𝐴𝑙𝑚𝑜𝑠𝑡 ꪶꪮꪜꫀ ||MLB • AU|| ⚠️reescrevendo⚠️

4 • B r i d g e • ✔

Shirt hanging off my shoulders
Both hands when I hold you
So baby, what's the hold up?

Não demorou nem uma semana para que Alya e Nino entendessem o que se passava com Marinette e Adrien: uma forte amizade virtual — o que é quase normal, hoje em dia —, que fazia eles parecerem se conhecer a vida toda.
Na verdade, a "ruiva" chegava a sentir um pouco de ciúmes da amizade deles. Adrien parecia muito mais íntimo da mestiça, em três dias, do que ela foi desde que conheceu a mesma — quatro anos e meio. E talvez ele fosse mesmo...

Mais íntimo que o loiro, só o Nino, já que praticamente cresceram juntos.

Pra variar, toda a turma deles amaram o Agreste a primeira vista, o que não era novidade, já que o rapaz era mesmo um encanto de menino. Chloé até disse que eles formavam um casalzinho perfeito, e Alya concordou na hora.
Os dois ficaram constrangidos, obviamente... bem, pelo menos Adrien ficou.

[...]

Naquela sexta, Marinette estava empolgada com a ideia de um novo projeto das aulas de dança. Ela se arrumou sem pressa, pegou sua mochila vermelha e desceu as escadas para tomar café, ajeitando os fones nos ouvidos.
Particularmente, ela preferia ficar sozinha, porque mesmo quando Bridgette estava presente era a mesma coisa de não estar.
No entanto, ao se aproximar da mesa ela se viu diante da irmã mais nova da sua mãe.

Bridgette Cheng era uma mulher independente de 28 anos, que cuidava dela desde os vinte e um, já que a avó paterna da garota não tinha destinos fixos, estando sempre viajando.
O mais curioso, no entanto, era o fato de sobrinha e tia terem aparência quase idêntica.
Mas as duas não se davam muito bem. Bridgette nunca quis aquela responsabilidade, e nunca soube realmente como agir com a menina. Marinette passara boa parte da infância se perguntando o porque de sua tia a detestar tanto.

Nem sempre tinha sido assim... a mais nova tinha vagas lembranças dela sendo amável e atenciosa consigo, mas eram muito nebulosas, afinal ela devia ser muito pequena naquela época.

— Bom dia — disse a mais velha.

— Dia — Marinette pousou os fones no pescoço, se sentando pra comer.

— Temos um jantar amanhã — Bridgette disse, terminando seu iorgute. — Esteja pronta às sete da noite.

— Onde?

— Na casa da família do Félix.

Aquele era o único cara que a Cheng mais nova conseguira realmente firmar algo mais sério. Geralmente ela assustava outros pretendentes com sua personalidade forte, sua autossuficiência e frieza pra tomar decisões lógicas.

Elas não se davam bem, verdade, mas Marinette sabia que Bridge era uma mulher poderosa. E mulheres poderosas assustavam homens fracos.

— Vocês ainda tem um lance? — ela perguntou, entediada.

— Vamos nos casar — a mais velha falou.

— Oh, tenho falar com Félix então, acho que vou ligar pra ele — Marinette puxou o celular do bolso da jaqueta. — Preciso lhe dar os pêsames.

Bridgette revirou os frios olhos azuis.

— Você é uma graça — disse, irônica.

— Sou, não sou? — a mais nova colocou a mão no peito teatralmente. — Não se preocupe, Bridge — forçou o apelido que seus amigos usavam —, eu estarei pronta na hora certa e serei a sobrinha mais perfeita do mundo, apesar de já ser.

Ela saiu da sala de jantar com uma pêra entre os dentes e entrou no carro que a esperava pra ir pro colégio.

[...]

— Quem topa karaokê amanhã à noite? — Nino perguntou animado, se sentando ao lado de Adrien na mesa do refeitório, na hora do almoço.

O grupo de seis estava ali: Marinette, Alya, Chloé e seu namorado Nathanaël, Nino e Adrien.

— Eu topo — Alya e Nathanaël disseram juntos. Chlóe assentiu, e os quatro pares de olhos pousaram nos dois amigos que estavam quietos.

— Amanhã eu tenho compromisso com minha maravilhosa titia — Marinette revirou os olhos.

— Meus pêsames — Nino colocou a mão no coração.

Eles riram.

— E você, cabelo de milho? — Nathanaël perguntou para o Agreste (era eufemismo dizer que os seis se entrosaram muito em quatro dias).

— Jantar de família — encolheu os ombros.

— Que saco, né? — Chloé revirou os olhos. — Mas, ei, nós seis podemos ir pra uma cafeteria ou ao parque. Que tal?

— Uma excelente ideia — Alya aprovou, pra surpresa das outras garotas. — Ava, às vezes sai algo que preste da cabeça dessa bitch.

Chloé levantou o dedo do meio pra ela.

— Se fode, Alya.

Os outros explodiram em risadas.

— Mas, então, parque? — Nino indagou.

— Que tal o shopping? — Marinette sugeriu. — Podemos aproveitar e pegar um cineminha.

— Apoio — Adrien deu de ombros.

Eles combinaram então de confirmarem por mensagens na manhã seguinte, bem a tempo de bater o sinal do fim de intervalo.