Our Diary • [2jae]

e buda ataca novamente, olha o karma

A chuva de começo de inverno era sempre meio irritante. O tempo já era frio normalmente e a adição de chuva, deixava tudo um pouco mais dramático. Aliás, o fato de ser domingo já era meio dramático, o resto era só um acompanhamento.

Youngjae sorriu para seu próprio reflexo no espelho e suspirou. Estava bonito... era seu primeiro almoço com a família Im e precisava impressionar. Estava muito orgulhoso de Jaebum com sua família, queria que ele se sentisse da mesma forma depois das devidas apresentações. Suspirou.

Ajeitou a camisa preta de botões e passou as mãos no pano macio, como se pudesse desamassar algo. Mesmo não tendo nada amassado ali.

— Ah. Quase me esqueci! — Virou-se rapidamente para a escultura do Buda e sorriu. — Eu estou muito grato pelas recentes coisas que andam acontecendo, por isso... — Abriu a gavetinha e tirou de lá uma vela nova, assim como um incenso. — mas não pense o senhor que eu esqueci toda a maluquice que me fez passar. — E ia divagando no próprio monólogo enquanto acendia a vela, posicionando na flor-de-lótus, assim como o incenso no suporte. — Que a família dele goste de mim. — Esfregou as mãos unidas e mordeu o lábio inferior, pensativo. Será que eles eram legais?

Quer dizer, a mãe de Jaebum era legal, mas não fazia ideia sobre o pai e o irmão dele. Não sabia lidar muito bem com rejeições... mas, tudo bem, precisava trabalhar nisso.

— Coragem, Choi Youngjae. — Fechou os olhos e respirou fundo o cheiro do incenso, tentando se acalmar. — Apenas não seja totalmente você ou vai assustá-los. — Grunhiu medroso, mas rapidamente respirou fundo novamente, tentando encontrar a tal paz interior.

Nunca nem ouviu falar disso. Sentir então... tava longe. Bem longe.

Viu o celular vibrar em cima da mesa, próximo de seus anéis que ainda não havia colocado. O nome de Jaebum brilhava em uma ligação... sabia que ele havia chegado. Aquele era o combinado, ele ligar ao chegar.

E era hora de ir. Só... respire, Youngjae, e não pire.

...

Estar novamente na casa do policial era um tanto... estranho. Quer dizer, da última vez que pisou ali, foi como um "colega" dele e para ajudar seu irmão mais novo com problemas de matemática. Agora não tinha mais desculpas, não haviam mais mediadores. Eram um casal e ia ser apresentado como namorado do Im.

Isso embrulhou seu estômago com um nervoso... quase travou suas pernas no carro. Quem disse que ele queria descer?

— Vamos, Jae. — O mais velho pediu ao abrir a porta e ver o mais novo travado no banco. — Vem, pega minha mão. — Estendeu e o acastanhado negou. Riu fraco e olhou pra cima, vendo a chuva fraca caindo e molhando sua camisa. — Está chovendo, vai mesmo me deixar pegar uma gripe? — Não teve jeito, teve que apelar.

Os olhos pequenos e preocupados do estudante, correram para o rosto do namorado que o encarava com uma expressão divertida. Negou.

— Entre.

— Não, você vem comigo! — Se inclinou para dentro do carro e destravou o cinto que prendia o corpo bonito do futuro professor que choramingou. — Por que tanto espanto? — Resmungou apoiando-se no banco e olhando pertinho para o rosto lindo do Choi. — Não estou com você? — Assentiu devagar e recebeu um sorriso pequeno do Im. — Então. Segura minha mão, fica comigo e vai ficar tudo bem.

— Mas e se eles não gostarem de mim? O que eu faço? — Abriu mais os olhos, assustado, porém logo sua expressão se tornou brava. Jaebum começou a rir. — Do que está rindo, Im Jaebum-ssi?

— Agora é Im Jaebum-ssi, é? — Arqueou o cenho e o menor continuou com a expressão brava. — Ontem era "amor".

— Ontem eu não estava estressado. — Disse como se fosse óbvio e ganhou uma expressão de falso entendimento. Jaebum sempre tão debochado... — Por que você é assim, ein? — Se fez de vítima e o policial ficou o observando, o rosto bonito claramente assustado. — Eu tô nervoso.