Ben📌
Diana: Está maluco, menino?
Lins: Perdeu todos os sentidos. Sabe que posso acabar isso, não sabe?
Diana: Casar que jeito, filho? Ficou louco?
Ben: Casar casando. Fazer uma família talvez.—dou os ombros.
Lins: É estéril, não pode ter filhos. Esqueceu?
Mexendo nos fones de ouvido e os destruindo, criando então um simples elástico de cabelo, solto uma risada.
Ben: Isso foi o que o senhor criou. Não o que eu fiz. Eu sou um gênio.
Lins: Não mais que eu que te criei.
Ben: O senhor sabe sobre mim, sabe todas as teorias, experimentos, tudo, e fico grato por isso. Mas o senhor não tem mais conhecimento do que eu. Isso posso afirmar.
Pego o elástico de cabelo que eu tinha feito e mostro a ele.
Ben: Fiz em meio minuto. Era um fone de ouvido. Leve pra sua mulher, diga que foi o gênio que você criou que fez.—pisco e saio da sala.
Ouço minha mãe dizendo coisas desesperadas e eu não ligo.
Ligação.
Ben: Emily?
Emily: Oi, amor.
Ben: Nós vamos nos casar mesmo né?
Emily: —posso ouvir sua gargalhada.— Benjamin!?
Ben: Vamos ou não?
Emily: Já achou um apartamento? Um bom apartamento?
Ben: Já.
Emily: Então vamos.
Ben: E você quer filhos?
Emily: Precisamos falar disso por ligação?—diz rindo.— o que deu em você?
Ben: Quer filhos ou não?
Emily: Eu não sei. Não sei ser mãe.
Ben: Daqui uns anos?
Emily: Posso pensar.
Ben: Beleza. Passo na sua casa em exatos 17 minutos e 9 segundos. Se arruma e me espera. Sem atrasos.
Emily: Você consegue me surpreender mesmo depois de anos juntos.
Ben: —rio.— Beijo.
Fim da ligação.
Ligo meu relógio para marcar o tempo, e então flash's começam a vir na minha cabeça. Fecho os olhos forte e uma forte dor na cabeça me atinge, ao mesmo tempo fazendo com que eu pense em varias e varias coisas. Fica tudo colorido e eu já não enxergo mais as ruas, as árvores, nada.
Ben: O que está acontecendo comigo?
Lins: Quero que vá até a casa de Emily. E quero que a mate.
Eu continuo vendo tudo colorido.
Diana: Por favor pare com isso.—pede a ele.
Lins: Ela vai te destruir.
Diana: Filho, não ouça o que ele diz.
Minha visão volta a normalizar.
Ben: Saem do meu carro.
Diana: Querido...
Pego uma arma de baixo do meu banco e aponto para o doutor.
Ben: Sai da porra do carro.
Ele desce do carro e eu acelero pra casa da Emily.
Empregada: Senhorita Emily está te esperando no quarto.
Afirmo com a cabeça e subo. Abro a porta e a vejo secando o cabelo, com aquele secador fazendo um barulho infernal.
Seguro a arma, apontando pra ela e puxo o gatilho. Ela desliga o secador e eu escondo a arma nas minhas costas.
Emily: Ah você tá aí—fala mexendo no cabelo.— estou pensando em cortar o meu cabelo. O que você acha? Tá muito grande.
Ela me dá um selinho rápido e beija meu rosto, em seguida passa pela cama pra pegar um chinelo.
Emily: Que foi?—me olha rindo.
Balanço a cabeça e ela dá os ombros.
Emily: Amor, a gente vai pra casa da minha mãe esse final de semana?—fala mexendo no guarda-roupa.
Coloco a arma nas minhas costas e arrumo a camiseta por cima pra não aparecer.
Ben: Deseja ir?
Emily: Ah... quero. Faz mais de dois meses que não vou lá.
Me sento na cama sem falar nada, pensativo, e em cerca de um minuto ela aparece na minha frente.
Emily: Ben—ergue meu rosto.—o que foi?
Aperto os olhos e então a encaro, e posso notar sua reação.
Emily: Mudaram de cor. Fazia tempo que isso não acontecia. O que foi, Benjamin?
Olho pra ela e ela parece esperar uma resposta.
Ben: Acredita que eu gosto de você?
Ela franze a sobrancelha me olhando.
Ben: Acredita que gosto de você de verdade. Acredita que...—engulo seco.—acredita que eu te amo? E isso me destrói. Acaba comigo.
Ela senta no meu colo e passa um braço no meu pescoço.
Emily: Você tá me deixando nervosa e está me dando vontade de fumar. Fala logo o que aconteceu?
Entra ano e sai ano, e ela não larga do cigarro. Com droga ela não se envolve mais já tem quase um ano, mas o cigarro é um inferno. É tipo dois maços por semana, e isso me deixa louco da vida.
Emily: Ben?—me balança.
Coloco minha mão em seu rosto e aproximo meus lábios do seu, iniciando um beijo suave.
Ela deixa se levar e ficamos naquilo por exatos 6 minutos e 22 segundos, até ela me abraçar e sentir a arma nas minhas costas.Ela tira de mim, com calma e segura em suas mãos. Ela nunca surta, sem chiliques, sem extravagâncias. É isso que me prende nela, ela ser tão... tão ela.
Emily: O que pretendia fazer com isso?—diz calma.
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𝐄𝐌𝐈𝐋𝐘
Teen FictionSempre te amarei mais a cada nascer do dia. Te amarei por dias, horas, meses, anos. Te amarei nos dias chuvosos. Te amarei ainda mais nas horas de alegrias. Te amarei em todas as estações. Te amarei por tudo, ou apesar de tudo. Te amarei com todo o...