Capítulo 66

7.6K 568 54
                                    

Hayley

Sorrio ao sentir um beijo na minha nuca e braços tatuados enrolam em minha cintura. Eu tiro as panquecas prontas da panela, colocando as duas em dois pratos.

Malia havia saído da casa a algumas horas e Peter havia chegado logo depois, imediatamente me levando para a cama.

Desde que eu me mudei para mudar com Malia, no mesmo dia em que descobri que Peter estava vivo, as coisas tem sido muito boas, honestamente. Minha amiga não queria ficar sozinha na casa agora que iria fazer faculdade aqui em Wichita e eu não queria morar apenas no bar, desde que meus pais e eu paramos de nos falar. Claro, eu os ameacei com uma arma.

Eu e Peter estamos oficialmente namorando, e eu estava amando. Quando ele voltou dos mortos semana passada, nós tivemos uma longa conversa e chegamos nessa conclusão.

"Onde diabos eu te encontrei?" Ele murmura no meu ouvido quando pega as panquecas da minha mão, me fazendo rir.

"Em um bar. Eu estava bêbada." Respondo e Peter ri alto enquanto bota as panquecas no balcão da cozinha.

"Bem lembrado. Sabe, eu não acho que somos um casal muito saudável... Jantando panquecas." Ele murmura enquanto pega uma garrafa de Coca cola na geladeira.

Casal. Porra, eu gostava dessa palavra.

"A Coca é diet. Além do mais, comemos salada no almoço, acho que estamos bem." Respondo, me juntando a ele no balcão, comendo um pedaço da minha panquecas. Solto um gemido de satisfação e ouço quando Peter larga os talheres no prato e olha para mim.

"Você está fazendo esses barulhos de propósito... Mas eu não me incomodo. Doce tortura." Eu solto uma risada alta.

Nós comemos, conversando sobre tudo e nada, rindo e provocando, do jeito que a apenas um pouco mais de uma semana atrás eu achava que nunca mais iria fazer.

Eu me lembro exatamente de como foi ver Peter na minha sala. Esperança, surpresa, medo. Medo de que eu estava ficando louca e que aquilo era apenas uma ilusão.

Porra, parte de mim ainda tem medo que eu vá acordar na manhã seguinte a formatura, descobrindo que isso foi tudo um sonho e Peter não realmente voltou.

Acabamos as panquecas e Peter recolhe os nossos pratos enquanto eu vou para o sofá, preparando o DVD da Marvel que Malia tinha por aí.

"Fadinha, eu preciso te mostrar uma coisa." Ouço o sussurro no meu ouvido e olho para trás para ver Peter inclinado no sofá, sorrindo.

"O que foi?" Perguntei, e ele dá a volta para sentar ao meu lado, um sorrisinho que eu amava brincando em seu rosto.

Peter me mostra seu pulso direito, onde tinha um curativo. Eu o encaro chocada e ele me encoraja a tirar. Meu coração batendo rápido, eu obedeço, ofegando no segundo em que vejo.

Ali, bem em seu pulso, tinha uma fadinha desenhada com o contorno preto. Era simples e pequeno e eu amei.

"Peter, você não..."

"Fiz porque você fez? Não, fadinha. Eu fiz porque eu queria, e porque eu te amo." Meus olhos lacrimejando, eu beijo seus lábios levemente.

"Simples assim?" Pergunto, e Peter rola os olhos.

"Simples assim, fadinha." Ele murmura, segurando a minha nuca e me beijando de verdade.

Subo em seu colo, nossos peitos colados enquanto minha língua provocava a sua, minha mão brincando com o seu cabelo.

Peter planta as suas mãos na minha bunda, me fazendo soltar uma risadinha quando ele aperta. Young morde o meu lábio entre seus dentes, exatamente como fez uma vez, quando nós dois estávamos chapados na frente de uma fogueira.

Quando ele solta, eu o imito, fazendo exatamente igual, pegando seu lábio inferior entre meus dentes, fazendo Peter sorrir para mim.

"Você sabe, eu tenho uma outra surpresa." Ele sussurra, em meu ouvido antes de morder o meu lóbulo.

"A é?" Pergunto, arranhando seu abdômen. Peter solta uma risadinha.

"Não esse tipo de surpresa. Uma surpresa de verdade... Está em seu quarto." Eu recuo para o encarar surpresa e Peter sorri para mim.

Vendo que ele falava sério, desço do seu colo e corro para o meu quarto, subindo as escadas de dois em dois degraus. Não perco a risada de Peter lá em baixo, ele deixa que eu veja a tal surpresa sozinha.

Em cima da minha cama tinha uma caixa branca. Sem indentificação, sem marca, sem nada. Apenas uma caixa branca.

Franzi o cenho e caminhei até ela. Tiro a tampa, mas ela cai da minha mão no segundo em que boto os meus olhos no que tinha ali dentro.

Eu não sei quanto tempo fico parada, apenas olhando. Só saí do transe quando ouvi a voz de Peter.

"Não gostou?" Eu me viro para encontrá-lo apoiado no batente da porta, usando apenas uma bermuda, exatamente como eu o tinha deixado. Ele sorri.

"Não é isso... É que, você tem certeza?" Eu pergunto, olhando entre ele e a caixa, fazendo Peter rolar os olhos.

"Quantas vezes tenho que falar, fadinha?" Ele se aproxima até parar bem na minha frente e levantar meu queixo com o dedo. "Eu. Te. Amo. Então, por que não?"

Eu olho novamente para caixa, onde tinha uma jaqueta escrito Peter Young na parte de trás. Eu sabia o que isso significa. Se tornar sua old lady.

Era isso que eu queria?

Porra, sim, eu queria.

Sorrio largamente, jogando meus braços em volta de seu pescoço. Peter solta uma risada alta.

"Você é uma mulher confusa, Hayley Kahn." Ele murmura enquanto me segura, e eu solto uma risadinha baixa.

"E você me ama mesmo assim." Digo, me afastando um pouco. Vejo ele rolar os olhos.

"Como você adora me lembrar." Foi minha vez de rolar os olhos.

"Relaxa, playboy, eu também te amo. Não seja um bebezão." Ele me olha surpreso e nega com a cabeça por um segundo, soltando um rostinho baixo.

"E, novamente, eu me pergunto, no que diabos eu te tornei?" Eu sorrio e beijo seus lábios.

"Nada, Peter, você só me salvou, lembra?"

"Cada um tem sua versão da história, fadinha... Na minha, é meio que ao contrário. Mas nós vamos ter que concordar em discordar."

Beta - Death of Angels 2Onde histórias criam vida. Descubra agora