XXIV

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O loiro assentiu meio desconfiado, se sentia desconfortável estar perto do mais homem, saber que foi ele o motivo de sua mãe não estar mais viva o deixava irritado, a única coisa que o impedia era pensar que a castanha o odiaria.

Os outros híbridos estavam no palco, tentando convencer os humanos a mudar de idéia e aceita-los, enquanto isso, o homem levou o loiro para outro camarim, mas este não estava vazio, seus dois irmãos pareciam estar os esperando.

Eles entraram no cômodo, o loiro se sentou numa ponta e o azulado estava em outra, o homem suspirou e se sentou na poltrona velha que ficava ao lado do sofá, um silêncio desconfortável se seguiu.

Bill:Vamos logo com isso?- Ele disse irritado, o velho os olhou e assentiu.

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Flashback:

O dis estava chuvoso, nublado e frio, para algumas pessoas esse tipo de tempo é ótimo: A chuva, seu barulho e o cheira que fica depois da mesma agrada a muitos, o frio é perfeito para ficar dentro de casa, agasalhado e quente.

Mas o clima para outros era triste...

E era isso que o dia estava naquela tarde, triste, desesperador, agoniante e principalmente, o sentimento de luto se fazia presente no cemitério municipal da cidade.

Três homens, todos de preto e com seus guarda-chuvas, seus semblantes melancólicos deixavam qualquer um preocupado, em sua frente uma lápide comum, com nada escrito além de sua data de morte.

A híbrida fora enterrada como indigente, seus filhos não estavam no seu velório, nem puderam participar pelo desconhecimento de quem era ela e onde eles estavam.

Os dois gêmeos e o caçador estavam a um bom tempo somente olhando aquele túmulo, o mais melancólico entre ele, era com certeza, o gêmeo caçador, o momento de quando atirou na mulher, e seu filho chorando em desespero, se passavam como um torturante filme na sua mente.

Stan:Eu... vou para o carro mano, se precisar de algo...- Ele parou de falar, seu irmão continuava de costas, sem lhe dar importância, ele somente colocou as mãos luvadas no bolso e voltou para o carro, junto com o outro.

O que antes era somente uma chuva fraca, começou a se intensificar.

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Na cabana no meio da floresta, o azulado ainda chorava nos braços do irmão mais velho, a cabana estava em silêncio absoluto, a garotinha estava dormindo após diversas horas de choro, não só dela...

Will:Eu q-quero a m-mamãe...- Ele soluçava em desespero, o ruivo estava com os olhos inchados e em silêncio, reconfortando o mais novo.

O loiro estava também no sofá, olhando para um ponto do canto do cômodo e mergulhado em pensamentos há a alguns longos minutos.

Bill:Eu também...- Ele abraçou os dois, novamente eles começaram a chorar, em silêncio...

O loiro não conseguia esquecer o momento em que sua mãe estava no chão, sangrando, haviam atirado nela como se fosse um animal selvagem quaquer, sem importância.

O pior... ele se culpava por isso. Achava que tudo aquilo foi culpa dele, se tivesse ouvido o seu irmão mais velho, se tivesse ficado em casa...

Agora sua propria mãe morrerá na sua frente á algumas horas atrás, ele não podia estar pior...

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Ford:... eu realmente espero que possam entender, eu errei, e pretendo pagar as consequências, só peço... que um dia possam me perdoar.- Ele parou de falar, os três estavam em silêncio.

Phill:Precisamos de um tempo!- O ruivo disse tomando a frente, o homem assentiu, ele se levanta e sai do cômodo, deixando eles a sós.

Will:E-eu...- O azulado tinha algumas lágrimas saindo do seu rosto, o ruivo continuava sério,  ele puxou o azulado para um abraço, na tentativa de reconforta-lo, o mesmo se agarrou ao ruivo, tentando cessar o choro.

Phill:Bill, o que você acha?- Ele preguntou ao loiro, ele estava olhando um ponto no canto do cômodo, mergulhado em pensamentos, o ruivo permaneceu em silêncio.

Bill:Eu não sei...- Ele estava confuso, triste e melancólico, apesar de ter sido um acidente, ele ainda tinha um pouco de rancor do homem.

Will:Eu... acho que deveriamos dar uma chance a ele!- O azulado se pronuncia tímido, seus irmãos ainda pareciam pensar, quando o loiro se encosta no sofá, sem tirar o olhar do ponto.

Bill:Eu não sei... talvez... eu possa tentar.- Ele pensou na castanha, seu sorriso e seu cheiro, eram algo que ele não queria perder, suspira frustrado.

De repente, a górgona rosa aparece na porta, tinha um grande sorriso na sua face, ela parecia eufórica.

Pyronica:Estamos ganhando força, eles com certeza estão mudando de idéia...- Ela deixa de sorrir aos poucos ao ver a expressão de melancólica dos trigêmeos, ela se aproxima preocupada.- Que houve?

Phill:O passado... é incrível como você tenta esquecer ele mas ele vai senpre estar ali.- A rosada suspira, se sentando na poltrona, o silêncio desconfortável volta ao cômodo

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A castanha e seu irmão, junto com seus outros amigos, assistiam entusiasmados o discurso e as pessoas mudando de idéia aos poucos, era algo incrível.

Mabel:Queria que o Bill estivesse aqui!- Ela olha em volta, sem sucesso em avistar o loiro ou um dos seus irmãos.

Ela iria sair a sua procura, quando seu irmão gêmeo a segura oelo braço, ela volta o seu olhar para ele, curiosa sovre essa atitude.

Dipper:Mabel, eu vou com você, estou preocupado com o Will!- Ele diz olhando em volta, ansioso - Ele sumiu!- A castanha concorda, ela puxa seu irmão e eles começam a andar pelo lugar.

Os bastidores eram grandes, sem ajuda alguém podeia se perder um pouco nesses lugares, diversos camarins e etc.

Foi quando os dois começaram a chamar os lobos, sem sucesso, estavam bem frustrados por isso, quando de repente, escutam um barulho atrás de si.

XXX:Olha o que nós temos aqui...- Eles acabam se assustando com a voz repentina, realmente foi uma supresa, e isso os faziam parecerem suspeitos, os dois começaram a suar e seus batimentos estavam à mil.

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GENTE eu vou ver se consigo postar mais um ou dois capitulos amanhã.

Eu tô com um pequeno bloqueio

MAS não precisam se preocupar ❤

A Chapéuzinho Vermelho e o LoboOnde histórias criam vida. Descubra agora