Sorry

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Yeah, é tarde demais agora, para pedir desculpa?
Porque eu sinto falta mais do que só do seu corpo
É tarde demais para pedir desculpa?
Yeah, eu sei que te decepcionei
É tarde demais para pedir desculpa?

Me desculpe, yeah
Desculpe, yeah
Desculpa
Yeah, eu sei que te decepcionei
É tarde demais para pedir desculpa?


Pov Camila

Três semanas haviam se passado desde o fim de semana que Jauregui foi me buscar na casa de férias da família e tudo estava... Normal. Sim, isso mesmo, normal.

Eu tinha voltado a frequentar as torturantes aulas da faculdade à noite e graças a uma conversa de Jauregui com tio Mike, tinha reduzido a tortura número dois, estágio, para três vezes na semana. Eu, obviamente, quando estava na empresa tentava de todas as formas evitar qualquer contato com Jauregui.

Falando no demônio de olhos verdes, vulgo Lauren, tínhamos entrado em uma espécie de revezamento para cuidar do carinha. Eu ficava com ele até a hora deu ter que ir para a faculdade, então quando a Lauren chegava entregava o Olly para ela e ia para a faculdade. Nunca trocamos mais do que algumas palavras, todas relacionadas ao Oliver. Eu mantinha a distância e cortava qualquer assunto que não era referente ao carinha.

Eu não tinha voltado a sair a noite. Ok. Era mentira, mas sempre que saía procurava voltar cedo, antes da meia noite, beirando uma hora da manhã no máximo. Tudo porque o carinha amava dormir comigo e com Lauren. Sim, exatamente assim. Era sempre assim. Eu tinha que me deitar em um lado da cama e Lauren na outra, então ele ficava no meio e fazia revezamentos, horas deitava com a cabeça em mim e os pés em Lauren, outra com os pés em mim e a cabeça na Lauren. Foi muito estranho no começo, mas com o tempo acabou se tornando algo comum. Ainda não nos falávamos. Sempre que Olly dormia levávamos ele até o quarto, lhe dávamos beijos, ela ia para o quarto dela e eu voltava para o meu. No máximo um "boa noite", quando eu estava de bom humor, respondia.

Os fins de semanas era uma tortura, pois era quando todos estavam em casa, incluindo as agregadas da Dinah e da Ally, que tentavam de todas as formas falar comigo, mas eu ignorava até a morte, para escutar a risada da Lauren que só cessava ao ganhar um olhar mortal da Dinah.

Mani e Harry, que veio a se tornar meu grande amigo, admito que algumas vezes colorido, dependendo da carência e da quantidade de álcool no sangue, viviam me ligando para ir a boates e a festas segundo eles "incríveis", eu dispensava com a maior vontade de ir, ficava irritada até que o pequeno Jauregui me olhava e me dava o meu sorriso ou meu abraço preferido, isso valia a pena. Pois eu amava o carinha.

Eu costumo dizer que a calmaria é algo que precede um momento conturbado. E sabia que ia da merda de uma hora para a outra, sabia que algo estava prestes a acontecer e a intuição Cabello não falha. Nunca, e foi justamente em um dia qualquer, três semanas após o fim de semana de férias, que tudo começou a desandar, vulgo "deu merda".

Estava saindo da faculdade, irritada por três motivos: 1. a aula foi de microeconomia, o professor Jason, no mínimo me odiava e queria arrancar cada órgão meu. 2. Lauren... Tive que escutar ela falar um monte só porque chegou em casa e eu estava assistindo Bob Esponja com o carinha... Comendo chocolate, pipoca... E tomando coca. Eu sei, nada saudável para um bebê, mas tente você dizer não para a criatura mais linda de todo o universo, enquanto ele te olha com lindos olhos brilhantes e pidões. Impossível. Resultado: briga. 3. meu carro, ele me deixou na mão logo antes de vir para a faculdade, tive que recorrer a táxi e agora estava deixando a faculdade para enfim ir para casa. Obviamente, para provar que não era meu dia, não tinha nenhum taxi por ali e o alvoroço dos universitários me irritou, então decidi andar até o outro quarteirão onde tinha uma praça e um ponto de táxi.

Secret Love SongOnde histórias criam vida. Descubra agora