Capítulo 20

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Lia

Meus olhos se abriram ao ouvir a voz de Alice, ela mexia em meus cabelos e quando finalmente acordei abriu um enorme sorriso e me abraçou.

  - Nunca estive tão feliz mamãe. O papai fez um enorme café da manhã - Ela apontou para a cozinha.

  - É, e você ama comer não é mesmo? - Beijei seu rostinho tão delicado.

  Eu estava me sentindo desconfortável. Rush foi até minha casa, me trouxe aqui. Apesar da sua ignorância eu podia ver seus gestos altamente gentis.

  Assim que tomei um banho e me troquei fui até a cozinha.

  Rush estava sem camisa, encostado no balcão de sua cozinha, suas tatuagens cobriam seu braço esquerdo e bíceps direito. Seu abdômen era ainda mais forte e definido do que  quando era adolescente.

  Ele vestia uma calça de jeans que estava tão baixa que eu conseguia ver seu V, se ela estivesse um pouco mais baixa eu seria capaz de ver seu pau. Ele segurava um potinho de vidro com salada de frutas. Ele tinha acabado de sair do banho,  e pela camisa da sua equipe de boxe que estava em cima do balcão ao seu lado, eu sabia que ele iria trabalhar em sua maravilhosa e gigante academia.

  Ele comia, não tinha reparado em mim ainda. Eu seguia a colher que ele usava até a boca, então quando engolia eu podia ver seu pomo de adão mexendo no pescoço.

Eu estava ficando doida com aquela imagem, meu corpo começou a ficar   quente.

  Alice sentou na mesa, apenas quando ela puxou a cadeira ele olhou para mim.

   Eu me sentia uma completa adolescente. Como um olhar de um homem lindo e com um corpo tão perfeito podia me deixar tão sem jeito dessa maneira?

  Ele voltou o olhar para sua salada de frutas como se eu nem estivesse ali.

  Eu fiquei tão chateada. Será que Rush não tinha mais interesse por mim? Ele me odiava tanto que só me trouxe por causa da nossa filha?

  O desprezo dele bateu forte, agora eu consegui sentir o que ele sentia quando tentava se aproximar de mim a qualquer custo. Eu continuei em silêncio e fui para o canto de sua cozinha americana que tinha visão para a sala. Peguei minha bolsa e procurei meu celular.

  - Come - Ouvi sua voz autoritária.

  Olhei para ele apenas pra ter certeza que estava falando comigo.

  Ele me encarava com raiva.

  - Não estou com fome - Disse baixinho, evitando seus olhos.

  Ouvi o barulho do potinho de vidro que estava em sua mão bater levemente no balcão.

Merda. Ele estava vindo em minha direção.

  - Não importa se você não está com fome. É pra comer - Ele estava em pé bem na minha frente com os braços cruzados.

   Parecia uma tentação. Foi eu olhar para cima que lembrei de nosso beijo na casa de Abby, de como ele me apertava junto ao seu corpo.

DevassoOnde histórias criam vida. Descubra agora