Vinte e oito

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Cinco meses depois

Eu estava segurando a enorme torta enquanto caminhava apressadamente pela calçada. Já estava quase na hora e eu não podia deixa-los esperando. Meu telefone começou a tocar incessantemente no bolso do meu moletom e eu não podia atender, estava com ambas as mãos ocupadas. Avistei Mika e Tom a minha frente (eles estavam namorando a pouco mais de quatro meses) e assoviei para que me vissem. Mika me notou e abriu o maior sorriso do mundo, guardando o celular no bolso da calça.

—Eu já estava te ligando. —Falou. —Amor, pega a torta, deve estar pesada.

Tom se virou e me notou. Soltou um ar de preocupação enquanto vinha ao meu encontro.

—Eu não sabia que seria tão grande assim. —Disse ele. —Corre, Lou. Só falta você se trocar.

Entreguei a torta a ele e deixei que Mika me puxasse para dentro de casa.

—Ai está você filha. —Mamãe correu e me deu um breve abraço —Daphne está no quarto. Seu vestido está esticado sobre a cama. Você tem dez minutos.

Corri escadas acima e abri a porta. Daphne estava linda, usava uma blusa branca e uma coroa de flores na cabeça. Sua calça e sapato eram igualmente brancos. Usava jóias de ouro e um batom vermelho.

—Eu pensei que não chegaria a tempo.  —Disse. —Se veste que vou arrumar seu cabelo.

—Ta legal. —Falei, voltando a encontrar ar nos pulmões.

Me vesti em dois minutos. Era um vestido branco com algum glitter na parte da cintura, marcado com uma fita de seda. Ele ia até a altura dos joelhos e era apertado no busto.

Daphne prendeu meus cabelos em um coque e fez alguns cachos ao redor do meu rosto.

Assim que terminou, Mika entrou no quarto. Estava com um vestido longo branco e os cabelos soltos e elegantemente ondulados.

—Vocês estão lindas.

—Obrigada. —Falamos eu e Daphne juntas.

—Por nada. Todos estão nos esperando lá embaixo. Acabaram?

—Sim. —Respondi.

Descemos as escadas e encontramos todos segurando, cada um, uma taça de champanhe. Papai estava com smoking branco, Mamãe com uma saia curta e blusa de cetim igualmente brancos, Tom estava com uma camisa polo Branca e Dereck, o namorado de Daphne, vestia um conjunto de calça e jaqueta brancos. Olhei para a lateral da sala, Gabriel estava me olhando com um sorriso nos lábios. Usava uma camisa branca e calças pretas. Eu acharia graça se ele estivesse todo combinando, como todos estavam. Ele não era assim, ele era o que sempre tinha a atenção.

—Aí está a atrasada da minha noiva. —Falou e veio até a mim, segurando minha mão e me ajudando a descer os últimos degraus.

Daphne foi até Dereck que a beijou brevemente. Tom e Mika se entreolharam e eu podia ver a paixão entre os dois. Gabriel se inclinou e depositou um beijo na minha testa.

—Você está muito linda, amor. —Disse ele e me entregou uma das taças que segurava.

Papai ergueu a sua taça e todos o fizeram também.

—Que este seja um ano próspero e cheio de surpresas boas. União, sobretudo e sabedoria, amor e principalmente paz. Então, feliz ano novo a todos!

—Feliz ano novo! —Todos disseram.

Então, dois segundos depois, fogos começaram a explodir no céu e todos fomos para a varanda. Gabriel passou os braços ao redor da minha cintura e me puxou para ele.

—Eu te amo, Louisa. —Sussurrou no meu ouvido.

—E eu amo você, Gabriel.

Ele se inclinou e me beijou.

Me virei para ver os fogos e suspirei.

Esse ano de 2018 havia sido o melhor ano da minha vida. Foi o ano em que entrei para a faculdade. Foi o ano em que papai se separou de Scarlet. Foi o ano em que Daphne finalmente começou a namorar. Foi o ano em que conheci Mika e Tom. Foi o ano que descobri que amava Gabriel. Foi o ano que ele me pediu em casamento e eu aceitei. E foi o ano em que, finalmente, eu tinha todas as pessoas que eu amava juntas no mesmo lugar.

E que dois mil e dezenove seja um ano melhor ainda.

Fim!




Ou não.

Atração sem LimitesOnde histórias criam vida. Descubra agora