Capítulo 10

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Depois de comer me acomodei ajeitando minha poltrona e demorei a pegar no sono, fiquei pensando no meu dia e aconteceu tanta coisa que depois de repassar tudo me senti exausta e só fechei os olhos apagando.

Acordei quando o voo estava quase chegando e assim que fui ao banheiro voltei e acordei Baroni, na verdade só dei uma cutucada nele e avisei que o voo já ia aterrissar

Descemos do avião e o clima está frio, sorte que vim com um casaco quentinho, Baroni não disse nada e eu também fiquei calada, então pegamos as malas e fomos para o táxi.

Dou o endereço do hotel para o taxista e no trajeto começo a sentir dor de barriga.

Sabe aquela dor que você sente que se não for logo ao banheiro vai se cagar inteira? Sim, é essa dor.

- Senhor vai demorar muito para chegar? - Pergunto para o taxista, falo Alemão e Francês fluente.

- 2 minutos. - O homem diz e estou ali trancando o cu, tenho certeza que foi aquela maionese, eu disse que estava com gosto estranho, não deveria ter comigo aquela porcaria.

Começo a soar frio e quando chegamos ao hotel estou a ponto de fazer tudo nas calças.

Desço do táxi quase que correndo, Baroni paga o taxista e nem me dei ao trabalho de pegar minha carteira, o taxista parece uma lesma para descer do carro e abrir o porta-malas, já estou ali em desespero e quando o homem abre o porta-malas pego minha mala e Baroni pega a dele, vamos para dentro do hotel e dou graças por não ter fila na recepção, dou o nome da empresa e o rapaz me entrega a chave.

- Moço são duas chaves, dois quartos... - Falo me espremendo, preciso urgente ir ao banheiro.

- Senhora a reserva era para um quarto com duas camas. - O moço diz e puta que pariu! Rod e Toddy são irmãos e por conta disso pegaram um único quarto, eu nem liguei para o hotel para saber dos detalhes e nem pensei nisso.

- Eu quero outro quarto, pago por fora. - Falo fitando o rapaz.

- Infelizmente não temos mais quartos, estamos com lotação máxima... - Ele diz me olhando.

- Podemos buscar por outro hotel... - Falo fitando Baroni.

- Todos os hotéis estão lotados, por conta da Feira de Metalurgia e da Feira de Tecnologia estamos recebendo empresários do Mundo todo na cidade, acho que vai ser difícil vocês conseguirem algo. - O rapaz diz e estou quase me cagando toda.

- Tá o quarto tem duas camas e damos um jeito, eu vou subir e me acomodar, já você fique aqui e procure se acha algo em algum hotel, se não achar dividimos o quarto e pronto. - Falo fitando Baroni, nesse momento só quero um banheiro, sinceramente que se dane se vamos ter que dividir o quarto, preciso de uma privada e nada mais importa no mundo agora.

Saio andando para o elevador e Baroni resmunga algo, mas nem escuto, o rapaz do hotel vem me ajudar a levar a mala, mas o agradeço e praticamente me jogo para dentro do elevador quando as portas se abrem.

- Oitavo, por favor. - Peço para o ascensorista me espremendo, maionese maldita.

Minha barriga dói e o elevador parece demorar uma eternidade para chegar, quando chega me jogo pra fora arrastando minha mala e corro até a porta do quarto, a abro às pressas, largo a mala pelo caminho e corro para o banheiro já baixando as calças, me sento no vaso e agradeço por ter dado tempo.

Depois de uns 10 minutos ali me sinto outra pessoa, fiz o que tinha e o que não tinha para fazer e juro para mim mesma nunca mais comer maionese na vida.

Meu BaroniOnde histórias criam vida. Descubra agora