6 • C h e n g s •

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Almost love, it's almost love
But it could be love

Adrien estava muito entediado.
Seu irmão mais velho estava simplesmente insuportável com aquela história de apresentar a namorada pra família (bem, era razoável já que sua mãe, Emilie, vinha comendo seu fígado há meses).
O mais novo nunca ouvira falar de um relacionamento do irmão que durasse mais de três semanas, então entendia o espanto e urgência de dona Emilie em conhecer a santa milagreira.

Somente o nome daquela mulher o intrigava bastante: Bridgette. Era o mesmo nome da tia de Marinette. Mas, bem, era óbvio que deviam existir centenas de Bridgettes espalhadas por aí. Talvez fosse uma coincidência.
Adrien respirou fundo e terminou de ajeitar os punhos da camisa preta, bufando em seguida por não conseguir acertar o nó da gravata verde clara.

— Coisa do demônio — resmungou, começando tudo outra vez. — Só minha mãe mesmo pra me obrigar a usar isso.

Neste momento a campainha tocou, e ele terminou o mais rápido possível aquilo que pensou ser um nó razoável, e saiu do quarto, descendo as escadas apressado.
Sua mãe já estava lá, linda como sempre, com um vestido tubinho azul royal e os cabelos loiros presos em um coque baixo.

As duas pessoas recém-chegadas estavam de costas para ele, mas Adrien soube identificar, na mais alta, um vestido vermelho, da coleção do seu pai, que ia até pouco acima dos joelhos, tinha uma espécie de botão no pescoço, que deixava as costas nua, e mangas longas. Os cabelos negros estavam presos em um rabo de cavalo alto e elaborado, e nos pés scarpins pretos.

A mais baixa usava um vestido que era preto na parte de cima, com alças finas, mas a saia era branca, com três camadas e desenhada. Nos pés um simples salto mais baixo preto, e o cabelo (idêntico ao da outra) estava solto, caindo liso até pouco abaixo dos ombros.

Por algum motivo elas eram estranhamente familiares.

— Ah, ali está o meu filho mais novo — sua mãe disse, fazendo as duas mulheres se virarem.

Adrien parou no último degrau. Primeiro veio o choque por ver que as duas mulheres eram praticamente idênticas. Então percebeu o porquê delas serem familiares.

— Mari? — ele sorriu.

Marinette (a mais baixa) se adiantou para lhe dar um abraço apertado.

— Oi, minou — ela riu, entrelaçando seus braços e voltando para perto das outras duas, que os olhavam confusas.

— Mãe, essa é a Marinette que eu te falei, minha melhor amiga — Adrien sorriu de orelha a orelha.

— Ah, então você é a garota de quem Adrien vem falando a semana toda? — Emilie sorriu divertida.

— Mãe! — o rapaz ficou vermelho. — Bugboo, essa é minha mãe, Emilie.

— É um prazer, Sra. Agreste — Marinette riu.

— Ora, me chamem de Emilie, as duas — olhou para a mais velha.

— Ah, essa é minha tia, Bridgette — a azulada mais nova disse. — Tia, esse é o Adrien.

— Você se parece com o Félix — Bridgette esboçou um princípio de sorriso. — Menos os olhos.

Adrien sorriu pra ela.

— Mãe, enquanto o papai e o Félix não chegam, eu posso mostrar a casa pra Mari? — ele passou o braço pelos ombros da morena, que também o abraçou.

— Claro — Emilie sorriu. — Fique a vontade, querida.

— Valeu, tia Emy — Marinette riu, deixando que Adrien a puxasse pela mão.

— Eles parecem se dar muito bem — a matriarca Agreste disse, enquanto as duas observavam os dois adolescentes subirem as escadas. — Nunca vi meu filho tão empolgado.

Bridgette fez um aceno sutil com a cabeça.
No fundo ela sabia que Marinette era capaz de despertar o melhor nas pessoas.

𝐴𝑙𝑚𝑜𝑠𝑡 ꪶꪮꪜꫀ ||MLB • AU|| ⚠️reescrevendo⚠️Onde histórias criam vida. Descubra agora