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Não revisado, desculpem os erros!


     Dez minutos foi tudo que levaram para chegar a frente de um prédio com cara de clínica, contudo
não tinha nenhum letreiro que denunciasse isso. Tae olhou de soslaio conferindo o maior que ainda respirava com dificuldade e suava.
A porta foi aberta e com cuidado o acastanhado pegou seu chefe no colo.

    Jungkook não tinha nada da pessoa autoritária de mais cedo, pelo contrário, encolhido nos braços de Tae se assemelhava a uma criança assustada.

    Subiram uns poucos degraus até estar dentro do apartamento. Um homem já grisalho crispou a sobrancelha ao notar Jungkook, e no momento seguinte ele já estava sendo arrancado dos braços de Taehyung e depositado as pressas em uma espécie de maca.

- Jungkook, abra os olhos e converse comigo.

    O moreno apenas assinalou que estava ouvindo, mas seus olhos permaneceram fechados.

- eu te avisei que não deixasse de tomar o remédio, você acha que isso é um capricho mas não é. É igual uma diabetes, pressão alta filho, você vai ser dependente pelo resto da vida se quiser viver bem, ou você pode deixar de teimosia e fazer o tratamento.

_ não posso...ele não está aqui... não consigo sozinho.

- no fim da vida todos vamos morrer só, aqui...abra a boca e engula.


    Jungkook não questionou,apenas fez o que lhe foi mandado, Taehyung contemplava tudo aquilo sem entender pacas.

- qual seu nome filho?

Falou o senhor notando Tae pela primeira vez.

— Taehyung.

- então Taehyung, creio que vocês devem ser próximos ou ele não o traria aqui. Você pode não o deixar sozinho hoje? Tente fazer com que ele relaxe, massagens, chás, qualquer coisa com efeito calmante. O remédio dará conta em breve, até lá apenas o distraia.

— bem.. não tão próximos assim, eu trabalho para ele, mas sim, eu posso fazer isso.

- ótimo! 
Aqui está meu número qualquer coisa não exite em me ligar, e também o remédio, certifique que ele o tome pela manhã.

— não sei se deveria perguntar, mas o que ele tem?

- isso é algo que apenas o próprio pode te dizer, boa noite Taehyung, boa noite kook .

    O velho beijou sua cabeça e o ajudou a levantar passando-o para Taehyung, que o depositou novamente dentro do carro.

[•••]

    Já no apartamento de Jungkook, Taehyung o ajudou a se deitar notando que ele já não tremia tanto. Tirou seus sapatos, meias, e quando ia retirar o palitó jungkook agarrou suas mãos.

- você precisa de um banho Jungkook.

   Tae olhava diretamente em seus olhos, travando uma batalha de quem tinha mais razão.

— não lembro do doutor dizer isso.

- eu lembro perfeitamente de quando ele disse: qualquer coisa com efeito calmante,e banho está incluso. Deixe de ser teimoso e orgulhoso apenas hoje.

   As palavras de Tae pareceram quebrar um pouco do gelo do moreno, fazendo-o retirar o palitó com um suspiro.
Mesmo sendo errado, Taehy não conseguiu desviar os olhos dos músculos definidos do chefe, nem das veias saltadas dos seus braços que só lhe acrescentava um G a mais de gostosura.

    Aclareando a garganta se dirigiu a banheira para ligar a mesma e regular a temperatura, deixando morna o suficiente para relaxar. Quando no ponto, ajudou o chefe a chegar até a porta pedindo ajuda a Deus para afastar os pensamentos impertinentes.

   De banho tomado Jungkook notou que Taehyung não estava mais no quarto, um sentimento estranho lhe invadiu, talvez decepção por estar sozinho novamente.

    Porém foi surpreendido quando o mesmo entrou no quarto segurando uma bandeja com frutas, chás e torrada.

- coma.

— eu não estou com fome.

   Bem nessa hora a sua barriga resolveu roncar muito alto, e Jeon corou por ser pego na mentira. Taehy apenas sorriu já se acostumando com o jeito do mesmo. Com jungkook era sempre o contrário, não é sim, sim é não.

    Decidiu não discutir e apenas comer em silêncio. Todavia minutos depois decidiu tentar obter informações.

- o que você tem?

— não é da sua conta. E não acha que está na hora de ir embora?

    Ele tentou, tentou muito manter a calma com jungkook, mas por tudo que fez por ele hoje esperava pelo menos um pouco mais de respeito.

- sim eu irei, porque você é ingrato demais para merecer minha companhia.

— eu não te devo gratidão, pelo que você fez nos últimos dias comigo e com a empresa era obrigação.

- não sei em que mundo você vive que acha que todos tem que se render aos seus pés, sim eu posso ter errado e ter sido infantil, mas ainda foi pouco para alguém como você que não se digna a saber pelo menos o nome dos seus funcionários.
Deixa te dizer algo senhor beija minha bunda, eu posso entender agora seu medo de ficar sozinho, pessoas amargas não merecem companhia, ninguém fica por muito tempo.

     Taehyung pegou pesado, ele quis sugar de volta essas palavras sabendo o quanto Jungkook já estava fragilizado. Mas poxa, ele também tinha sentimentos e não deixaria ninguém pisar neles.
Seu coração doeu ao pronunciar cada uma delas, seja como for ninguém merece a solidão, e quebrou em pedaços quando kook literalmente começou a chorar.
Não lágrimas silenciosas, mas soluços de puro tormento.

- por Deus, jungkook não chora me desculpe.

     Tentou o abraçar mas o mesmo o empurrava, empurrões esses que se tornaram tapas e chutes.
Taehyung segurou seus braços, e então ele se debateu, não restando outra alternativa para Tae a não ser o abraçar a força e com firmeza.

     No começo ele tentou por todos os meios se livrar, mas depois deitou a cabeça dos ombros de Kim, que o deixou chorar depositando carinhos nos seus fios, e assim ficaram por horas até pegarem no sono ainda entrelaçados...

As coisas começaram a ficar interessantes, não deixem de acompanhar, e tbm da estrelinha do incentivo e do comentário da alegria.
Xeruh

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