Capítulo 67

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Os berros de dor do príncipe ômega era ouvidos por todas as partes do palácio e os do príncipe alfa também por sentir aquele odor forte de sangue, sangue de seu pequeno que tinha sua barriga aberta por uma das empregadas do palácio como a última tentativa de salvar o filhote de ambos.

Kyungsoo fez muita força para que o bebê nascesse, porém todas foram inúteis, servindo apenas para lhe causar um sangramento que encharcou a cama do casal de sangue.

A ômega não queria, não queria cortar o príncipe ômega, porém ela era uma ômega a abaixo de um príncipe que, pela segunda vez na vida usou isso para ter sua ordem atendida.

Nem mesmo o rei Seokjin conseguiu intervir, Kyungsoo está descido, entre sua vida e de seu filhote, a da criança seria a escolha, e tudo que o rei o ômega pode fazer foi correr em direção a porta para que seu marido e filho intervir, porém era tarde, muito tarde, e a lâmina do punhal já era passada de uma ponta a outra da barriga do príncipe ômega.

Jongin paralisou no lugar quando viu o tronco de seu pequeno coberto pelo sangue rubro, enquanto o mesmo respirava com dificuldade, respirava pelas últimas vezes.

Kyungsoo estava fraco, mais aguentou firme até ver seu bebê nas mãos da ômega que, lhe dava um palmadinha para que o mesmo chorasse.

Um choro fraco foi ouvido e um sorriso na face pálida do príncipe ômega surgiu. Havia conseguido, havia salvado seu tesouro.

Kyungsoo virou a cabeça para o lado e viu Jongin, viu o amor de sua vida, o viu com os olhos cheios de lágrimas por sua causa e com o tantinho de força que tinha lhe disse: "cuide do filhote por nós dois, eu te amo". Logo depois, fechou os olhos para nunca mais abri-los com um sorriso curto que marcava sua dor e sua alegria pelo filhote nascido.

E em meio do choro da criança Kim recém-nascida que, ao mesmo tempo celebrava a vida e a morte, Jongin seguiu pelos aposentos sentido parte de sua alma morrer junto ao seu grande amor.

Os olhos do príncipe alfa se abriram e o mesmo olhou para os lados, ainda era noite podia ver pela falta de luz, e ainda chovia como no momento que foi se deitar.

Jongin olhou para o outro lado da cama, e o encontrou vazio e um aperto em seu coração o atingiu e lágrimas quiseram sair.

O alfa levantou-se da cama e em pulo, e correu até o berço de seu filhotinho o encontrando vazio.

Desesperado, Jongin pegou o robe e o vestiu de qualquer jeito enquanto seguia em direção a porta de seus aposentos.

O barulho da chuva era mais alto nos corredores e os clarões dos relâmpagos também, mas isto não era algo que o príncipe alfa se preocupava com isso, precisava encontrar seu filhote, seu marido, precisava ver Kyungsoo, precisava de Kyungsoo, não poderia viver –com sanidade – sem Kyungsoo.

A marca que os ligavam o chamava, o odor o príncipe ômega o chamava.

O príncipe desceu a escadaria correndo e seguiu o odor intenso de seu ômega atravessando a sala principal, e seguindo pelos derradeiros corredores até parar na entrada da cozinha onde abriu a porta.

– Mas meu sogro, não és desculpas usar minha gravidez para justificar vossa perda.

Kyungsoo pronunciou se vangloriando por ganhar a competição de quem comia mais biscoitos pela terceira semana consecutiva do sogro alfa que, como nas duas anteriores – mesmo o deixando ganhar – alegou que era injusto pois o ômega tinha dois estômagos dentro de si, se contassem com o do filhote.

– Quero revanche amanhã à noite.

Namjoon disse ao cruzar os braços e fazer uma carranca falsa apenas para afirmar uma postura indignada, já que toda vez perdia de propósito apenas para não ver a expressão de chateação do genro quando perdia.

Promised  🐺    KaisooOnde histórias criam vida. Descubra agora