Um barulho perturba meu sono.
Sono que demorei para conseguir alcançar. Discutir publicamente com Luke foi demais pra mim, me senti totalmente ridícula. Além de não ter conseguido engolir o fato de ele tratar com tanta indiferença o que aconteceu comigo debaixo de seu próprio nariz. Ele não tem o direito de fazer pouco caso de uma situação tão ruim.
Minha cabeça estava uma verdadeira zona outra vez, e isso era motivo suficiente para as noites de insônia voltarem com força total.
Por longos minutos o barulho continua, e depois de um tempo, eu acabo despertando. Me dando conta de que era o toque de meu celular.
Olho para a tela brilhante, apertando os olhos. Cinco chamadas perdidas de Michael.
Só por ali já podia saber que coisa boa não viria a seguir, eram 3 horas da manhã, e eu sabia que teria algo a ver com Luke, já que ele ainda não estava em casa.
Mesmo que não tenha seja completamente de minha vontade, resolvo ligar de volta, torcendo para Mike me atender e poder me dizer o que está acontecendo.
–ALÔ? – ele grita, para conseguir ser ouvido por cima de toda a música que tocava, onde quer que estivesse. – CHARLIE?
–Michael? – eu digo de volta. – Que diabos você está fazendo?!
– O LUKE. ELE ESTÁ CHAPADO. – ele responde ainda gritando mais alto que a música eletrônica. – VOCÊ PRECISA VIR BUSCA-LO.
–Fala sério, –revirei meus olhos mesmo que ele não pudesse ver. – trás ele pra casa Mike!
–NÃO DÁ. TEM O CALUM E O ASHTON AQUI, ELES ESTÃO PIORES. – ele me avisa, apenas fazendo minha raiva aumentar.
Havia prometido pra mim mesma que, independente da situação, eu jamais buscaria um homem bêbado em lugar nenhum. Quer dizer, é uma tremenda falta de respeito próprio.
Bufei, ainda na linha com Michael.
–POR FAVOR, CHARLIE. – noto o desespero em sua voz, mesmo que mal possa ouvi-la. – NÃO CONSIGO SOZINHO.
–Onde vocês estão?
–NO BAR DE SEMPRE. – Mike não me surpreende nenhum pouco com a resposta.
Costumávamos aprontar poucas e boas lá. Dançar até o amanhecer, ou beber a ponto de não nos lembrarmos o que havia acontecido... ah, se as paredes daquele lugar falassem.
Mas, ao que tudo indica, fui removida do time de lá.
–Ok. – termino a ligação, e jogo meu telefone sobre a cama.
Uma disputa moral interna muito forte acontece na minha cabeça, por longos minutos até que eu seja capaz de tomar uma decisão.
Decidi busca-lo, mas apenas depois de colocar na minha cabeça que só estava indo para que a situação não fugisse de controle, ou os paparazzi o pegassem daquele jeito. Também por Michael, que precisaria cuidar dos três sozinho caso eu não aparecesse pra ajudar. Além do mais, pela manhã Luke e eu teríamos uma conversa muito séria sobre ele nunca mais fazer isso, afinal seria uma única vez na vida que me prestaria a um papel como aquele.
Jogo uma água fria no rosto para garantir que não se tratava de um pesadelo, e infelizmente tudo continua, por isso coloco os primeiros jeans que achei pela frente e saio com a camiseta do Red Hot que usava como pijama mesmo.
Pego o primeiro táxi que passa pela rua, quando por sorte o motorista me vê a tempo de parar. Digo o endereço no centro, ao homem de meia idade atrás do volante, e espero que ele me leve até lá.
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More - Luke Hemmings
FanficIf me and you are living in the same place Why do we feel alone?! A house that's full of everything we wanted But it's an empty home. Why can't we choose our emotion? 'Cause we could feel something's broken And I can't stay without hoping We'll neve...