Atração sem Limites

Onze

Entramos em casa e Gabriel já foi logo falando.

—Mika, no quarto com Louisa. Ethan e Devil, vocês vão dormir na sala.

—Mas, Gabe. Eu não quero dormir aqui. A Louisa me chamou para dormir com ela.

—A Louisa nem sabe o que tá falando.

—Eu sei sim. Para de achar as coisas por mim.

—Você não vai querer brigar agora. —Gabriel riu e me olhou, aquele riso carregado de sarcasmo —Essa casa é minha.

Revirei os olhos.

—Eu acho melhor ninguém dormir com ninguém —Ethan se enfiou na frente e segurou o ombro de Devil —Vamos embora. Eu te levo.

—Eu não vou embora, cara. —Devil resmungou —Ela quer dormir comigo.

—Ou você vai, ou eu vou arrebentar a sua cara. —Gabriel murmurou.

—Vocês eu não sei, mas eu já tô indo. —Mika me deu um beijo no rosto e foi para a porta —O clima tá ficando difícil aqui.

—Ela tem razão. Não vou ficar no meio de vocês. —Ethan foi para a porta também. —Vamos, Devil.

Devil suspirou e socou o braço de Gabriel.

—Valeu, amigo. —Disse e veio até a mim, me dando um abraço e um beijo no canto da boca  —Boa noite, princesa.

—Tchau meninos. —Falei para eles, enquanto fechavam a porta.

Olhei para Gabriel. Ele estava com uma carranca vermelha no rosto e me olhava como se fosse me estrangular.

—O que foi? —Perguntei, irritada.

Gabriel bufou e colocou as mãos cruzadas na frente do peito.

—Você é mais burra do que eu pensei.

Olhei para ele incrédula. Mais como podia ser tão cara de pau em falar aquilo pra mim assim?

—Vai se foder.

—Não, eu tô falando sério. Sabe o que o seu pai me faria se...

—Ah, não fode, Gabriel! —O interrompi, indo para o quarto.

Segundos depois ele já estava lá dentro comigo.

—Para com esse seu fogo no rabo de querer perder a virgindade com qualquer um, garota.

Me virei e o encarei.

—Oque é isso com a minha virgindade agora? —Perguntei, sentindo meu rosto esquentar —Eu não disse que ia perder com o Devil, porra! —Falei.

—Ia fazer oque, então? Contar piada?

Revirei os olhos.

—E o que você tem com isso, afinal? Não ia dormir com a Mika?

Ele se calou e ficou me olhando por um tempo, antes de falar:

—Não adianta, Louisa. Eu não vou deixar você dar para qualquer um.

—Você não tem que deixar—Engoli em seco —Eu dou pra quem eu quiser.

Ele riu e foi até a porta.

—Vamos ver então.

Quando Gabriel fechou a porta, fiquei em pé olhando para ela. Eu não ia permitir que ele falasse assim comigo simplesmente e fosse embora. O corpo era meu, a virgindade era minha e o problema também era meu. Gabriel nem se importava com a minha existência até algumas semanas, o que significava que ele não tinha essa autoridade toda sobre mim.