Capítulo 24

2.2K 129 12
                                    

Anahí acordou só na manhã seguinte. Se espreguiçou, ouvindo a chuva lá fora. Ela estava coberta pelo edredom, aninhada nos travesseiros. Sozinha. Ela se enrolou no edredom, chamando por Alfonso, sem resposta. Caminhou pelo quarto, olhando as coisas e abriu o guarda roupas. Só haviam as coisas que ele deixara antes de viajar, como um frasco de perfume e um pente. Ela abriu uma das gavetas, e tinha meias. Bagunçadas, os pares jogados de qualquer jeito. Abriu outra, e eram cuecas. Ela riu, apanhando uma boxer branca na mão. Onde ele fora? Abriu outra porta do guarda roupas e ali haviam jalecos, passados e engomados, em cabides. Ela sorriu se lembrando da noite anterior. Em uma das portas achou gavetas com camisas e bermudas que ele devia usar em casa. Ela apanhou uma camisa branca dele e a vestiu, se livrando do edredom. A camisa lhe bateu no inicio das coxas. Não sabia onde estavam suas malas, e sua calcinha da noite anterior devia ter virado trapos... Mas ela não se importou. Terminou de se vestir, se assustando com um trovão. Apanhou o edredom, se embolando nele e saiu pelos corredores, chamando por ele. Sem resposta. Quando chegou na sala, ele estava entrando. Se surpreendeu ao vê-la ali, parada, e sorriu.


Anahí: Você me deixou sozinha. – Acusou, desolada, fazendo manha.


Alfonso: Não era pra você acordar até eu voltar. – Ele largou a chave do carro na mesa, assim como um suporte com dois copos da Starbucks. No braço haviam varias sacolas de papel - Fui buscar nosso café da manhã. – Explicou, pondo as sacolas em cima da mesa. – Venha aqui. – Completou, indo até ela, que continuou de dengo.


Anahí: Nossa lua de mel e eu acordo só. – Se queixou, com bico, e ele a abraçou.


Alfonso: Eu passei duas horas só olhando você dormir. Sabia disso? – Perguntou, selando os lábios com os dela, que sorriu.


Anahí: Duas horas? – Perguntou, com uma careta.


Alfonso: Já passa das 10. A sindica veio aqui as 8, destampar em cima de mim porque disse que ia viajar um mês, sumi e não voltei. – Disse, mordendo o pescoço dela, que riu – Depois voltei pra cama e você tava lá, toda linda, dormindo. – Disse, acariciando o rosto dela, pondo o cabelo atrás da orelha – Eu fiquei lá, te mimando e olhando você dormir.


Anahí: Hum... Tá perdoado. – Disse, enlaçando os braços no pescoço de e enchendo-o de beijos. O perfume do café a atingiu – Hum... – Disse, desviando dele, deixando-o com o edredom na mão. Alfonso se virou e viu ela andando até a mesa, vestida com sua camisa. Ele mordeu a ponta do lábio, deixando a cabeça cair pro lado, olhando.


Anahí: O você troux... Alfonso! – Exclamou, esticando a camisa pra baixo e ele riu.


Alfonso: Nada que eu já não tenha visto... Mas é sempre bom admirar. – Disse, malicioso, se aproximando e mordendo a orelha dela. – Trouxe café. – Disse, satisfeito, olhando cobiçoso os copos de café.


Anahí: Fora o café, Alfonso. – Disse, se sentando e abrindo as sacolas, e ele riu.


Havia de tudo nas sacolas. Dentre frutas, variando entre mamão, morango, laranja, pêssego e damasco, passando por frios, como queijo, presunto, salame e outros e terminando na padaria, onde ele comprara pães, croissants e docinhos. Logo a mesa de centro virou uma mesa de café da manhã. Alfonso foi com sede no café... Mas Anahí roubou os dois, fazendo doce.

O Turista (Livro 01)Onde histórias criam vida. Descubra agora