Capítulo 40

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Hayley

"Um bar? Você me trouxe todo o caminho até Kansas City por um bar?" Pergunto depois de duas horas de viagem, quando Peter para o carro na frente de um lugar que dizia Freezing Hell. De acordo com ele, era para ter demorado três horas, mas como ele dirige maravilhosamente bem, suas palavras, nós poupamos uma hora.

"Primeiro, isso não é apenas um bar... É tipo o bar do Tuck só que em Kansas City." Ele responde, como se tivesse ofendido. "Segundo, é claro que eu não te trouxe apenas por um bar... A noite ainda é uma criança, fadinha... Esse é apenas nosso começo."

Eu sorrio para ele, sem conseguir evitar, e Peter pisca enquanto sai do carro. Eu abro a porta e faço o mesmo, seguindo Peter pela entrada. Ele cumprimenta algumas pessoas no caminho, e para na frente do bar, sentando em um dos bancos. Sento bem ao seu lado no momento em que um bartender apareceu na nossa frente. Eu não perdi a olhada que o cara deu para o meu corpo, mas também não dei bola.

"Você vê, fadinha, eu normalmente sou um cara de Jack... Mas uma situação como essa pede por tequila... Duas shots, cara... Pode vim trazendo." Ele murmura para o homem atrás do balcão.

Assim que duas shots aparecem na nossa frente, e Peter pede por limão e sal, eu sinto imediatamente meu rosto queimar, lembrando da primeira vez que eu fiz isso. A menos de um ano atrás... Caralho, parece mais que uma vida.

Eu, na época, estava totalmente perdida e nunca tinha tomado tequila na vida. E então, esse cara extremamente quente, me... Ajudou. Eu acho.

Eu faço um gesto para pegar o sal, mas Peter é mais rápido do que eu, roubando com um sorrisinho divertido no rosto.

"Pelo bem dos velhos tempos... Não é assim que as pessoas falam?" Ele brinca, derramando uma linha de sal em seu pulso.

Peter me encara com o olhar questionador, como se estivesse me desafiando a fazer o que ele sugeria. E por esse motivo, e apenas por isso, eu aproximei minha cabeça de sua mão, sem tirar meus olhos do dele, e lambi o sal de sua palma. Tenho certeza que ouvi sua respiração acelerar.

Uma faísca de algo que eu não consigo compreender aparece em meu rosto, e agora ele pega o limão, sem perder nenhum de meus movimentos. Abro a boca e inclino a cabeça para trás, esperando que ele esprema o limão ali.

E, quando ele faz, eu sou a afetada. Minha respiração acelerar e meu corpo queima com a proximidade, mas não deixo que ele veja isso. Pego a minha shot quando ele se afasta um pouco, e tomo tudo em um gole, virando a cabeça para trás. Sorrio ao bater o copinho de volta no balcão, sentindo a bebida queimar pela minha garganta.

"Hey fadinha... Apenas uma curiosidade... Como você usa sutiã nessa blusa?" Peter me pergunta, e, pega de surpresa, eu solto uma risadinha baixa.

"Eu não uso. Sua vez." Digo, e aquele algo que eu não sabia o que era cresce em seus olhos. Pego o sal agora, e faço uma tira na minha mão, meu corpo tenso com espectativa.

Minha boca estava seca...

Não posso dizer a mesma coisa sobre a minha calcinha.

Meu corpo estava consciente de cada pequeno movimento seu, nossos olhos presos um ao outro enquanto ele lambia aquela tira de sal. No momento em que sua língua toca a minha pele, eu tenho que morder o lábio para impedir um gemido.

Pego o limão, e espremi em seus lábios quando ele jogou a cabeça um pouco para trás, seus lábios abertos. Assim que eu me afasto apenas um pouco, ele toma sua shot em um gole só, exatamente como eu fiz antes.

Eu sabia que qualquer um poderia cortar a tensão no ar com uma faca, e cada pedacinho do meu corpo pulsava. O pedacinho entre as minhas pernas, especialmente.

Sério, eu tive que precionar minhas coxas juntas para um pequeno alívio, discretamente. Acho que eu não fui tão discreta, porém, porque seu olhar ficou totalmente obscuro... E aí eu percebi o que era aquilo em seus olhos.

Luxúria. Pura e completa luxúria.

Puta. Que. Pariu.

"Mais uma rodada." Peter grita para o bartender, mas sem tirar seus olhos dos meus... "Quer saber, mantenha vindo."

Nós não falamos enquanto bebemos, nós só repetimos mais três vezes o que fizemos pela primeira. Em algum momento, eu não sei se eu que o puxei ou se foi ele, mas nós estávamos dançando, corpo colado em corpo... Quente para porra.

Até que meu telefone tocou na minha mão... Eu ia atender, se não fosse pelo sussurro no meu ouvido.

"Desligue... Loki vai me ligar se for algo urgente... Apenas desligue." O rosnado rouco de Peter em meu ouvido fez todo o meu corpo esquentar, e eu obedeci.

Suas mãos foram para a minha cintura, seu peito contra as minhas costas, e eu podia sentir a sua ereção contra a minha bunda também. Aquilo fez a minha cabeça tombar em seu ombro, meus olhos se fechando.

Eu mordi o meu lábio inferior quando sinto a pressão de lábios contra a minha mandíbula e meu pescoço, apenas me provocando. Eu fico tensa.

"Relaxe, fadinha... Relaxe." Ele sussurra mais uma vez. E, de novo, eu faço o que ele manda.

Continuamos dançando, ele ocasionalmente mordia o meu pescoço, ou o lóbulo da minha orelha, me deixando mais e mais quente... Necessitada para caralho.

Quando uma das músicas acabou, porém, ele voltou a sussurrar em meu ouvido.

"Vamos, fadinha... Próxima parada." Eu abro os meus olhos e levanto a cabeça, me virando para olhar Peter cara a cara.

"Para onde?" Pergunto, e ele sorri para mim, seus olhos ainda injetados com luxúria e desejo.

Peter, porém, se afasta, jogando uma nota para o bartender, que sorri em agradecimento. Eu sigo Young enquanto ele sai do bar, percebendo a piscadinha que o homem atrás do bar me envia. Ignoro.

"Nós estamos indo para um dos motivos pelo qual eu te trouxe para cá, especialmente." Ele diz, pegando a chave do carro em seu bolso.

Ele bebeu, e provavelmente não deveria estar dirigindo, considerando que foi preso a menos de um dia, mas fodasse. Eu realmente não ligo muito.

"Entre no carro, fadinha." Peter manda...

E eu entro.

Beta - Death of Angels 2Onde histórias criam vida. Descubra agora