Cap 6: Karaokê

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Passei os braços em volta de seu pescoço, enroscando minhas mãos em seu cabelo e o puxando levemente para mim. Ele tinha uma mão apoiada em minha nuca, dando pressão ao beijo e a outra descansava em minha cintura. Eu ansiava por sentir ainda mais o seu sabor e rolei minha língua em seus lábios, implorando por entrada. Ele murmurou alguma coisa e eu o calei rolando minha língua na dele. Uma de minhas mãos desceu por seu pescoço e desceu, cravando as unhas em seu peito. Ele estremeceu e apertou minha cintura, me trazendo para mais próximo dele.

O sabor de sua boca era almiscarado, uma mistura de cigarro, algodão doce e hortelã. E eu queria sentir mais. Segurei seu rosto com as duas mãos e aprofundei o beijo. Ele me manteve presa junto dele, enroscando meu cabelo na mão. O gosto de sua língua dava água na boca. Eu queria provar mais, então o mordi no lábio inferior com força. Ele suspirou em minha boca e me segurou com todo o braço passando por minha cintura. Puxei seu lábio quando senti sabor de sangue e o chupei levemente. Ele gemeu baixinho e quebrou o beijo.

Talvez eu tenha ido longe demais... Mas o olhar dele era de total fascínio. Ele sugou o próprio lábio, e por todos os deuses... Ele não poderia ter sido mais sexy.

Ele desfez seu laço em torno de minha cintura e pude me afastar um pouco. Ficamos nos encarando sem dizer nada.

Ele passou o dedo polegar no lábio cortado e verificou se ainda sangrava. Depois o colocou na boca.

Ok. Vampiro. Agora tenho certeza.

Então ele olhou para baixo e começou a rir levemente com a minha falta de ação.

-"Isso foi bom..." - Ele levantou o olhar para mim, corando.

-"O seu sangue?" - Falei tentando me recompor.

Ele riu, balançando a cabeça negativamente. Então me lançou um olhar que fez minhas pernas tremerem.

-"Isso aqui..."

Num movimento rápido, ele me puxou para cima e me deixou escorregar por seu corpo, segurando minha coxa enquanto me beijava. Os sons que ele fez foram como uma sinfonia em meus ouvidos. Ele sabia ser sexy. Não me segurei.

Coloquei a mão por baixo de sua camisa, sentindo bloquinhos se movimentarem em minha mão. Ele se contraiu enquanto gemia em minha boca. E então ele segurou minha mão usando a sua que antes estava segurando minha coxa. E a tirou debaixo de sua roupa. Ele separou nossos lábios e sorriu.

-"Não faz isso..." - Ele disse baixo numa respiração acelerada enquanto olhava para qualquer direção, menos para mim. -"Não queremos aparecer nas revistas da Finlândia não é?" - Ele brincou.

-"Seria uma boa matéria: Jovens são pegos em flagrante se amassando no parque de diversões."

Nós dois rimos. E voltamos a nos entreolhar, com o mesmo olhar selvagem. Ville me puxou pela mão.

-"É sério, vamos sair daqui."

Nós seguimos caminhando silenciosamente. Rindo levemente um para o outro. Ele estava brincando com os dedos em minha mão. Ele parecia tão alegre, calmo. Feliz.

-"Posso segurar sua mão, kulta?" - Ele perguntou passando a ponta dos dedos no dorso da minha mão.

Eu assenti e virei a palma pra ele. Ele sorriu e escorregou os dedos entre os meus. Não é como se tivesse muito espaço. As mãos dele são grandes.

Ele tinha o sorriso mais lindo no rosto, era impossível olhá-lo sem sorrir também. Com ele, eu sentia paz, sentia que estava em casa, sentia que estava segura. E o que eu sabia é que não queria perder esse momento por nada.

Love: in Theory and Practice - Chapter one (Ville Valo OC) - Em ReformaOnde histórias criam vida. Descubra agora