capítulo 23

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Ben📌

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Ben📌

Diana: Está maluco, menino?

Lins: Perdeu todos os sentidos. Sabe que posso acabar isso, não sabe?

Diana: Casar que jeito, filho? Ficou louco?

Ben: Casar casando. Fazer uma família talvez.—dou os ombros.

Lins: É estéril, não pode ter filhos. Esqueceu?

Mexendo nos fones de ouvido e os destruindo, criando então um simples elástico de cabelo, solto uma risada.

Ben: Isso foi o que o senhor criou. Não o que eu fiz. Eu sou um gênio.

Lins: Não mais que eu que te criei.

Ben: O senhor sabe sobre mim, sabe todas as teorias, experimentos, tudo, e fico grato por isso. Mas o senhor não tem mais conhecimento do que eu. Isso posso afirmar.

Pego o elástico de cabelo que eu tinha feito e mostro a ele.

Ben: Fiz em meio minuto. Era um fone de ouvido. Leve pra sua mulher, diga que foi o gênio que você criou que fez.—pisco e saio da sala.

Ouço minha mãe dizendo coisas desesperadas e eu não ligo.

Ligação.

Ben: Emily?

Emily: Oi, amor.

Ben: Nós vamos nos casar mesmo né?

Emily: —posso ouvir sua gargalhada.— Benjamin!?

Ben: Vamos ou não?

Emily: Já achou um apartamento? Um bom apartamento?

Ben: Já.

Emily: Então vamos.

Ben: E você quer filhos?

Emily: Precisamos falar disso por ligação?—diz rindo.— o que deu em você?

Ben: Quer filhos ou não?

Emily: Eu não sei. Não sei ser mãe.

Ben: Daqui uns anos?

Emily: Posso pensar.

Ben: Beleza. Passo na sua casa em exatos 17 minutos e 9 segundos. Se arruma e me espera. Sem atrasos.

Emily: Você consegue me surpreender mesmo depois de anos juntos.

Ben: —rio.— Beijo.

Fim da ligação.

Ligo meu relógio para marcar o tempo, e então flash's começam a vir na minha cabeça. Fecho os olhos forte e uma forte dor na cabeça me atinge, ao mesmo tempo fazendo com que eu pense em varias e varias coisas. Fica tudo colorido e eu já não enxergo mais as ruas, as árvores, nada.

Ben: O que está acontecendo comigo?

Lins: Quero que vá até a casa de Emily. E quero que a mate.

Eu continuo vendo tudo colorido.

Diana: Por favor pare com isso.—pede a ele.

Lins: Ela vai te destruir.

Diana: Filho, não ouça o que ele diz.

Minha visão volta a normalizar.

Ben: Saem do meu carro.

Diana: Querido...

Pego uma arma de baixo do meu banco e aponto para o doutor.

Ben: Sai da porra do carro.

Ele desce do carro e eu acelero pra casa da Emily.

Empregada: Senhorita Emily está te esperando no quarto.

Afirmo com a cabeça e subo. Abro a porta e a vejo secando o cabelo, com aquele secador fazendo um barulho infernal.

Seguro a arma, apontando pra ela e puxo o gatilho. Ela desliga o secador e eu escondo a arma nas minhas costas.

Emily: Ah você tá aí—fala mexendo no cabelo.— estou pensando em cortar o meu cabelo. O que você acha? Tá muito grande.

Ela me dá um selinho rápido e beija meu rosto, em seguida passa pela cama pra pegar um chinelo.

Emily: Que foi?—me olha rindo.

Balanço a cabeça e ela dá os ombros.

Emily: Amor, a gente vai pra casa da minha mãe esse final de semana?—fala mexendo no guarda-roupa.

Coloco a arma nas minhas costas e arrumo a camiseta por cima pra não aparecer.

Ben: Deseja ir?

Emily: Ah... quero. Faz mais de dois meses que não vou lá.

Me sento na cama sem falar nada, pensativo, e em cerca de um minuto ela aparece na minha frente.

Emily: Ben—ergue meu rosto.—o que foi?

Aperto os olhos e então a encaro, e posso notar sua reação.

Emily: Mudaram de cor. Fazia tempo que isso não acontecia. O que foi, Benjamin?

Olho pra ela e ela parece esperar uma resposta.

Ben: Acredita que eu gosto de você?

Ela franze a sobrancelha me olhando.

Ben: Acredita que gosto de você de verdade. Acredita que...—engulo seco.—acredita que eu te amo? E isso me destrói. Acaba comigo.

Ela senta no meu colo e passa um braço no meu pescoço.

Emily: Você tá me deixando nervosa e está me dando vontade de fumar. Fala logo o que aconteceu?

Entra ano e sai ano, e ela não larga do cigarro. Com droga ela não se envolve mais já tem quase um ano, mas o cigarro é um inferno. É tipo dois maços por semana, e isso me deixa louco da vida.

Emily: Ben?—me balança.

Coloco minha mão em seu rosto e aproximo meus lábios do seu, iniciando um beijo suave.
Ela deixa se levar e ficamos naquilo por exatos 6 minutos e 22 segundos, até ela me abraçar e sentir a arma nas minhas costas.

Ela tira de mim, com calma e segura em suas mãos. Ela nunca surta, sem chiliques, sem extravagâncias. É isso que me prende nela, ela ser tão... tão ela.

Emily: O que pretendia fazer com isso?—diz calma.

𝐄𝐌𝐈𝐋𝐘Onde histórias criam vida. Descubra agora