com a benção dos choi

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— Vitamina pra gado? — O senhor Choi franziu as sobrancelhas ao ler o embrulho que o filho levou para casa. — Que gado? Você e Minho?

Jaebum tampou os lábios, tentando esconder a risada. Ia se controlar perante os Choi, principalmente naquela situação. Youngjae parecia realmente vencido pelo senhorzinho baixinho. Aceitou o pedido errado e foi embora. O Im até tentou contornar, mas ele só o puxou e disse que Minho resolveria depois.

Ficou bem visível que ele não tinha paciência alguma. Anotou mentalmente. Choi Youngjae era um sujeito totalmente impaciente.

— Ele não me entendia e não me escutava. — Explicou-se, injuriado. — O hyung tentou também, mas ele não ouviu. — Fez um bico chateado e viu o policial assentir, ainda engolindo a risada. — Pensei até que fosse alguma piada sua e do Minho hyung.

— Larga de ser bobo, garoto. — Resmungou, jogando o pacote em cima da mesa de centro. — Resolvemos isso depois. — Apontou para o filho que assentiu. — Agora me apresente esse homem, Youngjae. Espera que eu diga a ele o quanto você repete o nome dele em preces e por isso o conheço?

Aya! Pai! Sério isso? — Gritou envergonhado, empurrando o empresário que ainda mantinha a expressão séria, mas se divertia vendo o rosto vermelho de seu garoto. — Qual o seu problema? Sério. Não acredito. — Resmungou completamente fora de si.

Agora, pronto, não bastando a vergonha na rua, tinha que passar vergonha dentro de casa. Quando começou a achar que Buda gostava um pouquinho de si... acontecia isso. Fala sério. Será que não teria férias daquele karma? Não dava mais. Precisava de tempo para se erguer dos tombos que a vida vinha lhe dando.

Era cada rasteira, rapaz... estava tonto só de lembrar.

— Muito prazer, senhor Choi. Meu nome é Im Jaebum. — Curvou o corpo longamente, em um cumprimento respeitoso ao homem que o mediu por completo. — Peço perdão por não ter trazido nada, mas é que...

— Hyung, tá tudo bem. — O mais novo tocou no ombro do mais alto, sorrindo pelo modo que ele estava agindo. — Meu pai é um velho homem caipira, não liga muito pra essas formalidades. — Garantiu para o moreno que levantou e o olhou ainda inseguro.

Estava temendo realmente que aquele homem, mais alto que si, não gostasse de sua personalidade ou algo assim. Céus. Devia ter se arrumado melhor, estava parecendo um cantorzinho falido de rock 'n roll. Lambeu os lábios e piscou os olhos rapidamente, tentando ganhar um pouco de confiança.

O pai de Youngjae precisava sentir que podia confiar o filho a suas mãos, e, por isso, não podia mostrar-se um bastardo inseguro.

— Vamos para meu escritório, Im Jaebum. — Chamou o policial que assentiu e limpou as mãos, suadas, no jeans. — Youngjae não sabe parar de falar e vai atrapalhar nossa conversa.

— Pai. — Chamou enquanto segurava em uma das mãos de Jaebum, não querendo deixá-lo ir. O mais velho encarou o filho que parecia assustado. — Não precisa sair daqui. — Disse baixinho, sentindo o polegar do mais alto lhe fazendo carinho na mão. — Prometo ficar quieto.

Ele negou e indicou a cozinha com a cabeça.

— Ajude sua mãe a terminar o almoço, logo estaremos de volta. — Garantiu em um tom tranquilo para que seu caçula ficasse menos medroso. Riu pelo choramingo que recebeu. — Ande, Jae, solte o rapaz, deixe-o.

— Não. — Manhosamente envolveu o braço do outro que riu fraquinho e virou um pouco, deixando um beijo na imensidão castanha.

O Choi sentia o corpo forte tremendo e sabia que Jaebum estava nervoso. Ele mesmo disse. Não queria deixá-lo ir porque queria estar perto para poder passar alguma calma ou segurança. Conhecia seu pai e sabia que ele não ia ser malvado ou humilhar o Im, mas ainda assim, só... só queria que ele se sentisse confortável. O problema não era a conversa de seu pai com ele, mas seu bem estar.

Our Diary • [2jae]Onde histórias criam vida. Descubra agora