dia quente, sorvete de morango e jaebum de farda. aish...

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Youngjae procurou focar na faculdade todos aqueles dias. Estudou muito e finalmente montou o seminário, estava tudo pronto e só estava aguardando a segunda-feira chegar para apresentar e ganhar aquela nota alta e seu momento de glória perante aquela turma escrota, homofóbica e nojenta. Almejava esses pequenos momentos para esfregar seu potencial na cara de todos aqueles desnecessários, hétero-normativos dos infernos. Estava bravo mesmo, que ninguém o irritasse, porque estava cheio. Uma bomba prestes a explodir.

Explodir em qualquer casal hétero que visse na frente, obrigado.

Fechou o notebook e bufou. Chega de estudar, já estava exausto. Era quinta-feira à noite e tudo o que tinha feito até ali foi estudar e ignorar Im Jaebum, estava começando a ficar craque nisso. O homem parecia realmente arrependido por ter lhe tocado e até se desculpou umas três vezes, isso só fez a raiva de Youngjae aumentar. Claro que o policial se desculparia, até porque tinha tocado demais em alguém que não tinha lá tantas intimidades. Jogou a cabeça para trás e fechou os olhos, como se a luz branca do lustre pudesse o bronzear. Estava tão exausto. Tão exausto que nem abriu os olhos para ver quem havia entrado em seu quarto de fininho, mas pelo perfume forte e masculino, adivinhou quem era. Era bom em distiguir cheiros. Continuou naquela posição de morte até sentir um selar macio em seus lábios. Recebeu um beijo homem-aranha e isso o fez rir baixinho.

Era adorável.

— Vai quebrar o pescoço se continuar nessa posição esquisita. — A voz grossa de Yongguk penetrou na audição do garoto que abriu os olhos e viu o rosto bonito, sorridente, pairando ao contrário sobre o seu. — Taeminie disse que você estava quase explodindo a cabeça de tanto estudar.

— Ele é exagerado. — Murmurou ajustando a postura e nem ligando para o marinheiro se encostando atrás da cadeira, envolvendo os dedos longos no cabelo macio e castanho. — Só quero tirar notas boas.

— Você sempre tira. — Murmurou concentrado em acariciar o cabelo do ficante que grunhiu em apreciação.

Gostava de carinho na cabeça, isso o fazia querer dormir. Relaxou na cadeira e permitiu que o Bang o acariciasse um pouquinho, mesmo que isso o fizesse lembrar de Jaebum e sobre aquela cena patética de dormir na barriga dele. Oh, quanta vergonha.

— Posso dormir aqui? — Pediu entre os carinhos e o menino grunhiu em negativo. Riu baixinho. — Eu já falei com seu irmão, ele não vai implicar. — O tom rouco e sugestivo fez o Choi amolecer. Qual é? Apesar de hipoteticamente apaixonado por outro, ainda tinha suas necessidades masculinas. — Você precisa relaxar, JaeJae, hm? — Desceu as mãos do cabelo para o dorso que estava coberto com uma regata larga, passando os dedos com certa paciência por debaixo da roupa, sentindo a maciez da pele do mais novo que suspirou. — Amanhã eu vou embarcar e só volto no domingo. — Avisou passando a ponta dos dedos nos mamilos do menor que tremeu de leve, arrepiado.

Não conseguiria negar nem que quisesse. Tirou os óculos e deixou sobre a mesa, voltando a inclinar a cabeça para trás só para encarar o rosto bonito do mais velho. Ficaram se olhando por um tempo até o marinheiro tomar aquilo como um "okay", porque dormiria ali de todo o modo. Inclinou o rosto para baixo e capturou os lábios bonitos do universitário, iniciando um beijo lento, apesar de forte. Aquela posição era ridícula e dolorosa, mas até que daria uma bela foto, pelo menos foi isso que Taemin achou ao espiar pela frecha da porta antes de sair.

Precisava sair com o namorado e dar privacidade para aqueles dois.

...

Jaebum às vezes se arrependia por não ter um amigo próximo que pudesse dividir suas parcelas de pensamentos profundos e sem nenhuma resposta. É, ele queria, mas não conseguia porque sua personalidade o fazia se retrair de qualquer contato acima do profissional e o necessário. Quero dizer, havia Mark, mas eles não se viam desde a formatura do colégio, onde o mais velho vazou para os Estados Unidos para estudar e trabalhar com o pai. Iria ser um engenheiro brilhante, sabia. Não pelo poder aquisitivo, mas pela força de vontade. O Tuan era ótimo.

Our Diary • [2jae]Onde histórias criam vida. Descubra agora