17 • t ó x i c a •

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— Você deveria ter ficado longe — Nino disse, assim que Adrien contou sobre a tarde na casa da mestiça.

Ele não contou detalhes, só que tinham transado  e sobre o acordo. Nino o ouvira com atenção. Não pareceu nem mesmo surpreso com tudo que lhe foi dito. Estava simplesmente sério.

— Você acha? — o loiro pareceu confuso.

— Adrien, me desculpe — o moreno ajeitou a aba do boné, parecendo escolher suas próximas palavras. — Eu acho que você ainda não entendeu como isso funciona pra Marinette.

— Mas p...

— Marinette não é sado, e não curte esses negócios de amarrar e castigar, mas ela... Olha, você está entrando em um caminho sem volta — disse. — Eu nunca fui alvo de nenhum fetiche dela, mas com certeza boa parte do colégio foi. Me dói dizer isso, mas a Mari é uma vadia fria, Adrien. Ela é tóxica. Ela vai te dar o céu e te fazer passar pelo inferno. Eu espero que você seja bem liberal, porque você precisa de estômago pra entrar no mundo dela.

Adrien estava curioso e confuso. Marinette não podia ser tão ruim assim, podia?

Sim, ele sabia que podia.

Marinette havia quebrado o seu coração naquela  noite de sábado. Ela se tornou completamente distante e intocável. Um desafio.
Adrien queria chegar até o fundo disso. Sabia que poderia sair muito machucado, mas também poderia conseguir desintoxicar o coração dela, não é?
O loiro sempre foi do tipo "o copo meio cheio".

Ele estava disposto a se intoxicar por Marinette.

[...]

Merda.

Saber que Marinette também gostava de garotas era realmente um martírio. Sentia seu interior se contorcer somente ao vê-la conversando com Juleka Couffaine durante o intervalo. Principalmente por ter ciência de que as duas tiveram um caso.

Marinette voltou para perto dos amigos e sorriu.

— Luka vai dar uma festa no fim de semana, e convidou a gente — disse, tomando o milkshake de cookies que Adrien bebia, e sorvendo dele.

— Folgada — ele resmungou, tomando de volta a bebida. — Quem é Luka?

— Irmão mais velho da Juleka — Alya respondeu. — 19 anos e faz faculdade de medicina, apesar de tocar numa mini banda de rock.

— Eles tem um som maneiro — Nino riu.

— Ele estudou com a gente — Marinette disse, se recostando na cadeira. — Um amorzinho.

— Hum.

— Você vai com a gente, né? — Nino perguntou pro loiro. — As festas do Luka são muito tops, 'cê precisa ver!

— Vou ver, não prometo nada — ele respondeu.

Marinette o olhou, e mordeu os lábios.

— Eu vou ao banheiro — disse ela, se levantando.

Adrien a seguiu com o olhar, e nem precisou inventar alguma coisa pra ir atrás dela, já que o casalzinho estava ocupado ouvindo algo nos fones de ouvido.
O rapaz mal chegou no corredor de acesso ao interior do prédio, quando se sentiu ser puxado para dentro do quartinho do zelador.

— Eu quero que você vá a essa festa, minou — a voz dela chegou aos seus ouvidos, enquanto ela o abraçava por trás. — Consegue fazer isso por mim?

— Eu tenho que perguntar aos meus pais, Mari — ele disse, já ofegando ao sentir as mãozinhas delicadas no cós da sua calça.

— Certo — sentiu o sorriso dela nas suas costas, então se virou pra fitar seus olhos azuis.

— Eu quero agora — murmurou, puxando sua nuca e a beijando.

Tinham cerca de 20 minutos, mas não faria mal.
Prensou o corpo miúdo dela contra a parede perto da prateleira de produtos, mantendo o beijo desesperado.
Com uma das mãos, ele abriu o botão e o zíper da sua calça jeans, a abaixando até os joelhos junto com a calcinha rosa.

Precisavam ser rápidos. Mas isso não significa que não foi gostoso.

𝐴𝑙𝑚𝑜𝑠𝑡 ꪶꪮꪜꫀ ||MLB • AU|| ⚠️reescrevendo⚠️Onde histórias criam vida. Descubra agora