curiosa.

- Ela brinca igual criança, mas ela não é criança.

- Não. Ela é grande, mas pensa como criança.

- Legal.

O garoto se junta a brincadeira e começa a jogar água em Kim. Pega sua mão e sentam-se na areia.

O menino mostra para Kim como construir um castelo, mas assim que ele constrói ela derruba.

Logo ele recomeça e ela derruba. Vencido, o menino cria uma nova modalidade de brincadeira: a queda do castelo.

- Se Jully pudesse ver isso.
Henry admira a brincadeira das crianças. A mãe do garoto o chama para comerem algo. Henry acena para ela e logo se aproxima.

- Seu filho fez uma criança feliz hoje.
- Ah ele adora gente alegre e que brinque com ele. Eu que agradeço por cuidar do meu filho.

- Você percebeu que minha filha...

- É linda? Sim. Fiquei impressionada.
Pisca para Henry que compreende tudo e retribui com um largo sorriso.
Partem da praia, de alma leve, em busca de Jully.

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