Capítulo 11

1.9K 109 9
                                    

Eles conversaram mais, almoçaram, e cada um seguiu seu rumo. Choveu no inicio da tarde. Alfonso se lembrou de que deixara a porta da garagem aberta (Estivera trabalhando no carro que Christopher lhe dera pela manhã. Quando passou pelo corredor, indo pra porta, viu que Anahí havia dormido no chão, e agora estava toda encolhida. Voltou no quarto, apanhou um guarda-chuva e um edredom. Cobriu ela e saiu, indo pra garagem. Lá juntou as ferramentas que tinha largado atoa, apanhou o controle da porta que havia deixado lá, acionou para que a porta se fechasse, e voltou. O perfume que estava no ar era simplesmente magnífico. Haviam arvores e grama demais a volta, agora o perfume da terra molhada, junto com orvalho... Era maravilhoso. Ele ficou parado observando tudo em volta. Por mais incrível que parecesse, já via aquele lugar como sua casa. E precisava aparar a grama, pensou. 

 


Alfonso: Meu Deus. - Suspirou, com uma careta, e franziu o cenho olhando em volta – Levaria dias até aparar aquilo tudo.


Então um helicóptero passou, voando baixo por causa da chuva, e Alfonso desviou o rosto do guarda-chuva preto para observar. Viu dois homens na porta aberta do helicóptero, os olhos aguçados, procurando o que estava debaixo dos narizes deles... Sem nada ver. Alfonso sorriu. Aquilo era divertido. Então deu a volta, entrando em casa e deixando o guarda-chuva no hall de entrada. Quando passou pelo corredor, Anahí havia acordado (provavelmente pelo barulho que o helicóptero fizera).


Anahí: Transa comigo? – Perguntou, ao vê-lo entrar na sala. Alfonso ergueu a sobrancelha, vendo ela deitada no chão, os cabelos esparramados a sua volta, o olhar pensativo. Não parecia estar aprontando, mas ainda assim... Quando a oferta é muita, o santo desconfia.


Alfonso: Desculpe? – Perguntou, se aproximando.



Anahí: Transa comigo? – Repetiu, simples, os olhos recém-despertados encarando-o.



Alfonso: Acho que eu não entendi. – Disse, se sentando ao lado dela, completamente desconfiado. Anahí suspirou.



Anahí: Alfonso, você por obsequio pode vir até aqui, tirar a minha roupa e me fazer gemer até que eu consiga atingir alguns orgasmos? – Perguntou, se fazendo clara. Alfonso sorriu.



Ela viu as mãos dele alcançarem seu corpo, apalpando... Procurando. Anahí riu gostosamente, deixando que ele a revistasse. Ao não encontrar nada Alfonso ergueu a sobrancelha pra ela, inquisitivamente. Não podia garantir que teria foco transando com ela, e terminaria levando uma bala caso ela resolvesse testá-lo.


Anahí o observou por instantes, um olhar angelical no rosto... Angelical demais. Ela revirou os olhos e estivou o braço, puxando um revolver de debaixo do sofá. Ele sorriu, irônico, tomando a arma da mão dela.



Alfonso: Você é impossível. – Disse, deixando a arma de lado – Foi só pra me testar?


Anahí: Não, eu realmente continuo esperando que você transe comigo. – Disse, tranqüila, como se os dois estivessem discutindo o cardápio do jantar. Alfonso sorriu, apanhando-a por debaixo do braço, como se faz com um bebê, e ela riu.

O Turista (Livro 01)Onde histórias criam vida. Descubra agora