continue a nad...ignorar

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— Pode me deixar aqui. — Pediu educadamente ao taxista que parou na calçada. — Obrigado. — Tirou alguns wons do bolso e estendeu para o senhor que pegou.

Im só ficou medindo o mais jovem, vendo que ele parecia um tanto exasperado. Estavam em um bairro repleto por lojas de conveniência, karaokê, barraquinhas de comida. Era um bairro legal, mas não residencial. Quando concordaram de rachar um taxi, não esperava que Youngjae não fosse realmente parar em casa.

— Você mora aqui? — Questionou olhando em volta e logo depois para o garoto que o encarava, tendo uma luz rosa tocando seu rosto, a luz de um karaokê. Negou. — Por que paramos?

— Porque eu moro logo ali. — Indicou mais à frente. — Não precisa me levar em casa, eu vou passar na loja e comprar ramyeon. — Sorriu devagar e o moreno assentiu compreensivo. — Obrigado pela ajuda, Im Jaebum-ssi.

— Uh. — Concordou. — Cuide-se e fique bem logo.

Apenas assentiu antes de abrir a porta do carro e sair, vendo que ali estava movimentado. Era sábado, afinal, mesmo que fosse madrugada. Fechou a porta e viu o veículo preto sair. Suspirou, engoliu em seco. Nunca esteve tão desconfortável com Jaebum quanto naquele momento. Eles pareciam dois estranhos! Coçou a nuca.

Ele gostava do Im por perto, ele era bom consigo, mas não sabia... sei lá. Mentiu sobre o ramyeon, mentiu sobre morar perto. Aliás, não morava. Morava em um bairro vizinho daquele, demoraria se fosse andando. Puxou o celular do bolso e ligou para o irmão, pedindo que ele fosse ao seu encontro.

— Doyeon... — Refletiu no nome da garota que o policial havia falado. Era um nome bonito. Riu fraquinho e sentou na calçada, sem ter muita escolha. — Ela deve ser bem bonita. — Olhou pro alto, o céu relampeando. Ia chover mais a qualquer momento. — Ele parece ser um namorado bom. Viu o jeito que ele conversou com ela? Wuah... — Falou rindo consigo mesmo, apoiando os braços nos joelhos e a cabeça baixa. — Fico feliz. — Murmurou perdendo o sorriso, suspirando pesadamente, encarando o asfalto molhado.

Mordeu o lábio inferior devagar, deixando a carne escapar demoradamente pelos dentes. O que tava havendo consigo? Que merda. Engoliu em seco e só pode desejar que Minho chegasse logo de uma vez. Queria ir embora, se esconder debaixo de todas as cobertas possíveis.

...

A primeira coisa que fez assim que pisou em casa, foi respirar aliviado. Finalmente estava à salvo. Por sorte, a chuva voltou a cair assim que chegaram e não se molharam.

— Céus, eu estava preocupado. — Taemin apareceu da cozinha, quase correndo para cima dos dois. — Eu vi na previsão do tempo que vai ter um temporal bem forte essa noite. — Encarou o namorado que assentiu. — Você nem ouse mais sair de casa.

— Você pretendia sair, hyung? — Encarou o mais velho que tinha uma péssima cara de sono.

— Não exatamente. — Jogou as chaves do carro em cima da mesa de centro da sala. — Aparentemente Jonghyun e Kibumie brigaram e eu fui chamado para ser o advogado. (N/A: Minha forma de homenageá-lo e sempre manter sua presença próxima de mim e dos meus leitores. )

Youngjae riu fraquinho e negou. O melhor amigo do seu irmão era uma graça, apesar de ser um cara meio espalhafatoso. Ele e o namorado brigavam muito, nem entendia como aquele relacionamento conseguia durar tanto. Recebeu um abraço do cunhado e retribuiu, descansando nos braços do dançarino que lhe acariciou os fios castanhos e beijou-lhe a testa. Lee Taemin era um anjo quando queria.

— Escute o que eu vou te falar agora, Youngjae, eu vou falar apenas uma vez. — O mais alto dali chamou a atenção do irmão mais novo que grunhiu, escondendo o rosto no peitoral do Lee. — Não é de hoje que você vem passando mal e escondendo da gente, isso é irresponsabilidade. Você tem dezenove anos. — O tom sério fez o universitário ficar um tanto acuado. Odiava quando o irmão tinha esse momento. — O pai e a mãe só aceitaram viajar porque você disse que estava tudo bem e que iria se cuidar, mesmo comigo passando a maior parte do tempo fora de casa, você prometeu que faria tudo sozinho.

Our Diary • [2jae]Onde histórias criam vida. Descubra agora