Capítulo 12

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Minutos depois os dois irromperam na rodovia principal, e Alfonso suspirou ao ver pessoas dentro de seus carros. Finalmente. Teve medo de criar síndrome de pânico ao ter contato com as sociedade de novo. As coisas pareciam estranhas longe da quietude da mansão. O transito, o vento, pessoas que não faziam idéia do que havia ali perto. Anahí dirigia rápido, então em menos de meia hora o transito se tornou mais denso, e ele reconheceu a cidade se aproximando.


Alfonso: O que vamos fazer? – Perguntou, quando Anahí se tornou impaciente no volante. Dirigir com aqueles canais por perto era tedioso de tão lento.



Anahí: Vamos voltar ao Gabriele. – Disse, simples – Nos sentar, conversar, tomar um café, observar o canal... Deixar que eles encontrem o que procuram. – Disse, fazendo uma curva fechada que dava no hotel – Com sorte encontraremos sua mala de mão. – Alfonso revirou os olhos.



Alfonso: Vão nos atacar? – Perguntou, quieto.


Anahí: Só se alguém tiver perdido o juízo. – Dispensou, e ele assentiu. Ela rolou os olhos e apanhou a mão dele, subindo ela por sua coxa até o cós da saia, onde a blusa se perdia... E ele sentiu o metal frio do revolver que ela levava – E se alguém perder o juízo, estaremos preparados.


Alfonso: Não sei porque ainda pergunto. – Disse, quando ela estacionou. Um atendente do hotel abriu a porta pra ele. – Vamos lá. – Murmurou, pra si próprio, e saiu do carro.


Alfonso pode sentir os cliques das câmeras. Longe da calma da mansão, ele ouvia tudo. Seus ouvidos pareciam aguçados, sensíveis. Ele fechou a porta e caminhou tranquilamente até o outro lado do carro, abrindo a porta de Anahí, e ofereceu a mão. Ela ergueu a sobrancelha com a atitude, mas sorriu, apanhando a mão dele. Fazia sombra ali. Os cliques se tornaram frenéticos quando Anahí saiu do carro, e Alfonso podia jurar que ouvira um "Ela está com ele". O manobrista levou o carro e os dois entraram no hotel, Alfonso guiando-a com uma mão na parte baixa de sua coluna.


Anahí: Anahí Uckermann e esposo. – Anunciou, com um sorriso deliciado no canto dos lábios.


Os dois foram levados a sua suíte, onde as malas já o esperavam. Pouco depois desceram para a sacada do hotel, onde ficavam varias mesas, na frente do canal, ela sem as luvas pretas e ele sem o terno. Anahí pediu um chá e ele um café, e então os dois estavam conversando naturalmente. Eram um casal normal ao ver de um estranho. Ela ria com ele, e as reações dele eram espontâneas. Alfonso achou que ia entrar em pânico ao voltar ali, mas estava sendo ridiculamente fácil. Tinha até esquecido da situação quando o garçom, gentilmente, puxou mais uma cadeira, e uma morena, pálida, usando botas, como Anahí, e um vestido grafite com uma fita de seda preta na cintura se sentou. Sorria educadamente, mas havia diversão em seus olhos.



Madison: Boa tarde, casal. – Disse, após fazer seu pedido ao garçom, que saiu.


Anahí: Porque eu não me surpreendo de vê-la aqui? – Perguntou, divertida, tomando um gole de seu chá.


Alfonso estava nocauteado. Devia ter imaginado vendo a diferença em Anahí, mas não pensara em Madison. Os cabelos negros estavam destacados em camadas perfeitas, o rosto de glacê cuidadosamente maquiado, os cílios longos destacados pela maquiagem, o vestido caindo como uma luva sobre o corpo. Nada comparado com a Madison natural que andava de rabo de cavalo, descalça e usando moletom na mansão.

O Turista (Livro 01)Onde histórias criam vida. Descubra agora