Cap 31: Vamos à praia

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Sabia o quanto estava sendo difícil pra ele tentar conter aquela sensação. Ainda mais ele, que geme até se o vento o tocar.

Mas não era por isso que iria facilitar. Me movi com força, fazendo-o entrar e sair repetidas vezes. Nesse ponto, ele mordia o manto para evitar qualquer barulho. O deixei entrar totalmente e senti seus pulmões se expandirem, em busca de ar.

Não me mexi. Senti ele começar a se desesperar com minha inércia. Sua mão em meu quadril começou a me embalar ditando ritmo.

-"Não é pra parar agora." - Ele alertou, falando tão baixo em meu ouvido que quase não entendi.

Me afastei para frente, fazendo-o sair o suficiente para que eu pudesse agarrá-lo. Masturbando-o enquanto ia e vinha, fazendo-o sair e entrar repetidas vezes.

-"Awwh..." - Ele não conseguiu conter um gemido dessa vez.

-"Shiii" - Sibilei, colocando um dedo em sua boca.

Retirei minha mão, deixando-o entrar completamente. Senti ele apertar os lábios sob meu dedo. Me puxei, fazendo-o sair. Ele protestou me puxando para si. O segurei, desenhando minha entrada com sua ponta. Apenas continuei brincando com esse vai e vem. Sua mão em meu quadril fazia pressão me pedindo pra parar. O guiei mais para trás, encaixando-o em minha outra entrada. Me empinei, indo pra trás, fazendo ele deslizar para dentro de mim.

-"A-aah..." - Ouvi seu gemido mesmo que ele tivesse tentado abafar com o lençol. Seu membro tremia. E então ele se puxou para fora.

Ele se moveu rapidamente e em poucos segundos estava de pé. Levantei no mesmo instante.

O encontrei encostado na parede do banheiro, respirando profundamente.

-"Desculpa..." - Ele falou tentando manter a respiração num ritmo normal.

-"Não, não. Eu que tenho que pedir. Me desculpe por isso, Ville."

Comecei a me perguntar onde eu estava com a cabeça. Era óbvio que ele não conseguiria conter aquilo. O garoto não era um robô. Ele já estava no limite antes mesmo disso.

-"Não faz isso comigo, kulta."

O jeito que ele pediu me fez sentir extremamente culpada. Sabia que ele estava apenas sendo sincero mas vê-lo assim largado na parede tentando respirar era outra história. Ele tirou a bombinha do bolso e a usou.

-"Prevenir é melhor que remediar." - Ele brincou, ainda de olhos fechados, a cabeça erguida e um pouco inclinada para trás para facilitar a respiração.

-"Não faço mais. Juro." - Prometi.

Ele abriu os olhos, virando a cabeça pra mim. Seus olhos cintilavam ainda com o desejo. Em pensar que minutos antes ele estava quase dormindo...

-"Não prometa o que não vai cumprir."

O tom que ele usou me deixou alerta. Por mais que fosse um cavalheiro, um príncipe encantado moderno e um romântico de coração, ele não estava à salvo da ação dos hormônios masculinos. E por algum motivo tive um certo medo.

Confiava nele cegamente, é claro. Mas também já havia confiado assim antes e não acabou nada bem. Não queria comparar Ville com Henrik. Mas foi a única coisa em que consegui pensar naquele momento.

Meus pensamentos foram trazidos de volta quando o vi tirar a camisa. Dessa vez não senti o mesmo de sempre. Estava apenas com um pouco mais de medo.

-"O que tá fazendo?" - Perguntei apenas por perguntar.

Ele não respondeu.

Senti meu estômago começar a revirar quando ele abriu a calça e a baixou, deixando-a cair. Já tinha visto e feito isso inúmeras vezes, mas desta... era diferente.

Love: in Theory and Practice - Chapter one (Ville Valo OC) - Em ReformaOnde histórias criam vida. Descubra agora