More - Luke Hemmings

Capítulo 32

           

Estamos deitados na minha cama há mais de quarenta minutos. Todas nossas roupas continuam no lugar, com exceção dos sapatos é claro.

Com certeza senti falta dos beijos de Luke, e de seu toque pelo meu corpo, provocando as mais diversas sensações em mim. Mas sem sombra de dúvidas senti mais falta de sua presença, de saber que ele pode me proteger, que ele vai cuidar de mim se eu precisar, que eu vou cuidar dele também.

Por isso quando chegamos ao pequeno loft, nos deitamos da forma como estávamos, e estamos aqui há tanto tempo. Minha cabeça descansa sobre seu peito largo, onde posso ouvir seu coração batendo caso preste atenção. Meus dedos correm pelo tecido de sua camisa, e brincam com os botões as vezes, enquanto sinto uma de suas mãos firme em minha cintura, e a outra na minha nuca onde acaricia meus cabelos. Não quero sair daqui nunca mais.

Meu coração está explodindo, e pela primeira vez é por um bom motivo. As vezes um sorriso bobo surge no meu rosto, e não impeço que ele fique pelo tempo que quiser. Estou feliz quando nem imaginava que isso pudesse ser possível de novo.

Criamos nossa bolha de paz, e nos refugiamos dentro dela. É claro que temos muito a colocar no lugar, talvez até coisas irreparáveis para solucionar, mas isso não vem ao caso agora. No momento estamos apenas sendo felizes.

Não falamos nada há uns dez minutos. Acho que Luke dormiu, e gostaria de fazer o mesmo. Meu corpo não descansa direito há muito tempo, e sua presença protetora é tudo que precisava para me sentir bem em dormir de novo. Porém, na minha mente o medo de apagar e não encontra-lo quando acordar é maior. Se isso for um sonho, não quero acordar nunca mais.

–Charlie? – ele sussurra baixinho, quase em tom inaudível.

–Sim? – respondo no mesmo segundo.

–Achei que você tivesse dormido.

–Eu achei que você tivesse dormido. – respondo, e sinto seus pulmões vibrarem com seu riso.

–Minha cabeça está bagunçada por causa da mudança de horários. – ele explica.

–Estou com medo de estar sonhando. – confesso, sem me importar.

Ele se move, e me deixa ficar deitada apenas sobre seu braço, enquanto o outro ainda segura minha cintura. Assim eu posso ver seu rosto, e ele vê o meu.

–Você não está sonhando, Charlie. – responde, sorrindo pra mim. – Eu estou.

Eu sorri, e puxei seu rosto de encontro ao meu. Quero matar toda minha saudade, e não sei quantos beijos vai levar até que eu consiga isso, não acho que Luke se importe de qualquer forma.

–Hm, esse lugar é legal mesmo. – Luke comenta, olhando em volta depois que o solto.

–Não posso concordar, meu tempo aqui foi péssimo. – comento sem me dar conta. – Espera aí, quem foi que te disse que era "legal"?

–Seu pai. – ele reponde normalmente.

–Como assim? – apoio minhas mão em seu tronco, ficando de frente para ele. – Luke, você estava me espiando pelo meu pai?!

–Não foi isso. – ele se defende com rapidez. – Eu só pedi a ajuda dele para te mandar o convite e ter certeza de que você iria estar no lançamento hoje.

–Não acredito, –brinco – meu próprio pai tramando pelas minhas costas.

– Ele me ligou nos dias em que estava aqui e disse: – Luke para, e começa a imitar meu pai. – "Qual é a sua maroleiro, está achando que isso aqui é uma onda qualquer?!"