Capítulo 11

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Um barulho perturba meu sono.

Sono que demorei para conseguir alcançar. Discutir publicamente com Luke foi demais pra mim, me senti totalmente ridícula. Além de não ter conseguido engolir o fato de ele tratar com tanta indiferença o que aconteceu comigo debaixo de seu próprio nariz. Ele não tem o direito de fazer pouco caso de uma situação tão ruim.

Minha cabeça estava uma verdadeira zona outra vez, e isso era motivo suficiente para as noites de insônia voltarem com força total.

Por longos minutos o barulho continua, e depois de um tempo, eu acabo despertando. Me dando conta de que era o toque de meu celular.

Olho para a tela brilhante, apertando os olhos. Cinco chamadas perdidas de Michael.

Só por ali já podia saber que coisa boa não viria a seguir, eram 3 horas da manhã, e eu sabia que teria algo a ver com Luke, já que ele ainda não estava em casa.

Mesmo que não tenha seja completamente de minha vontade, resolvo ligar de volta, torcendo para Mike me atender e poder me dizer o que está acontecendo.

–ALÔ? – ele grita, para conseguir ser ouvido por cima de toda a música que tocava, onde quer que estivesse. – CHARLIE?

–Michael? – eu digo de volta. – Que diabos você está fazendo?!

– O LUKE. ELE ESTÁ CHAPADO. – ele responde ainda gritando mais alto que a música eletrônica. – VOCÊ PRECISA VIR BUSCA-LO.

–Fala sério, –revirei meus olhos mesmo que ele não pudesse ver. – trás ele pra casa Mike!

–NÃO DÁ. TEM O CALUM E O ASHTON AQUI, ELES ESTÃO PIORES. – ele me avisa, apenas fazendo minha raiva aumentar.

Havia prometido pra mim mesma que, independente da situação, eu jamais buscaria um homem bêbado em lugar nenhum. Quer dizer, é uma tremenda falta de respeito próprio.

Bufei, ainda na linha com Michael.

–POR FAVOR, CHARLIE. – noto o desespero em sua voz, mesmo que mal possa ouvi-la. – NÃO CONSIGO SOZINHO.

–Onde vocês estão?

–NO BAR DE SEMPRE. – Mike não me surpreende nenhum pouco com a resposta.

Costumávamos aprontar poucas e boas lá. Dançar até o amanhecer, ou beber a ponto de não nos lembrarmos o que havia acontecido... ah, se as paredes daquele lugar falassem.

Mas, ao que tudo indica, fui removida do time de lá.

–Ok. – termino a ligação, e jogo meu telefone sobre a cama.

Uma disputa moral interna muito forte acontece na minha cabeça, por longos minutos até que eu seja capaz de tomar uma decisão.

Decidi busca-lo, mas apenas depois de colocar na minha cabeça que só estava indo para que a situação não fugisse de controle, ou os paparazzi o pegassem daquele jeito. Também por Michael, que precisaria cuidar dos três sozinho caso eu não aparecesse pra ajudar. Além do mais, pela manhã Luke e eu teríamos uma conversa muito séria sobre ele nunca mais fazer isso, afinal seria uma única vez na vida que me prestaria a um papel como aquele.

Jogo uma água fria no rosto para garantir que não se tratava de um pesadelo, e infelizmente tudo continua, por isso coloco os primeiros jeans que achei pela frente e saio com a camiseta do Red Hot que usava como pijama mesmo.

Pego o primeiro táxi que passa pela rua, quando por sorte o motorista me vê a tempo de parar. Digo o endereço no centro, ao homem de meia idade atrás do volante, e espero que ele me leve até lá.

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