Rose começava a pensar como uma rainha. Era difícil mas chegara a hora. Ela regressa ao palácio de Jorsur e os guardas deixam-na entrar.
Calum é informado de que Rose chegou e levanta-se rapidamente, para encontrar a porta do quarto dela trancada, à qual bate, furioso:
-Rose. Abre a porta.
A rapariga troca de roupa rapidamente, ignorando os apelos de Calum.
-NÃO ESTOU A BRINCAR! ABRE-ME A PORTA IMEDIATAMENTE! NÃO ME FAÇAS DERRUBÁ-...
-Precisamos de falar.
Frente a frente, Calum não é capaz de descrever o alívio que sente. Este é duro:
-Não, tu vais ouvir-me. Não vou voltar a cair numa das tuas armadilhas. Rose, não podes fugir sem mais nem menos. Eu pensei que tivesses voltado para DiLaurentis e...
-Preciso que ajudes a recuperar DiLaurentis.
Calum pára de falar e esfrega o rosto, cansado. Era demasiado cedo para esta conversa.
-Não funciona assim.-ele informa, afastando-se.
-Não compreendo. Tens um exército enorme muito bem treinado. Consegues vencer Michael: os soldados dele são descuidados e preguiçosos e...
-Eu sei que o venceria.-Calum revira os olhos, regressando ao quarto, com Rose atrás de si.-Apenas não posso fazer algo assim por ti.
-Somos aliados.
O rei pára e olha-a, suspirando. Rose era persistente e ele admirava isso mas este era um assunto delicado.
-Não tens noção do que me pedes. Isto vai para além da aliança. Não posso perder a cabeça de novo, largar tudo e ir!
-Teríamos um plano desta vez...
-Não é suficiente!-ele eleva a voz.-Há sempre o risco de algo correr mal e Jorsur ficar sem rei! Não me perdoaria por deixar o meu povo nas mãos daquele cobarde!
Rose morde o interior da bochecha, combatendo as lágrimas. Calum era a sua única hipótese.
-Por favor.-ela pede e o rei fecha os olhos.-Eu sei que não é justo pedir-te algo assim. Não queria pedi-lo sequer. Não tenho meios ou armas. Seria uma guerra só tua e deixarias Jorsur vulnerável. Eu compreendo....
Calum assente, não entendendo o rumo que a conversa terá.
-... pelo que faria algo por ti. Qualquer coisa por DiLaurentis, sabes que sou completamente doida por aquela terra. Dá-me uma oportunidade de ser a rainha perfeita.
-Tanto eu como tu temos tudo, Rose. Não quero mais dinheiro, cavalos, terras, palácios, lagos.-ele nega.-Lamento.
Rose não podia obrigar Calum a fazê-lo. Ela assente e afasta-se, derrotada.
O rei sabe que não deve abrir a boca mas um pensamento martela a sua mente nos últimos dias.
-Bem, há algo...-ele deixa escapar e Rose caminha até ao homem, interessada.-...em que tenho pensado.
O silêncio instala-se por uns minutos e observam-se atentamente, sentados na cama.
-Di-lo. Estás a preocupar-me. Qualquer coisa, Calum.
-... eu recupero DiLaurentis se casares comigo.
Os olhos de Rose arregalam-se. Não esperava aquilo e a sua posição torna-se defensiva.
-Eu vou ser obrigado a casar com uma desconhecida eventualmente. Há anos que me aborrecem e sei que estás tão farta disso quanto eu.
-I-Isto é ir longe demais.-Rose finalmente arranja as palavras e não o olha.
-Vais ser a rainha de DiLaurentis quando recuperar a terra mas continuas a precisar de marido e de descendência.
Rose pensa por uns segundos e Calum brinca com as mãos nervosamente.
-Como seria...?-ela sussurra.
-Bem, não sei o que te dizer. Casaríamos e tornar-te-ias Rainha de Jorsur... Teríamos, pelo menos, um filho, para governar...
-...Jesus!-ela interrompe e cobre o rosto.-Eu não quero casar contigo! Ou ter filhos contigo! Há dias em que quero bater-te!
-Mas não pode ser tudo à tua maneira, Rose! Achas que também quero perder soldados numa guerra que nem é minha?-Calum protesta, sentindo o orgulho ferido e coração dorido.-Temos ambos de ceder!
Rose rói as unhas e Calum coça a nuca, ambos embaraçados, em silêncio.
-Gostaria de ter algum tempo para pensar nisso.-ela afirma, levantando-se.
-Certo. Boa noite, princesa.
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Loyalty [cth] Terminada
FanfictionEm que a Princesa Rose tem que fugir dada a conquista do seu reino e o Rei Calum Hood a acolhe no seu, com uma proposta... interessante. Lealdade é difícil de encontrar, especialmente em tempos de guerra. No entanto, agora que Calum a encontrou, não...