Capítulo 07

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POV. SIMON

Eu estava tentando tratar a Adele da mesma forma seca com que ela me trata, porém quando eu estava perto dela era algo impossível já que a vontade e o desejo de protegê - lá sei lá de que, era muito maior.

Resolvi chama - lá para jantar, de fato eu não estava a espera de um jantar a luz de velas, mas sim de um jantar na qual eu pudesse começar do zero, meu objetivo era tirar aquela máscara rude e ver a real face da loira, eu havia chegado antes do combinado, a minha vontade de vê-la era grande, porém a loira resolveu brincar me dando alguns minutos de desespero, eu estava em dúvida se ela viria, então resolvi juntar o útil ao agradável separei uma sala para nós dois, caso ela não viesse ninguém participaria da minha frustação, mas caso ela viesse então... Eu poderia ficar a sós com ela.

Eu estava quase desistindo quando a cortina se abriu, lá estava ela, mais linda do que nunca, apesar do traje bem profissional ela estava espetacular, me limitei, não a olhei inteira como queria, afinal quando fiz a loira não gostou, então resolvi passear na beleza de seus olhos, eu a olhava fixamente me levantando em câmera lenta para não perder nenhum passo da mulher.

--- Aí está você.
Falei estendendo a mão, na minha mente seria algo mais uma vez inútil mas dessa vez me surpreendi, Adele segurou em minhas mãos me causando um puta choque, aquilo me fez arrepiar até a alma, eu nunca havia sentido tal sensação assim.

POV. ADELE

Fui acompanhando a mulher com receio, olhando de um lado ao outro quando ela parou em frente a uma cortina roxa, se afastou me dando espaço e abriu, lá estava ele olhando para a entrada como se a nenhum momento tivesse parado de fazer isso desde que chegou, caminhei em sua direção sem tirar o meu olhar do dele, Simon me estendeu as mãos, eu tinha medo de segurar e sentir tudo o que sempre senti, a vontade de correr, a fragilidade, meu corpo fraco e a vontade de chorar mas eu precisava saber como seria, já que com o homem tudo tem sido tão diferente.

Então não hesitei, estendi a mão como resposta, o primeiro contato me assustou, as coisas das outras vezes não vieram, mas em compensação uma corrente elétrica me atravessou, como se eu tivesse colocado as mãos em uma tomada, vi meu corpo se arrepiar então me afastei simulando um sorriso quando na verdade eu estava boquiaberta com aquilo.

--- Finalmente você chegou.
Ele veio em minha direção e puxou a cadeira, de imediato lembrei de Callum, o homem tem essa mania, sorri involuntariamente.

--- Não no horário combinado.
Tentei não perder a posse de mau.

--- Mas veio e isso é o que importa, o que significa que a minha companhia não é tão ruim assim.
O homem falou ignorando a minha ironia.

--- Você é meu patrão, disse que tratariamos de negócios, então... Porque eu não viria? É só ignorar o fato de que estou tratando com você e pronto.

--- Hoje eu me recuso a entrar no teu jogo.
O homem falou estendendo o braço para a garçonete que estava parada na porta.

--- Pois não.
A mulher falou.

--- Você sabe o que fazer.
A mulher sorriu e saiu, fiquei sem entender nada.

--- Pode ficar tranquila, não teremos uma serenata.
Ele falou e eu revirei os olhos.

--- Podemos ir logo ao assunto? Sério esse lance já está me deixando irritada.

Descobrindo o AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora