Capítulo 12 - Inacreditável

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Na manhã seguinte acordei super tarde, por volta das 10 h, levantei fui ao banheiro, tomei banho, escovei os dentes e sai ainda de toalha, parei na porta do quarto do meu suposto colega e nada, nenhum barulhinho, provavelmente tinha saído. Droga, a curiosidade estava me matando. 

Seria homem ou mulher? Bem, agora teria que esperar, oportunidades não faltariam era questão de tempo.

Fiz uma comida rápida, já para almoçar, aquela hora não ia mais tomar café, coloquei as roupas da semana para lavar, arrumei meu quarto, e organizei meu material para começar a estudar depois do almoço.

Um pensamento me veio, a essa hora Paulo deve estar sendo super assediado no almoço, um cara como ele não passa despercebido pelas mulheres, e na faculdade várias já vieram perguntar se estamos mesmo namorando, para algumas confirmei e para outras neguei, era bom gerar dúvidas.

Eu estava tão acostumada com sua presença, que sentia falta dele quando estávamos longe, era bom estar com ele. As vezes, eu até tinha ciúmes, no bom sentido, ele era lindo.

Enfim, almocei e fui estudar, acabei adormecendo na mesa da cozinha sobre os livros, depois de sei lá quanto tempo estudando. De repente alguém me chamava, não sabia se estava sonhando ou não, mas era bom, Cayo me pegava no colo adormecida e me levava para cama, o cheiro dele era bom, a pele era muito gostosa, ele era carinhoso e delicado comigo, eu não queria acordar.

Na manhã seguinte despertei e nem lembrava como tinha ido parar na cama, minha mãe sempre reclamou do meu sono pesado, minha mente vagou para o sonho, Cayo me carregando delicadamente no colo, foi lindo, pena que era um sonho. Ouvi barulhos na cozinha, finalmente conheceria meu colega, levantei apressada, ainda estava com a roupa de ontem, devia estar muito cansada mesmo para desmaiar vestida assim, arrumei os cabelos, peguei a toalha e sai do quarto. 

De costas vi que era um homem, e aparentemente muito bonito, ainda estava meio sonolenta, então cumprimentei: Bom dia, sou Ana Clara, sua colega de alojamento!

Eu sei, bom dia para você também!

Era Cayo Albuquerque ou eu estava sonhando ainda? O que você está fazendo aqui?

Não é obvio? Sou seu colega de alojamento, infelizmente!

Aquele infelizmente me quebrou em mil pedaços, mas eu rebati. Posso te dizer o mesmo, é inacreditável que com tantos alunos nessa universidade, eu tenha tido tanta sorte assim, estava perfeito demais para ser verdade!

Olha Ana Clara, eu também não imaginava que seria você, só descobri ontem a noite quando cheguei e você estava desmaiada sobre a mesa, pensei até que tinha tomado alguma droga, porque nada te acordava.

Eu não uso drogas seu idiota, então foi você que me levou para cama? Só faltava essa.

Claro que levei, e não se preocupe, não tirei nenhum pedaço. Se soubesse que me agradeceria assim, tinha te deixado a noite toda aqui, para amanhecer toda dolorida, se não gostou, da próxima vez te deixo aí.

Não é isso. Obrigada! Desculpa pela grosseria. O que houve comigo? ele foi gentil, e não foi sonho.

Vamos fazer assim, sei que não começamos muito bem, mas, eu preciso do quarto e se você está aqui também precisa. Somos adultos? OK. Temos nossas diferenças? OK. Podemos conviver numa boa? Só depende de nós, eu respeito seu espaço e você o meu e tudo dará certo.

Concordo com você Ana, por mim tranquilo. Vi que você comprou móveis, quero ajudar a pagar. 

Sem problemas, vamos dividir os custos dos móveis da cozinha a TV e as poltronas não será necessário.

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