Peter
Respiro fundo assim que paro o carro na frente da casa de Malia, tirando a chave ignição. Porra, eu queria saber como ela iria reagir.
Boto a chave no bolso e saio do carro, batendo a porta atrás de mim. Caminho até a porta, meu coração batendo forte no peito.
Bato na porta e não espero muito para Malia abrir. A toalha que ela usava para secar o seu cabelo molhado cai no chão no minuto que ela bota seus olhos em mim. Eu sorrio.
"Oi docinho." Digo, e vejo quando lágrimas aparecem em seus olhos e ela grita. Alto.
Malia se joga nos meus braços, e eu ignoro a dor no meu estômago e retribuo seu abraço, cada soluço que ela dava era uma pontada no coração.
"Eu realmente diria que eu também senti sua falta, mas eu estava em coma." Digo, fazendo com que ela solte uma risada junto com o choro.
Ela fica me segurando por alguns instantes antes de soltar e me puxar para dentro da casa, fechando a porta atrás de mim. Malia ignora a toalha no chão e me arrasta até o sofá, sentando ao meu lado.
"O que diabos aconteceu?" Ela me pergunta, secando as lágrimas e eu suspiro, encostando a cabeça na parte de trás do sofá.
"Bem, depois que Loki, Wade e East foram embora, Gina me achou na estrada. Ela me levou para o hospital, e eu acabei de acordar de um coma de uma semana e três dias." Digo, e Malia me encara em silêncio, chocada, por alguns segundos antes de soltar uma risada.
"Você já contou a Loki? Jesus, Peter, ele estava tão mal..." Eu lhe dou um sorriso torto.
"Sim, eu passei lá. Você sabe que aquela tatuagem é uma declaração de amor, não é?" Ela revira os olhos, mas tem um sorrisinho em seu rosto.
"Eu senti sua falta, idiota. Nós fizemos um funeral, você sabe. Ah, e você perdeu a formatura." Ela começa a balbuciar sobre os acontecimentos.
Eu não me importo, sei que Malia também estava chateada com a minha falsa morte. Deixo ela falar sobre como tudo estava, resumindo, um saco sem mim. Ela para, porém, quando nós escutamos a chave na porta.
Eu levanto do sofá e Malia sobe as escadas, acho que para nos dar privacidade.
"Malia, quem diabos mexeu no carro de Peter? Você sabe que..." Fadinha para de falar quando fecha a porta atrás de si e me encontra parado no meio da sala.
Eu a encaro de cima a baixo, impressionado com o fato de me surpreender toda vez que a vejo. Ela só ia ficando mais bonita, porra.
Hayley usava um short jeans preto, um blusão branco de manga comprida com duas listras pretas em cada manga na altura do cotovelo, um tênis all star preto no pé e um gorro na cabeça... Aquele era meu gorro. Porra.
Eu assisto enquanto os olhos de fadinha se enchem de água e ela analisa cada parte do meu corpo. Sua mão direita vai para a sua boca quando ela solta um ofego. Porra, ela era perfeita.
"Oi fadinha." Murmuro, e no momento em que as palavras saem de minha boca uma lágrima cai por sua bochecha.
Hayley anda em minha direção, e antes que eu possa falar algo, ela segura meu rosto entre as suas mãos e junta nossos lábios. Porra, sim.
"Eu meio que amo e odeio esses sonhos, você sabe." Ela murmura quando se afasta um pouco, me fazendo franzir a testa. "Porque é maravilhoso até que eu acordo e percebo que você não está realmente lá."
Caralho, ela achava que estava sonhando. Seguro as suas coxas e a levanto no colo, ignorando a dor dos machucados, e enrolo suas pernas ao redor da minha cintura.
"Baby... Fadinha, isso não é um sonho, tudo bem? Eu estou aqui, porra." Digo, dando um beijo em seus lábios. "Eu estou aqui..."
Ela se afasta um pouco e me encara em silêncio por um instante. Acho que consegui a convencer, porque é aí que ela agarra meu pescoço com seus dois braços e começa a soluçar.
A carrego pelas escadas até o segundo andar e entro no primeiro quarto vazio, fechando a porta com o pé atrás de mim enquanto Hayley chorava contra o meu pescoço.
Eu sento com ela na cama de modo em que fadinha fique no meu colo enquanto eu acariciava seu cabelo.
"Mas... Como?" Ela pergunta, se afastando um pouco para que eu possa vê-la. Arranco o gorro da sua cabeça com um sorrisinho e o coloco no espaço vazio da cama.
"Shhh, depois eu te conto..." Murmuro, pressionando um beijo em seu pescoço. "Você ainda precisa de tempo?" Ela solta uma risadinha que faz o meu coração inchar.
"Foda-se o tempo." Eu rio contra a sua pele, tirando a sua blusa por cima da cabeça.
Junto nossos lábios novamente em um beijo faminto enquanto ela rasga a minha blusa para fora do corpo. Isso me faz sorrir contra seus lábios.
"Porra, eu te amo." Sussurro, e ela se afasta um pouco para me olhar nos olhos, um sorrisinho em seus lábios.
"Você está aqui mesmo..." Eu assenti, esfregando seu nariz com o meu.
"E eu não pretendo ir embora em nenhum momento muito breve." Murmuro, e ela sorri para mim.
"Eu também te amo." Sorrio, e ela volta a me beijar.
Quando sua mão alcança o meu curativo, porém, eu ofego e Hayley se afasta imediatamente. Eu não a deixo ir muito longe, porém.
"Porra, eu te machuquei." Ela xinga, me fazendo soltar uma risadinha.
"Ah, isso. Ignore, Hay. Nós podemos conversar depois... Agora deixe eu te mostrar o quão fodidamente senti sua falta." Ela assente...
E eu faço, durante todas as próximas horas.
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"Você estava em coma?" Ela me pergunta, sua voz saindo meio como um gritinho. Eu sorrio.
"Sim. Legal, não é?" Hayley rola os olhos em suma de mim, seu cabelo caindo como uma cortina enquanto ela me beija.
Depois de passarmos um bom tempo explorando o corpo um do outro, eu lhe contei toda a história sobre o coma e Gina.
"Peter, eu tenho que te mostrar uma coisa." Ela diz, seu tom meio hesitante me faz subir um pouco na cama, ficando mais sentado, com fadinha ainda no meu colo.
"O que foi?" Pergunto.
Hayley sai do meu colo, mas antes que eu possa perguntar o que ela está fazendo, a garota me mostra seu pé, onde eu encontro um pequeno curativo em seu tornozelo.
"Tire." Eu franzi a testa, mas fiz o que ela mandou. O que eu vejo me faz perder o fôlego.
Uma pequena tatuagem, com uma letra bonita e delicada, com certeza obra de Wade. Lá, você lia meu Beta. Um sorriso enorme nasce em meu rosto e eu a puxo novamente para meu colo.
"Vocês e suas tatuagens em minha homenagem..." Brinco, mas paro ao ver que ela tinha lágrimas em seus olhos. "Hey, o que foi?"
"Foi horrível, Peter. Todos os pequenos minutos que eu pensei que você tinha morrido foi..." Eu a silêncio, beijando seus lábios. Ela tinha o gosto molhado de suas lágrimas.
"Eu não vou a lugar nenhum, está bem? Nunca." Digo, e ela bota a mão no meu cabelo.
"Nunca?"
"Nunca."
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Beta - Death of Angels 2
RomanceQuando você pensa em um ideal de adolescente, o nome Peter Young certamente não vai aparecer na sua cabeça. Nunca. Fazer parte de uma gangue meio que acaba com essa possibilidade. Mas sabe quem é o adolescente perfeito? Hayley Kahn. Ou pelo menos er...