Capítulo 18

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Alfonso estava sentado em uma sala onde tudo era cinza, em frente a uma mesa. Seu dia fora conturbado. Primeiro achara que encontrara a felicidade, então a vagabunda da Anahí o dopara, ele tentou ir atrás dela, fora exilado da França, então não podia ir a França, então agora estava na França, sentado em frente a mulher que queria matá-lo. Era uma vida confusa. Ele se lembrou do ciúme de Anahí com Dulce, e isso lhe deu mais raiva ainda. Dulce estava acompanhado de um homem que parecia intrigado.



Dulce: Muito bem. Eu sou Dulce María, e este é meu colega, Carlos. – O homem assentiu – Ele apenas assistirá o interrogatório.


Alfonso: Tudo bem. – Disse, tranqüilo.



Dulce: Você sabe que qualquer truque que tentar nessa sala o levará a prisão federal por desacato a autoridade e falso testemunho perante a lei. – Disse, os olhos avelã sondando-o.



Alfonso: Eu conheço a constituição, agente. – Disse, ciente de que tudo estava sendo gravado.



Dulce: Muito bem. Me diga seu nome completo. – Disse, de braços cruzados.



Alfonso: Alfonso Herrera Rodriguez. – Respondeu, instantaneamente. 



Dulce: Profissão? – Continuou.



Alfonso: Médico. – Dulce parou por um instante, então se lembrou de onde o conhecia. – Resido em Londres, sou natural de Madri, na Espanha.


Dulce: O que você pode me dizer sobre Alexander Pierce? – Alfonso riu.



Alfonso: Muita coisa. – Disse, fazendo uma careta perante tudo o que sabia. Dulce só faltava quicar de ansiedade.


Dulce: Onde ele está agora?



Carlos: Não com tanta sede ao pote, Dulce. – Repreendeu.



Alfonso: Não, tudo bem. – Disse, tranqüilo – Não sei dar o endereço. O esconderijo foi programado para isso. – Dulce franziu o cenho – É um lugar que só pode ser encontrado por aqueles que já estiveram lá. Bem bolado.



Dulce: Você nos levará lá? – Sondou.



Alfonso: Quando quiser. – Deu de ombros. Dulce suspirou, contendo um sorriso.



Dulce: Conte a história inteira. – Incitou. Alfonso refletiu um instante, se lembrando.



Carlos: Dulce, não será melhor esperar pela manhã? Isso pode levar horas, já passa da meia noite.



Dulce: Responda a pergunta.



Alfonso: Tudo começou quando eu conheci uma mulher no trem. – Disse, se lembrando – Anahí Uckermann. – Dulce assentiu – Eu estava em Paris a passeio, peguei o Gare de Lyon, ela me sondou lá. É violentamente bonita, eu sou homem... Ela me atraiu. Quando eu vi estavam tentando me matar.

O Turista (Livro 01)Onde histórias criam vida. Descubra agora