14.

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A princesa é preparada pelos criados de Calum, algo nervosa. Luke espreita e aproxima-se:

-Estás pronta? Calum não pode empatar mais o povo. Querem ver-te.

Rose assente e segue-o, até Calum. Ele ia beijar a mão dela mas não o faz, procurando respeitar o seu espaço:

-Pareces nervosa. Não estejas.

Ela ia negar estar pois não queria ser vista como fraca mais elogia mentalmente a capacidade de observação do homem.

-Vou dizer apenas coisas boas sobre ti.

-Não me embaraces em frente do teu povo.-ela pede e Calum ri um pouco.

Calum sobe ao pequeno palco na varanda do palácio e grita:

-Povo de Jorsur, connosco, a nossa aliada, princesa Rose...

-...Elizabeth Decharté Mercier Leblanc Bersóvia Clarke Beaulieu Laurent de DiLaurentis...-o guarda sussurra.

-...Elizabeth Decharté Mercier Leblanc Bersóvia Clarke Beaulieu Laurent de DiLaurentis!

Rose junta-se a Calum na varanda e acena ao povo de Jorsur, com uma expressão séria. Este acaba por repetir:

-Longa vida à princesa!

-Jorsur, obrigada por me receberem de braços abertos nesta altura tão difícil. É com enorme prazer que afirmo que estão a ser governados por um Rei excepcional, a quem estou eternamente grata.

O povo aplaude e Rose regressa ao interior do palácio. Conseguia ver a admiração que o povo tinha por Calum.

Ela desprende-se do vestido incómodo e, ao final da noite, vai para o jardim onde encontra... Julia a namoriscar o jardineiro. A criada tinha mais sorte que ela.

-Não podias ter feito um sorrisinho? Pareceste extremamente dura.-Luke comenta, sentando-se a seu lado.

-Não me apeteceu sorrir.

-Bem, estás no teu direito, suponho.-o homem assente.-Foi... um bom discurso.

-Calum mereceu-o.

-Podias pedir-lhe para ajudar-te a recuperar DiLaurentis.-Luke afirma, fazendo Rose olhá-lo de imediato.

Não passava outra ideia pela sua cabeça mas nunca o faria.

-Não posso fazer isso.-Rose corta.-É minha responsabilidade. Ele não pode fazer tudo por mim. Vou fazê-lo sozinha.

-Como, exatamente? A última vez que verifiquei não tinhas exército, armas, cavalos ou até casa, mas posso verificar de novo.

-Luke, não posso simplesmente chegar à beira do Rei e dizer 'podes ajudar-me a recuperar a minha terra? Agradecia.'

-Porque não?-Luke encolhe os ombros.-São aliados. É suposto fazerem coisas assim um pelo outro.

-Não! É suposto ajudarem-se. Complementar-se. Todos os recursos são dele! Sem esquecer que se riria na minha cara.

-Não o conheces.-o loiro comenta.-Tenho de relembrar-te que se levantou a meio da noite sem plano para te salvar?

-É diferente.

-É a mesma coisa.-ele garante.-Pensa nisso. Boa noite.

Loyalty [cth] TerminadaOnde histórias criam vida. Descubra agora