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Escute, estou sozinha numa encruzilhada

Não estou em casa, na minha própria casa

E tentei e tentei dizer o que tenho em mente

Você deveria saber


Oh, agora estou farta de acreditar em você

Você não sabe o que estou sentindo

Sou mais do que você fez de mim

Segui a voz que você me deu

Mas agora tenho que achar a minha própria voz


- Eu acho que... – paramos ao ouvir passos vindos da cozinha e então para o susto de todos nós uma figura com roupas negras surgiu pisando devagar e notei a fumaça saindo de algo que julguei ser uma xícara de café. A casa ainda estava um pouco escura e não conseguia ver o rosto, mas notei longos cabelos pretos, meio bagunçado. A figura parou no batente da porta e parecia nos encarar.

- Bu! – como em um ato ensaiado todos nós gritamos. Escutei então a gargalhada rouca demais tomar os ouvidos e quase cai do colo do Harry quando vi quem estava ali, sua cara pálida nos olhando com um sorriso no rosto. Tomei o segundo susto. - Porra!

- Lauren! – Exclamei ainda no susto e surpresa demais por sua presença ali. – Mas que... – neguei raivosa. – O que está fazendo aqui? Sua estúpida!

Observei ela levar a xícara de café a boca e tomar um pouco. Seus olhos não saiam de mim. Parecia me analisar minuciosamente.

- Está casa também é minha. – deu ombros. – Esqueceu-se disso?

- É sua, mas não lhe da o direito de aparecer assim sem avisar e ainda fazendo uso de sua imagem fantasmagórica! - rosnei. - Quase matou todos nós de susto!

- Eu vou ignorar seu sarcasmo, pois apesar de ser uma teoria aceitável, não era a minha intensão. – disse sem vontade. – Mas a culpa não é minha se seus hábitos noturnos ainda não mudaram. – disse olhando para o relógio.

- Saiu lá da puta que pariu para vir aqui e controlar a minha vida? Vai se foder, Lauren. - disse com raiva.

- Você deveria parar de falar tantos nomes chulos Camila, por Deus! - revirou os olhos.

- Isso não é da sua conta!

- Se fosse da minha conta você já teria aprendido o quão baixo e desrespeitoso é para uma mulher usar desse tipo de palavriado. - disse firme.

- Estou pouco me...

- Camila. – ela me interrompeu. – Não seja ridícula.

- Lauren vai... - mais uma vez me cortaram.

- Está bem. Está bem. Chega. – Mani disso e veio parando no meio da linha de visão de nós duas. - Tem como as duas pararem? Estão parecendo duas selvagens! Eu acho que não estamos mais no colegial.

- Acho que a Mani tem razão. – Lauren falou.

- “Mani”. – debochei.

- Você está muito bonita, Mani. É bom enfim revê-la. - comentou sorridente e animada.

- Obrigada. - minha amiga disse apenas.

- Desculpe, Camila. – Lauren pediu, mas ignorei virando a cara.

Secret Love SongOnde histórias criam vida. Descubra agora