Capítulo 34

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XX

Desculpa a demora, estou correndo para fazer o livro 2 (Sim, eu quero fazer uma saga) e eu preciso ajustar com o fim de Lady Amélia que está bem próximo, e por isso estou atrasando aqui e correndo desse lado de cá. 

Sei que vocês entendem

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Sei que vocês entendem. :)

XX


Thomas conseguiu tapar a boca de Laura assim que a irmã deu o primeiro grito.

Amélia olhou aflita para todos naquela sala, a duquesa caiu no chão como se tivesse sido jogada, Rosie e Gracie mal piscavam.

— Henry... — A duquesa murmurou do chão.

— Sim. — Henry ergueu as mãos e se ajoelhou na frente da mãe, e quando ela tocou seu rosto como se não pudesse acreditar, fechou os olhos. — Sou eu.

— Você está morto meu filho. — A duquesa segurou o rosto do filho com as duas mãos. — Você está morto, me deixou aqui nesse mundo sem você, veio me buscar para ficar com você?

— Não estou morto mamãe, mas preciso que todos pensem que estou.

— Canalha. — Rosie rompeu em uma fúria que Amélia jamais viu.

Reconheceu aquele olhar, Thomas teve a mesma reação, ela pegou um jarro que carregava um belíssimo arranjo e atirou no irmão, mas tremia tanto que nem sequer chegou perto de atingi-lo.

— Desgraçado, seu bastado miserável! — Rosie gritou, mas Amélia correu para ela, segurando seus braços, temendo que a criadagem escutasse.

— Rosie, escute. — Sussurrou tentando puxar a amiga que tentava avançar no irmão.

— Porque você precisa está morto? — A voz infantil de Laura encheu a sala silenciosa.

Thomas a apertou entre seus braços, a voz soou tão melancólica que poderia transformar qualquer coração em pó.

— Eu tenho um defeito que não posso dizer. — Henry sentiu a mão da mãe aperta ainda mais seu rosto, em choque. — Mas as coisas que já fiz podem me levar a morte, Laura, eu iria morrer, mas vocês estariam vivas para lidar com o que deixei para trás.

— Do que fala Henry? — Gracie falou pela primeira vez. — O que você fez?

— Eu amo vocês. — Henry murmurou. — E por isso jamais poderia contar, mas acreditem, eu precisava acabar.

— Não estou entendo. — Rosie rosnou zangada, e Amélia reforçou o aperto nos seus braços.

— O Henry Walsh precisa estar morto, para que possa dá um futuro a vocês, tenho novos documentos, e agora preciso ter uma nova vida. — Henry encarou a irmã.

— Você está vestido como um criado. — Jodie sussurrou, como se nada do que ele tivesse falado conseguisse entender, e quando Henry olhou nos seus olhos, viu que não existia ninguém realmente ali, era como se a mãe estivesse coberta por uma nuvem alucinógena.

— Eu precisei. — Segurou no ombro da mãe, tentando trazer ela de volta ali.

— Aonde você estava esse tempo todo? — O tom de voz de Rosie foi perdendo a raiva, mas Amélia pode ouvir a tristeza fazendo sua voz tremer.

— Na casa do antigo criado da fronteira. — Henry deu de ombros.

— Você não deveria dormir em cama de criado. — A mãe murmurou perdida.

— Mãe por favor, me escute. — Dessa vez como ela, segurou os dois lados do seu rosto, e a sacudiu levemente, tentando fazer seus olhos focarem. — Não pode jamais contar a ninguém que estou vivo, nunca mais, se fizer isso a senhora terá que recolher meu corpo morto por enforcamento no meio da praça.

— O que foi que você fez meu filho? — Jodie lamentou. — Nós podemos dá um jeito, iremos consertar, só não me deixe.

— Eu jamais saberei te responder o que exatamente poderia ser feito para mudar, eu aprendi que não existe como mudar. — Henry beijou a testa da mãe e olhou para Thomas. — Todos me ajudaram como puderam, Thomas, Amélia, até papai, mais o que está escrito e condenado pelo destino não existe forças que mudem.

— E para onde você vai? — A duquesa gemeu sem esperança.

— Eu sempre desejei conhecer a Suécia. — Henry olhou carinhoso para a mãe. — E a índia está nos meus planos também, a América me traz muita curiosidade, iriei fazer exatamente o que Thomas fez, conhece todos os países desse mundo, sempre quis fazer isso, mas estava trancando dentro do monastério.

— Quando ira? — Gracie murmurou.

— Quando o sol nascer tem um navio partindo a algumas milhas daqui, não podemos arriscar ser reconhecido aqui. — Henry apontou para Thomas. — Compramos a passagem e embarcarei como um jovem rico e nada mais, por favor, não fiquem de luto, não percam um ano da vida de vocês de luto por uma morte que não existiu.

— Não iremos dizer a ninguém. — Laura se chacoalhou dos braços de Thomas fazendo o irmão a soltar, e correu para Henry, se ajoelhando ao seu lado e rodeando com os braços. —Você promete escrever?

— Escreverei para cada um de vocês todos os meses e tentarei sempre passar o endereço para que vocês possam me responder. — Henry beijou sua bochecha. — Eu agi muitas vezes sem pensar em vocês, mas o que estou fazendo agora é puramente por vocês, as amo.

—Vou sentir sua falta. — Dessa vez Gracie se libertou do seu choque e imitou o gesto de Laura, e os três se abraçaram. — Não importa o que você fez, eu te amo.

— Rosie... — Henry murmurou e esticou a mão para a irmã que o olhava petrificada. — Não existe outro jeito.

Rosie mal piscou, e quando Thomas viu que a irmã estava perdida fez algo que anos não fazia: Segurou sua mão.

Como se ela estivesse aprendendo de novo a andar sendo ajudada pelo irmão mais velho e mais alto, e a trouxe com calma até aonde os irmãos estavam, Thomas soltou sua mão e se ajoelhou, era grande o suficiente para abraçar os três irmãos, e deitou a cabeça no ombro de Henry, Rosie desmoronou.

Se ajoelhou no chão, chorando perdida enquanto os irmãos Walsh a acolhiam em um braço.

Juntos pela última vez. 

XX

Estamos fechando os laços e colocando alguns pontos finais, por isso ta curtinho, o próximo e GIGANTE, não se preocupe. 

Votem e Comentem nessa reta final,vocês moram no meu coração. <3

Beijoos


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