o meu biscoito da sorte falou

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Obedeceu a melhor amiga quando Jaebum mandou mensagem perguntando se podiam se encontrar naquela noite. A garota disse para negar e dizer que tinha um compromisso com alguém. Fez exatamente o que ela disse e o Im respondeu com um "certo, então depois nos falamos". Foi isso: frio, seco e direto. Tão característico.

Mas, apesar de tudo, estava mesmo ocupado. Ia sair com Bang Yongguk e depois de muito tempo saindo todo mundo junto, seriam apenas os dois. Iriam a um restaurante chinês que amava e isso o deixava um tantinho mais feliz. Um dia fugindo da dieta não o afetaria em nada, não é? Esperava que não. Olhou no espelho e encarou seu mais novo visual. É, estava bem! Relutou muito para aceitar a ideia de pintar o cabelo, mas tinha que concordar que ficou bom. Não pintou, fez luzes. Foi isso. Ficou bem bonitinho, vai. Tinha que dar crédito a Bae Joohyun e sua incrível persuasão delicada.

Uma princesa.

Estava bem vestido, usava uma calça jeans escura dobrada até acima dos calcanhares, um tênis branco de solado bruto, ganhando alguns centímetros. Era genial aquele sapato. Completava com uma camisa listrada preto e branca bem larga em seu corpo bonito. Voilà. Estima 76% recuperada com muito custo e sofrimento! Perfumou-se e escolheu usar óculos naquela noite, combinou com sua roupa; assim como os brincos, os anéis e as pulseiras. Estava bonito.

Respirou fundo, arrumando coragem para puxar "aquele assunto" com o ficante. Não sabia como ele reagiria e esse "não saber" que fazia seu estômago gelar. Balançou a cabeça afastando os pensamentos negativos e pegou a carteira, assim como o celular, enfiando tudo no bolso antes de sair do quarto.

— Vou e não sei quando volto. — Avisou descendo a escada em pulinhos e recebeu o olhar debochado da mãe. — Ladra de crianças. — Apontou para a mulher que revirou o olhar. — Quero minha filha ou te denuncio.

— Pois não tenho obrigação nenhuma de trazer sua filha que você mesmo deixou lá em Mokpo. — Sorriu e o rapaz se sentiu ofendido. — Pais adolescentes...

— O que a senhora está tentando dizer? — Cruzou os braços.

Para apaziguar aquela situação deveras bizarra, assim como qualquer outra situação na família Choi-a-produtora-de-leite, o patriarca abraçou os ombros do filho e silabou um "deixe ele" para a esposa que voltou a prestar atenção na TV, seu programa de zumba estava muito divertido para prestar atenção em seu filho saindo da puberdade. Sentia-se perdendo uns quilos só de ver toda aquela gente malhando e suando.

Importante manter a mente e o corpo em forma, certo?

— Se não for voltar, pelo menos comunique. — Pediu ao mais jovem que assentiu. — Sua carruagem real já chegou, só não quis entrar.

— Ele tem medo do senhor desde que o ameaçou com uma enxada, pai. — Relembrou o fatídico dia em que foi descoberto que Bang Yongguk, o "velho", estava andando com o bebê dos Choi. Foi traumático! O homem abriu um sorriso orgulhoso e viu o filho negar. — Paboya! — Passou a mão no rosto do mais velho e ganhou uma mordida no dedo mindinho. — Aishi. — Gritou, como de costume, do seu jeitinho.

O mais velho apenas riu e beijou o cabelo do filho, enxotando-o para fora de casa antes que não o deixasse sair nunca mais na vida dele. Claro que Youngjae estava fora dali em menos de um segundo. Sua relação com os pais sempre foi daquela maneira meio esquisita. Também havia a forma que seus familiares lidavam entre si... era mais esquisito ainda. E seu primo DJ – que tinha por nome de batismo Choi Daejong, mas era caipira demais para usar seu nome todo – que era casado com a prima Rin? Se alguém na galáxia tivesse a família mais desconstruída que Choi Youngjae, então ele mesmo assumiria a tal fábrica de leite.

Our Diary • [2jae]Onde histórias criam vida. Descubra agora