Cap 46: Vai começar

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Perdão pela demora, amados Sweeties. Ontem (26.10) foi o niver do autor (me), mas trago presentinhos para vocês: combos de capítulos! Como sempre, obrigado e fiquem com mais uma leitura.

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Eu até tentei dormir, mas a ansiedade não me deixava pregar os olhos. Virei na cama de um lado para o outro, tentando inutilmente fazer o tempo passar mais rápido. Não imaginei que fosse ficar tão ansiosa assim. Me virei mais uma vez.

-"Amor..." - Ouvi Ville chamar baixinho.

Aquela voz de quem acabou de acordar era tão linda! É incrível como ele consegue ser tão bonito mesmo nesses momentos, mesmo nos gestos mais simples.

-"Aconteceu alguma coisa?" - Ele perguntou, ainda com o sono arrastando sua voz.

-"Não." - Fingi um sorriso. -"Te acordei??" - Perguntei mesmo sabendo a resposta.

-"Claro. Você se mexe mais que cabeça de rockeiro em show de Black Metal." - Ele sorriu. Gostei da comparação.

-"Desculpa por te acordar, bela adormecida." - Também brinquei.

Ville sorriu novamente. Mesmo com as luzes apagadas, eu podia vê-lo na penumbra. O quarto não ficava exatamente escuro. Percebi ele fechar os olhos pesadamente.

-"Não consegue dormir?"

O tom amável da voz dele era a coisa mais adorável. Óbvio que havia aquele tom grave e aquecido natural de sua voz, mas o sono evidente deu um toque de fofura nele.

-"Estou ansiosa..." - Sorri, mais pelo nervosismo.

-"Own amor, vem cá..." - Ele passou o braço tatuado por cima de mim, me puxando gentilmente para ele. - "Deixa eu cuidar de você."

Como não derreter com a fofura desse garoto? Me aconcheguei em seu peito. A forma com que ele acariciava o rosto em mim, me abraçando, me fazia sentir como se os problemas sumissem, como se o tempo andasse mais devagar, ou simplesmente parasse. Eu me sentia protegida em seus braços.

Ele gentilmente me afastou um pouco quando minha bunda insistia em roçar contra a virilha dele. Aquele pedido silencioso de desculpas em forma de um sorrisinho me fez querer apertar as bochechas dele também. Mas apenas sorri de volta. O homem estava com sono, não morto afinal.

Me virei um pouco, tentando me inclinar para beijá-lo. Ele apenas separou um pouco os lábios, dando leves beijinhos. Com toda certeza estava caindo de sono.

-"Desculpa, não vou conseguir dormir." - Falei finalmente.

Senti ele abrir os olhos demoradamente. Depois de alguns segundos em silêncio, vi seu braço tatear na cabeceira e então o quarto todo ficou claro. Ele sentou na cama e me olhou animadamente.

-"Vamos fazer o tempo passar então?" - Ele falou animado.

Não entendi o que ele quis dizer exatamente, mas a empolgação em sua voz era tamanha que nem parecia que segundos antes ele estava morrendo de sono.

-"Vou te ensinar a tocar." - Ele sorriu antes de dar pulo para fora da cama.

Antes que eu pudesse responder ou pensar, Ville já estava de volta com um violão na mão. Eu devia estar enlouquecendo.

-"Ainda não está pronta?" - Ele disse numa voz aguda engraçadinha.

Não. Ele que estava enlouquecendo, não eu. Tentei dialogar e informar que era péssima nisso, que não levo o menor jeito. Mas não teve solução: Ville estava disposto à me fazer tocar.

Love: in Theory and Practice - Chapter one (Ville Valo OC) - Em ReformaOnde histórias criam vida. Descubra agora