capítulo 1

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 Seattle - Washington

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Seattle - Washington.
09 de setembro.

Emily📌

Tate: Vamos, minha gatinha. Aulas de geometria e gramática não são pra nós.

Emily: —dou os ombros.— Eu curto matemática.

Ele me olha com cara de tédio.

Emily: Eu não sei, Tate. Começou às aulas essa semana, meu pai tá na minha cola.—rolo os olhos.

Tate: Por favor—dá beijinhos no meu pescoço.—Ivy já está esperando a gente.

Dou uma última mordida na maçã e o olho rindo com os olhos.

Emily: Tudo bem.

Ano passado fazíamos isso quase a semana inteira, foi por isso que o Tate reprovou novamente. Já era pra ele ter saído do ensino médio, mas ele é burro além da conta.

Pego minha mochila e ele coloca a dele nas costas.

A saída da minha escola é livre, só tem que passar o cartão que registra o horário. Mas nós sabemos abaixar e passar por baixo da catraca.

O Tate é meu namorado há mais de dois anos. A gente vive a nossa vida intensamente, loucamente e sem se importar com o dia de amanhã. Nos drogamos como se o mundo fosse acabar, e bebemos álcool como se fosse água.

A diferença, é que eu venho de uma família milionária, de status, de nome e poder. E o Tate, bom, ele vive bem com as drogas que vende. Mas nosso amor vem de outra vida, é fora do normal.

Ivy: Hey, casal mais lindo do universo. Qual a boa?—entra no nosso meio passando os braços em nossos pescoços.

Ivy é a minha única amiga. Na escola, eu nunca fui a mais popular e nem a mais querida. As garotas do "as quartas usamos rosa" são nojenta e sem cérebro, e não aceitam o fato de eu ser a rebelde revoltada que pode dormir a aula inteira que ainda sim tira sempre A nos testes.

Não é minha culpa se meu pai me obriga a fazer aula com professores particulares em casa a minha vida toda.
Os meus outros amigos, bom, Ivy e Tate, Tate e Ivy. São as duas pessoas que confio. Únicas. Os amigos do Tate também são meus amigos, mas eu não sou próxima deles, se fosse já estaria morando na rua vendendo droga.

Tate: Vamos para o Ballard, descobri um beco sossegado onde a polícia não sabe nem que existe.

Emily: E o que você tem aí, meu amorzinho?

Tate: O seu preferido, minha gata.

Ivy/Emily: Co ca í na.—falamos em um tom sonoro.

Gargalhos e seguimos andando até o lugar.

Ben📌

Entro no restaurante e logo a recepcionista me diz onde está a mesa reservada.Sigo ela e dou uma olhada na bunda da mesma, coberta pela saia preta colada.

Ela me olha de canto de olho e solta um sorriso.Arrumo minha camisa e logo chego a mesa do meu chefe.

Ben: Desculpe o atraso, Senhor. Tive um imprevisto.

Ele se levanta e me cumprimenta com a mão.

Charles: Jansen. Posso ser direto que se aceitar minha proposta de emprego, seus imprevistos serão resumidos em um apenas: Emily.

Me sento na cadeira e ele também.

Ben: Que pelo que eu estudei, sua filha de 17 anos. Única filha.

Charles: Única e perdida. Chamei-o aqui por que se trata de um caso secreto. Você será meu espião particular, de certa forma, irá vigiar minha filha, secretamente. Quero que cuide dela de longe, sem que ela descubra que te pago para isso. E quero uma ficha diária do que ela anda fazendo.

Começamos a conversar, e eu entendi que a menina não é fácil. Ele desconfia que ela seja envolvida com drogas pelas companhias da garota. Ele me passou todo o caso.

Eu era um agente secreto. Meu pai tem uma grande empresa e trabalha com isso, e é amigo de Charles Anderson, que é um dos homens mais importantes da cidade.

Charles: Essa é ela.

Ele coloca na mesa uma foto e eu olho a mesma. Bonita, muito bonita, mas vai dar trabalho.

Nada impossível pra mim.

Afirmo com a cabeça e guardo a foto no bolso.

Ben: E o que ganho com isso?

Ele tira um papel do bolso e uma caneta. Depois de colocar um valor, ele me entrega um papel.

Ben: Nada mal.

Charles: Aos poucos vou te colocando dentro da minha casa, quanto mais perto dela você estiver, melhor irá conhecê-la.

Ben: —afirmo.— Isso é tudo?

Charles: Comece amanhã.

Me despeço dele e, sem comer nada, saio do restaurante.Entro no carro e pego a foto da menina. Dou um sorriso de lado e balanço a cabeça.

Ben: Fala aí, princesa. Vamo vê você.

Passo o sinto e coloco a foto dela em qualquer lugar. Eu não brinco em serviço, fui muito bem treinado, se me mandou começar amanhã, eu começo já. Eu piso fundo e vou pra batalha.

Não é por que meu pai é importante que tive as coisas fáceis na vida. Eu estudei muito e só tive o apoio da minha mãe em todas minhas decisões.

𝐄𝐌𝐈𝐋𝐘Onde histórias criam vida. Descubra agora