8° Capítulo.

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8° Capítulo.

21 de Julho.

Gustavo.

Depois de limpar a minha bagunça naquele dia na nova casa de Milena eu fugi dali como o diabo fugindo da cruz, não queria que ela me olhasse com mais decepção do que ela já sentia de mim, sabia que dali por diante eu teria que dar espaço a ela, teria que mostrar a ela que eu merecia ela de volta na minha vida, e a primeira coisa é resolver minha situação com a Joana, tivemos a conversa que eu deveria ter tido no meu primeiro erro, naquele maldito dia em que dormi com ela pela primeira vez.

30 dias atrás...

Na segunda-feira eu tinha chegado ao trabalho com o Objetivo de deixar as coisas claras com a Joana na hora do almoço, sairíamos para comer fora e conversar, naquela manhã mandei uma mensagem marcando nossa conversa definitiva.

Era exatamente meio dia quando cheguei ao restaurante que costumávamos nos encontra e, lá estava ela, sentada com um sorriso que por muitas vezes foi o motivo de muitas insônias, a culpa e o desejo do proibidos me consumiam o sono. –Desculpe se eu me atrasei.

-Não Tavinho.. tentei tanto falar com você ontem, eu sei que as coisas entre você e a Milena estão difíceis, mas eu tenho que saber se você vai me apoiar, mesmo que a gente não vá ficar juntos eu ... não posso fazer isso sozinha. –Seus olhos estão vermelhos e lágrimas correm o seu rosto, mas por alguma razão eu não sinto nada, não como eu sinto quando eu vi Milena chorar. –Tavinho.. a Milena ela não quer que você tenha contato com o bebé  né, é por isso que você não me atendeu ontem né?!

-Não, Ela não pensa assim Joana.. –Realmente, suas palavras ainda me queimam a alma, "Vá criar o seu filho" , Joana torce a boca em um sorriso incrédulo.

-Então ela não se importa? A mulher que deseja ter um filho mais que viver? –Suas palavras me incomodam profundamente. –Ela devi estar querendo ficar com a criança então... é isso não é? Mas vou lhe dizer Gustavo.. nunca que eu vou dar o meu filho! Eu..

-Não, ela não quer o "seu filho", ela deseja tanto ser mãe que não faria uma mãe ser privada dele, ela me deixou, foi embora de casa e disse que eu deveria cuidar do meu filho. –E como um passe de mágica vejo o sorriso quase se formar no rosto dela, mas ela controla suas feições e franze a testa com um olhar de surpresa, se eu não estivesse prestando atenção em seu rosto eu não teria visto tudo mudar em questão de segundos.

-Oh meu Deus! Que pena Gustavo.. eu sinto muito. –Ela estende a sua mão pra alcançar a minha, mas eu recolho rapidamente não deixando que ela me toque, deveria ter feito isso anos atrás. –Eu.. er...

-Ela pode querer o divórcio agora, mas eu ainda a amo muito e, não pretendo abrir mão dela, se ela quer um tempo longe de mim eu vou dar esse tempo, entretanto o que tivemos nunca mais voltará a acontecer, foi preciso eu ver ela partir para saber o valor que ela tinha na minha vida, eu te chamei aqui é pra resolvermos essa questão da criança.. eu vou assumir, não vou deixar que falte nada, mas nós só seremos os pais dela e, somente isso. –Ela não sabe o que dizer, não esperava por isso, talvez tivesse a esperança de ficarmos juntos, mas não vou.

-Tavinho.. não vou mentir para você, é torpe meus sentimentos de esperança de você finalmente a deixar e ficar comigo, mas ainda assim eu sei que eu te faria feliz se me permitisse, vamos ter um filho... seu maior sonho e o meu também.. porque não dar uma chance a nos dois? –Ela tenta mais uma vez pegar a minha mão, sua voz é doce como em todas as vezes em que estivemos juntos, mas desta vez eu não tenha mais a venda da paixão sobre os meus olhos, pena que tarde demais.

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