𝐴𝑙𝑚𝑜𝑠𝑡 ꪶꪮꪜꫀ ||MLB • AU|| ⚠️reescrevendo⚠️

3 • b u g b o o • ✔

Speed this up 'cause I'm excited
No more, no more taking it slow
No more, no more taking it slow
Almost love, it's almost love

Adrien já estava começando a ficar preocupado com a falta de reação da morena, quando ela pulou, lhe dando um grande abraço apertado.

— Ai meu Deus, você é tão mais fofo do que eu imaginei! — Marinette o soltou e apertou suas bochechas.

O loiro ficou vermelho.
Okay. Sua crush virtual achava ele fofo.
Isso era um bom sinal, né?

— Valeu?

— Alya, ele não é realmente fofo? — ela segurou seu maxilar com uma das mãos, apertando suas bochechas e fazendo um bico. Doía pra um caralho, mas ele sabia que não era por mal.

— Sim, Mari — a de óculos riu. — Pode terminar de amassar ele no intervalo? Temos que ir.

Nino riu ao ver as marcas vermelhas das unhas pretas de Marinette na bochecha do novo amigo.

— Vai por mim, brô — ele piscou pra Adrien —: Marinette é tão ou mais louca que Alya, o que cá entre nós é muita coisa.

Sem dar tempo pra ele digerir a nova informação, a mestiça enlaçou seu braço com o dela e saiu conduzindo ele pelos corredores, em direção à sala de francês.
Ele se deixou ser guiado, feliz por finalmente dar rosto à imagem que tinha de sua Lady.

[...]

— Qual sua atividade extra? — ela perguntou, animada, quando a professora deu os últimos minutos da aula livres.

Estavam sentados juntos na mesa de madeira. Nino e Alya juntos na frente. Geralmente as duas se sentavam juntas, mas a morena de óculos ficou mais que feliz em ceder seu lugar para Adrien...

— Teatro — Adrien respondeu.

— Pretende fazer outra?

— Hum, talvez basquete, ou natação — ele deu de ombros. — Você só faz dança?

— Ah, não, eu e Nino fazemos música juntos e às quintas eu também faço natação — Marinette sorriu, apoiando o cotovelo esquerdo na mesa e o rosto na mão.

Adrien a olhou atentamente. Um caralho que aquela não era a garota mais linda que já colocara os olhos. Os cabelos meio azulados escorrendo lisos, os olhos azuis como um céu limpo e divinamente brilhantes, as sardas sutis no nariz e nas bochechas, destacadas pela maquiagem natural, e pra completar aquela boquinha de boneca, que brilhava graças ao gloss de morango — ele supôs que fosse esse o sabor, já que ela cheirava a morangos).

— Você é tão bonita.

Marinette abriu um sorriso radiante.

— Você também é — disse, sorrindo ao perceber o rubor nas bochechas dele. — É tão estranho que a gente saiba tudo um do outro, e mesmo assim estamos feito bobos nos olhando.

O loiro riu.
Não discordava nem um pouco.

— Desabafar com você torna minha rotina menos massante, honestamente falando. Ladybug sempre foi minha válvula de escape.

— Idem — ela suspirou. — Tudo o que eu contei é verdade. Cada palavra.

— Eu sinto muito pelos seus pais — Adrien tocou seu rosto.

Adrien ainda se lembrava de como ela chorava pela ligação de voz, enquanto falava sobre eles.

— Não é só a morte deles, Adrien — Marinette pousou a cabeça contra sua mão. — Minha tia, Bridgette, ela... nem se importa com onde eu vou, com quem estou, que horas vou voltar. Eu só vivo com ela ainda porque, apesar de ter sido automaticamente emancipada, pelo testamento do meu pai, quando completei quinze anos, eu tenho a tutoria obrigatória dela em relação aos bens, afinal eu só tinha dez anos quando morreram.

— Mas você tem Nino e Alya, certo? — ele sorriu, apoiando o cotovelo na mesa e inclinando a cabeça para o lado. — E agora eu. Você não está sozinha, bugboo.

— Obrigada, minou — ela apoiou a testa na curva exposta do pescoço dele.

Invasivo, talvez? Marinette nunca se tocou muito em estar atravessando à força, na maioria das vezes sem querer, uma linha de intimidade com as pessoas. Ela era carente de calor e atenção humana. E não, ela não estava despejando os problemas em cima dele como algo aleatório. Ladybug confiava em Chat Noir. Apesar de não verem seus rostos, eles tinham uma amizade sólida construída dia após dia, durante um ano e duas semanas.

Não era como se Adrien Agreste fosse alguém desconhecido. Ele só era uma identidade para o seu gatinho. Um rosto. 100 minutos (uma hora e quarenta minutos) de aula de francês era o bastante para saber disso. Pra passar confiança de um para outro. Ele já sabia de tudo mesmo. A conhecia melhor até mesmo do que Alya.

— Ei, bugboo, acho que agora temos outra aula, certo? — a voz dele soou logo após o sinal de troca de aula.

Ela riu. Ambos checaram seus horários e repararam que eram parecidos. Oh, o universo conspirava a favor deles.
Parecia que aquelas black magics continuavam fazendo efeito....