19 • L ú c i f e r •

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Almost love, almost love
But it could be love

Marinette não estava disposta.
Por incrível que pareça, era a primeira vez que ia dispensar uma festa. Se sentia estranha. Vazia. Triste. Suspirou pesadamente, rabiscando algo qualquer no caderno de desenho. Queria um abraço. Mas não podia ligar pra Alya e pedir um colo. Bridgette? Nem pensar. Sua tia ultimamente estava com humor idêntico ao de Maryl Streep em O Diabo Veste Prada! E ela estava tão cansada de brigar.
Sentiu o celular vibrar no bolso do moletom. Era Adrien.

— Oi, gatinho — murmurou, desanimada.

— Que foi, Mari? Parece abatida. Aconteceu alguma coisa?

Sorriu com a preocupação do amigo. Era tão fofo ele se preocupar assim.

— Hum, um pouco desanimada — suspirou. — Já desmarquei minha presença na festa do Luka. Não estou afim de ir.

— Ah, bem, sobre a festa... era por isso que te liguei — ele riu fofo. — Meus pais não deixaram. Então...

— Você pode vir ficar comigo... Tipo, a gente pode jogar ou assistir um filme. Não quero ficar sozinha. — ela suspirou. — Mas não precisa vir, se não quiser. Eu não quero forçar a barra...

— Estou aí em quinze minutos.

Sorriu pro celular. O que faria sem seu gatinho? Só ele mesmo pra ainda ter consideração por ela depois de... de tudo. Depois de ter realmente se revelado um maldita vadia. Avisou a um dos empregados que Adrien chegaria a qualquer momento, e que ele podia ir direto ao seu quarto. Também pediu uma boa quantidade de pipoca.
Com vinte minutos, ouviu baterem na porta do quarto. Abriu um belo sorriso pro amigo e guardou o caderno de desenho.

— Eu trouxe aqueles chocolates que você me disse que gostava — Adrien sorriu fofo.

— Meio amargo? — ela ergueu as sobrancelhas, o vendo se aproximar da cama e tirar a mochila dos ombros.

— Sim! — ele abriu o zíper e tirou uma caixinha de lá.

— Você é um fofo, Adrien — ela sorriu, aceitando a caixinha.

— Me parecia triste no celular... aconteceu alguma coisa? — ele sentou ao seu lado, afagando seu cabelo.

— Nada especial, eu só... — suspirou, mordendo um chocolate. — Eu às vezes eu me sinto solitária, sabe? Vazia. E eu sei que beber e transar a noite toda não vai me fazer ficar bem. Então eu decidi ficar em casa.

— Sabe do quê você precisa? — ele a segurou pelos ombros. Ela negou. — Você precisa assistir maratonar Lúcifer, comendo chocolate e tomando coca de café, tudo isso com seu melhor amigo, vulgo eu.

Marinette riu.

— Não é má ideia — se levantou, mais animada. — Bora pra cozinha! Deixei um fardinho de coca gelando.

𝐴𝑙𝑚𝑜𝑠𝑡 ꪶꪮꪜꫀ ||MLB • AU|| ⚠️reescrevendo⚠️Onde histórias criam vida. Descubra agora