Capítulo 54

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Hayley

Eu levanto o meu olhar do meu telefone assim que a porta se abre, deixando as mensagens que eu trocava com Malia de lado.

Não me surpreendi ao encontrar Peter fechando a porta atrás de si... Mas eu me surpreendi ao ver o olhar em seu rosto. Ele parecia... Fodido. Aberto e fodido. Um olhar que me deu um aperto no coração.

"Peter o que..." Começo a falar, mas me calo no instante em que ele começa a tirar os sapatos e a sua blusa e sobe na cama, se arrastando para cima de mim.

"Eu só... Me faz esquecer um pouco." Peter Young, pela primeira vez desde que eu o conheço, estava vulnerável na minha frente. Quebrado. "Eu só preciso de você." Sussurra.

E essa frase me mata um pouco. Dou a ele o que pediu então, puxando seu rosto para um beijo que ele vai de bom grado.

Arrasto minhas unhas pelo seu peito, não arranhando para machucar, mas mais como uma provocação. Mas dessa vez não foi como as outras. Nós não estávamos fodendo rápido e forte, nós estávamos indo devagar. Tão deliciosamente devagar.

Peter beija o meu pescoço, começando a tirar a minha camiseta exatamente do mesmo jeito que eu fiz com ele na nossa primeira vez. Ele muda seus beijos para o colo do meu peito quando a blusa vai embora, seus dedos buscando pelo fecho do meu sutiã.

Assim que essa peça vai embora também, ele começa a sua tortura lenta. Tão boa e tão lenta... Pela primeira vez, com sentimento.

Peter arrasta as mãos até a barra do meu short, arrastando para baixo quando continua a provocar meu peito. A calcinha é a próxima, e ele volta a beijar meus lábios.

Tiro a sua calça, e ele me ajuda a arrastar para fora, a cueca seguindo o mesmo caminho até que nós dois estamos completamente nus.

"Sem preliminares..." Sussurro em seu ouvido, e ele assente com a cabeça enquanto rasgava um pacote de camisinha.

Peter junta as nossas mãos acima da minha cabeça e entra em mim devagar, aquele pequeno gesto sendo a minha ruína. Ele começa a se mexer, e, de repente, o sentimento era tão fodidamente forte no meu peito que eu tinha medo de explodir.

Junto nossos lábios em um beijo também lento, tentando manter as palavras que eu tanto queria falar para dentro. Mas, foi inútil, porque quando ele separa nosso beijo por apenas um segundo, as palavrinhas deslizam para fora.

"Eu te amo." Sussurro, e ele congela completamente, me olhando meio aterrorizado.

Ficamos completamente parados por um segundo, até que Peter separa nossas mãos, pega as minhas coxas e enrola minhas pernas em sua cintura, apenas fazendo com que ele vá mais fundo.

"Peter..." Tento murmurar, mas ele começa a negar com a cabeça quando afunda em mim, forte dessa vez.

"Não." Rosna em meu ouvido, acelerando o ritmo até que estávamos frenético.

"Mas..." Tento novamente, mas as palavras vão embora quando ele vai mais fundo e mais forte, em um ponto que me faz rolar os olhos.

"Cala boca, Hayley." Murmura, e começa a me foder como se tivesse me punindo.

E isso machucou para caralho. Eu não esperava que ele fosse dizer de volta, claro que não. Mas negar isso e agir como se eu tivesse acabado de dizer que matei seu cachorrinho doía para caralho, porra.

Ele continuou o ritmo, o único barulho entre nós era as respirações e pele batendo contra pele. Mesmo que esse momento seja fodido e totalmente louco, eu não posso evitar o orgasmo maravilhoso que me atinge, me fazendo gritar.

Peter sai de mim, tirando a camisinha, amarrando e jogando no lixo perto da cama. Ele se levanta e começa a pegar suas roupas, me quebrando mais um pouquinho.

"Peter, quer parar, porra!" Grito quando a raiva começa a nascer em mim também, botando meu short e blusa para não ficar tão vulnerável. Ele para, mas não olha para mim. "Por que merda você está correndo como uma fodida praga?"

"Você não pode me amar, Hayley. Entendeu? Não pode, porra!" Ele finalmente vira para mim, gritando as palavras.

"E por que não?" Pergunto, no mesmo tom, mas ele apenas me olha calado. Cerrei os olhos. "Você ainda está apaixonado por Gina?" Falo mais baixo dessa vez, e vejo que finalmente o atingi.

"Eu... Eu não sei, Hayley." Responde, mais quebrado do que eu já tinha visto antes. Suspiro.

"Peter, você não tem ideia de onde a garota está..." Começo, mas ele me interrompe.

"Sim, eu tenho. Eu sei onde ela está." Eu arregalo os olhos.

"O que?" Suspiro, e ele bufa, mexendo no cabelo, parecendo confuso.

"Gina voltou." E eu entendi a porra toda, o que me fez sentir a raiva nas minhas veias.

"É por isso que você está assim. Porque ela voltou. É por isso que você veio para cá, não é? Por isso que você precisava de mim?" Porra, isso doeu como uma vadia.

"Sim." Essa palavra foi como um tapa na cara.

"Você vai vê-la?" Pergunto, forçando a me acalmar.

Peter parecia completamente perdido, mas eu me recusava a simpatizar com ele agora. A sentir por ele. Porra, ele podia estar fodido, mas estava me quebrando também.

"Eu não sei." Sussurra, me fazendo soltar um suspiro. Eu sei o que tenho que fazer agora, mas tenho um medo fodido de fazê-lo.

"Então é melhor você se decidir agora mesmo, Peter." Digo, e ele me olha com a testa franzida.

Me aproximo dele, parando bem na sua frente para que ele perceba o quão séria eu estou sendo.

"É melhor você decidir agora, porque eu não vou ser a segunda escolha de ninguém. Eu não vou, Peter. Eu sei que você quer entender toda essa merda, eu também quero, mas se você sair por essa porta agora para vê-la, não é para voltar. Eu não sou a segunda escolha de ninguém." Falo sem gritar, mas com a voz decidida.

E era verdade, cada pequena palavrinha. Isso para mim acabou. Eu não vou ser a vadia de ninguém, nem mesmo Peter.

Nós nos olhamos em silêncio, e eu podia ver em seu rosto o quão perdido ele estava. Mas eu não iria ajudá-lo. Ele tinha que decidir por si mesmo agora.

Eu só não esperava que sua decisão fosse me machucar tanto.

"Eu... Eu sinto muito, Hayley." Sussurra, e se vira, saindo do quarto.

E me deixando ali, assistindo enquanto eu deixava o menino que me quebrou e me salvou sair da minha vida.

Beta - Death of Angels 2Onde histórias criam vida. Descubra agora