O Menino da Casa ao Lado [Yoonmin]

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Já havia se passado um mês desde que Jimin havia se mudado para minha casa. Seus pais haviam sumido também, um mês inteiro sem notícias deles. O que me fez pensar que eles tinham resolvido fugir, talvez para fora do país.

Eu ainda não tinha feito nenhuma denúncia, Jimin e eu estavamos bem, quase nem falavamos no assunto, mas sabiamos que uma hora ou outra o assunto ia chegar.

Na verdade eu já sei o que fazer,  só não disse ainda. Queria mesmo dá um tempinho a tudo isso, era como tirar umas férias das confusões, não sabia quando elas começariam de novo, mas estava aproveitando bem enquanto elas não chegavam.

Consegui um emprego de apenas três dias na semana, em um restaurante. Eu era garçon durante as tarde de sexta, sábado e domingo.

Hoje era é o dia que Jimin irá tirar o gesso, finalmente ele ta recuperado dos ferimentos e vai poder voltar a faculdade normalmente.

São 6:30 da manhã,  desativei o despertador antes de dormir, para não acordá-lo cedo assim.
Me permito ficar por alguns minutos observando aquele ser maravilhoso dormindo ali do meu lado, na minha cama... tão lindo.

      --- Bom dia amor... de novo me olhando dormir? Que horas são? -- Jimin fala preguiçosamente procurando o relógio que fica encima do criado mudo.

      --- Bom dia... ainda é cedo, dorme mais um pouco. -- respondi ainda sem tirar os olhos daquele ser.

      --- Para amor, eu to horrível! -- ele cobre o rosto com um travesseiro.

      --- Você não é feio Jimin, nunca!

      --- Acredito em você Yoongi, meu cabelo ta uma bagunça, meu rosto inchado e eu não to feio. -- disse irônico.

      --- Você é lindo, e sexy e tão meu... -- falei tirando o travesseiro do rosto dele e dando vários beijos pelo rosto e pescoço.

Jimin sorria a me empurrava com uma mão e com a outra me puxava para perto, a palavra felicidade ainda é pouca para definir o que eu sentia.

Apesar de está muito bom,  tivemos que levantar, hoje não irei a faculdade porque vou acompanhar Jimin no hospital.

Depois do nosso banho,  preparei o café e comemos nossa primeira refeição dia, peguei a mochila que continha os documentos do Sr. Park e alguns meus, e entramos no taxí que eu havia chamado. Sim, eu levo esses documentos para todos os lugares que eu vou. Da mesma maneira que eu entrei e procurei por eles, o Sr. Park pode fazer o mesmo, e eu não quero perder a chave da minha paz.

Chegamos no hospital e assim que entramos encontramos um Jeon todo sorridente.

      --- Bom dia Jeon! -- disse o cumprimentando.

      --- Bom dia dr. -- Jimin ainda era bem formal,  apesar de termos recebido Jungkook em nossa casa várias vezes,  ele ainda era formal.

       --- Pela milésima vez Jimin,  não precisa me chamar de Dr.  -- ele se afasta e pega uma cadeira de todas -- Mas venham,  vamos tirar isso. Você deve ta louco pra tirar isso!

        --- Estamos!
        --- Estamos!

Jimin e eu respondemos juntos, e nos olhamos meio desconfiados, o que fez Jeon nos olhar e sorrir já sabendo o que queriamos sem aquilo.

Fomos para uma sala onde tinha alguns equipamentos pra cortar o gesso,  Jimin ficou meio assustado mas eu segurei sua mão e sorri numa tentativa de o acalmar. Tirar o gesso não era nada demais, era so uma serra, talvez ele ficou com medo do enfermeiro errar e cortá-lo.

       --- Ok meninos,  vou ter que deixar vocês aqui,  tenho uns pacientes pra visitar. Mas não se preocupa Jimin,  ta tudo bem. -- Jeon sorrir ao perceber o nervoso de Jimin.

        --- Obrigado Jeon. -- Jimin respondeu depois de um longo suspiro.

Jeon saiu e o enfermeiro começou a cortar o gesso, ele nos deus uns óculos para proteger os olhos de algum pedacinho de gesso.

Não demorou nada e Jimin já estava com o braço e a perna livre, ele fez alguns movimentos com elas e então saimos da sala depois de agradecer o enfermeiro.

        --- Ta tudo bem? -- perguntei ao notar que ele mancava um pouco.

        --- Ta sim,  é só um pequeno incomodo,  mas vai passar.

Não vimos mais Jeon, apesar de ter passeado por quase todo o hospital, então fomos para casa.

No caminho recebo uma ligação de minha mãe, nos convidando para o almoço, aceitei, logo já era quase meio dia e eu ainda teria que cozinhar,  ou comprar pronta. Mas também eu estava com saudade da comida da minha mãe,  jamais iria recusar.

Fomos em casa primeiro,  tomamos banho e em seguida fomos para a casa dos meus pais, fomos de metrô mesmo.

Depois que saímos da estação,  fomos a um supermercado que fica no caminho para casa e compramos um vinho,  o preferido de meu pai,  e então seguimos nosso caminho a pé. Devagar  porque Jimin ainda não estava 100% recuperado.

Quando passamos em frente a amtiga casa onde Jimin morava,  pude perceber o seu leve tremor. Fazia um mês que ele não voltava nesse bairro,  um mês sem olhar essa casa e lembrar fortemente de tudo.
A casa estava fechada,  sem sinal de moradores.
Puxei Jimin para mais perto e deu um beijo em sua cabeça,  com uma mão em seu ombro, ele abraçou minha cintura e assim fomos em direção a minha antiga moradia.