31 • E n d (?) •

2.5K 226 113
                                    

‘Cause it’s almost love, but it could be love
Yeah it could be love

Adrien não desgrudava mais os olhos da esposa.
Depois que Marinette finalmente se conformou de que poderia nunca engravidar, ela voltou a ter paz e tranquilidade nos seus dias.
Então, se distraiu tanto com o trabalho e os preparativos do casamento deles, que o assunto ficou completamente esquecido.

Depois de casados, ainda assim não falavam mais de filhos, nem mesmo a possibilidade de adotar. Não que tivessem transformado o assunto em tabu, só não achavam necessário ficar voltando em um assunto que causou tanta tristeza na sua joaninha.
E, por outro lado, eles também não tinham pressa alguma. Mesmo que tivessem comprado uma casa com espaço de sobra.
Mas a felicidade veio de outro jeito: Félix e Bridgette basicamente intimaram os dois a serem padrinhos do seu filho, o pequeno Charles.

Marinette tinha se transformado em uma tia/madrinha muito babona e amorosa. Quando os visitavam, ela só o entregava pra mãe quando precisava mamar. O paparicava tanto, que Bridgette chegava a reclamar das manhas que a irmã estava colocando no seu filho.
Às vezes brincava que chegava a se arrepender de ter feito dela a madrinha.
No entanto, ficava totalmente nítido, pra quem quisesse ver, que Marinette seria uma mãe maravilhosa.

Adrien sentia o coração tremer toda vez que via sua mulher com o afilhado no colo. Era como se ela tivesse nascido pra ser mãe. Só faltava um filho, ao qual pudesse embalar — então ela fazia um ótimo trabalho com Charles.

[...]

Naquela noite, Adrien sentiu falta de Marinette na cama. Olhou no relógio e eram quase quatro horas da manhã. Como não a viu no banheiro do quarto deles, saiu pra procurar por ela no resto da casa.
Acabou a encontrando no escritório, perto da sala de estar, usando uma camisola de renda lilás, e um robe de cetim, da mesma cor, por cima. Ela estava com seu óculos de leitura, e parecia muito concentrada no documento que lia.

— Ei, amor, o quê você está fazendo acordada essa hora? — perguntou ele, chamando a sua atenção. — O quê eu falei sobre trabalhar demais?

Marinette levantou os olhos e sorriu cínica, tirando os óculos e os deixando sobre a mesa.

— Você não me deixou terminar o meu trabalho, durante a tarde, se já esqueceu — falou. — E eu já estou terminando. Falta só esse.

Ele revirou os olhos e se aproximou, ficando atrás dela.

— Okay, vou ficar aqui com você — murmurou, massageando seus ombros.

— Obrigada, amor — ela sorriu e continuou lendo e fazendo anotações.

Adrien perdeu a noção do tempo, como sempre acontecia quando ficava observando a esposa trabalhar. Ele sentia uma fascinação em acompanhar seus movimentos... por mais sutis que fossem.
Quando ela terminou, voltaram pra cama, onde dormiram abraçados quase que imediatamente.

Mas, de manhã, as coisas não foram assim tão calmas e bonitas. Marinette parecia estar outra vez com intoxicação alimentar. Vomitara duas vezes desde que acordou, às sete da manhã, e parecia muito pálida. Era a segunda intoxicação, em menos de quinze dias. Só não entediam o quê ela andava comendo que fazia tanto mal assim.
Adrien praguejou. Logo naquele dia, não podia deixar de ir ao trabalho — estava cobrindo a folga de um colega. No entanto, ela o tranquilizou, disse que ficaria bem. Iria no médico assim que se sentisse um pouco mais disposta.

Ele se sentiu mais calmo com isso, e se despediu, prometendo ligar pra saber notícias.

Sozinha em casa, Marinette colocou a cabeça pra funcionar. O quê ela fez nessas semanas, o quê comeu de diferente naqueles dias, pra se intoxicar assim? Não fazia sentido!
Respirou fundo, sentindo a cabeça girar. Estava suando frio. Realmente, era melhor nem tentar dirigir. Resolveu tomar um banho, pra ver se melhorava a indisposição.

𝐴𝑙𝑚𝑜𝑠𝑡 ꪶꪮꪜꫀ ||MLB • AU|| ⚠️reescrevendo⚠️Onde histórias criam vida. Descubra agora