Capítulo 4

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Depois de uma noite maravilhosa na sexta, eu fui acordada de um jeito diferente no sábado.

Por Luke, que tinha uma xícara de café nas mão, e um humor surpreendentemente bom.

Ele queria me levar ao estúdio, então nos arrumamos e fomos pra lá. Achei um ótimo jeito de passar o dia, afinal nós conseguimos tempo juntos, mesmo com ele trabalhando durante o fim de semana.

Os meninos gostaram da visita. Nós conversamos a beça, e eles me mostraram várias demos, que pra mim estavam ótimas, mas para eles ainda estavam completamente "cruas". Fui também apresentada a um dos produtores, Tony, na minha opinião, ele é um baita esquisito, mas aquilo não era da minha conta.

Luke e eu voltamos pra casa ás sete, e assistimos filmes enquanto dividimos uma pizza.

Parecia que as coisas estavam finalmente de volta nos trilhos.

No domingo, almoçaríamos todos na casa de Michael, e eu acordei cedo para poder fazer café, e não ser obrigada a tomar o melado que Luke fazia.

Depois o acordei, e tomamos banho antes mesmo do café da manhã.

–Charlie pode me passar o açúcar? – pediu Luke, como uma criançona enquanto estávamos sentados na mesa da cozinha.

Seus cabelos ainda estavam molhados, e ele estava sem camisa, uma bela visão para se ter logo na primeira refeição do dia.

–Você é inacreditável. – ri e me levantei, me esticando ao máximo para alcançar o pote, no alto da prateleira.

– Você está comendo direito? – ele perguntou, em tom de preocupação.

– Como sempre fiz. – respondi entregando o açúcar pra ele.

–Você emagreceu.

–Obrigada! – brinquei –Eu voltei a correr, e a malhar. – expliquei orgulhosa.

–Charlie, é sério. – me encarou com seus enormes olhos azuis.

– Só reparou na diferença agora? – mudei de rumo da conversa, descontraidamente. – Que vergonha, Hemmings.

–Eu reparo em tudo, Hemmings. Mas estava um pouco ocupado com outras coisas pra comentar, ontem a noite. – ele respondeu divertido.

Gargalho daquele comentário, e dou os ombros, colocando uma colher de cereal na boca.

Sim, nós comemos cereal no café da manhã até hoje, como os baita adultos que somos, essa é só mais uma das manias adolescentes que seguem na nossa rotina. O que importa é manter a juventude, não?

Logo depois que terminamos nosso café preguiçoso, Luke recebeu uma mensagem de Calum, que era uma foto dele e de todos nossos amigos fazendo carreta na casa de Michael, basicamente era assim que ele nos apressava para ir logo para lá.

Luke selecionou a câmera do celular e escondeu o rosto dele na curva do meu pescoço antes de bater a foto, e enviar como resposta, mostrando nosso nível de preguiça naquele momento.

–Você tem sorte por ser músico. – brinquei, observando a imagem na tela do celular.

–Eu sei, descolei a maior gata por causa disso. – ele respondeu, com um sorriso largo, e me fazendo gargalhar.

–Não, é porque como fotógrafo você morreria de fome. – contei, e vi um olhar completamente ofendido surgir em seu rosto.

–Meus fãs nunca reclamam das minhas fotos! – ele se opôs, convencido.

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