16: Perdido, quebrado, sonhando...

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p.o.v terceira pessoa...

(1)--Desgraça... ele está acordando!!- grita furioso o mascarado em manto de ouro.

(2)--Calma... mesmo que ele acorde, temos o destruidor conosco, nada nos deterá com ele aqui.- fala outro homem, um pouco mais baixo, olhando para a entrada do esconderijo de sua mais brilhante arma.

(1)--Eu sei, mas agora que essa princesa voltou, os selos que protegem a Nova Asgard estão se fortalecendo.- olha para o companheiro.

(2)--Pena que ela está presa em seus piores pesadelos...- diz pegando um cristal negro.

(2)--As lembranças são a única coisa bela e eterna, só que são as mais sombrias...- fala e dá um risada cruel, sendo seguido pelo homem de capa dourada.

p.o.v Odin...

"Tem algo estranho rondando Asgard... como se fosse..."- sou interrompido de meus pensamentos quando sento um poder hostil perto de meu trono.

Olho o mesmo e vejo que ele está completamente norma, exceto por uma grande sombra negra de um homem.

--Olá Odin...- fala a sombra com uma voz ameaçadora.

Eu: Quem é você?- pergunto entrando em alerta deixando uma pouco de minha energia emanar.

--Você não precisa saber ainda, pai de todos, mas, sugiro que procure seus filhos... eles podem estar com problemas bem "espinhosos".- fala e logo desaparece.

"Thor e Snow? Problemas espinhosos?"- penso.

Eu: Não...- sussurro para mim mesmo.

Logo eu corro para fora da minha sala do trono, preciso tira-los de lá antes que seja tarde.

Eu: GUARDAS!! PEGUEM SEUS CAVALOS E VÃO PARA A DIVISA!! Tragam meus filhos para casa!!- ordeno e imediatamente alguns guardas saem.

Eu não permitirei, nunca mais aquilo acontecerá.

p.o.v Snow...

Onde estou?
Como vim parar aqui?
São perguntas que talvez ninguém consiga me dizer.
Estou em uma caverna escura com grandes tubos de diversas cores, cada tem um ser diferente e feio.
Esse lugar tem uma grande tensão no ar, é sombrio e tem cheiro de morte.
Nem quero saber quem é o morto, vai que sou eu.
Fico olhando os vidros de cientista em uma mesa, estava tão fascinada que só fui despertada quando uma porta secreta se abriu e dela entra um homem de capa dourada.

--É... de volta ao trabalho...- fala estalando os dedos.

Ele vai até uma parte mais funda da caverna onde tem um gigantesco tubo com algo encolhido lá dentro.
Tento me aproximar mas meus pés pareciam pedras fincadas no chão, nem com a minha grande força consegui levanta-los.
Fico observando o homem encapuzado virar e revirar as páginas de um grande livro que reconheci muito bem, era o livro que estava escondido em um buraco no chão embaixo do tapete do meu quarto.
Ninguém no mundo sabia desse livro, somente minha mãe e duvido que ela falaria para alguém.

Logo tudo fica preto e me vejo em um jardim, o jardim de minha mãe, lá brincavam duas crianças, um menino de cabelos castanhos e outro de cabelos negros em tons de roxo.
Mais no canto estavam outras duas crianças, uma dessas crianças reconheci como sendo eu, mas a outra, o menino moreno de olhos negros ao meu lado, eu não conheço.

Todos riam e se divertiam, eram tempos bons aqueles.

"Que saudade dessa época..."- penso com certa saudade.

Sou tirada de meus pensamento quando escuto um chora baixinho, ouso uma voz de crianças clamando e pedindo algo em um sussurro de dor.
Sigo a doce voz e encontro um menino de cabelos loiro platinado e olhos azuis céu...
Assim que eu o vejo lágrimas começam a cair de meus olhos percorrendo meu rosto de forma bruta e rápida.

"Irmão..."- falo chorosa.

Ele chorava e soluçava.
Então, do nada, o tempo começa a correr muito rápido, o vejo crescer, amadurecer, se apaixonar, magoar, ser magoado, ser maltratado por vários e rejeitado por todos e então ser assassinado...
Eu vi meu irmão, morrer pelas mãos de meu pequeno irmãozinho.

Essa visão me quebrou, me destruiu.
Logo o tempo corre mais uma vez, só que dessa vez estava em Asgard, estava tudo normal, quando as pedras de memória que eu costumava proteger começam à enfraquecer até que são corrompidas por uma matéria escura.

Foi então que um exército sai da terra e começa a marchar para o castelo, destruindo tudo no caminho, por sorte, alguns guardas já estavam posicionados para caso houvesse um ataque.
A cada centímetro que esse exercito de criaturas assustadoras e mutantes avançavam, de onde seus pés haviam tocado, cristais tão negros como a própria inexistência surgiam, cristais grandes, pontiagudos e perigosos.
Todos que os tocavam se transformavam em estátuas de cristal negro.
Aquela não era Asgard, não podia, era por isso que precisavam me tirar do caminho, sem mim por perto, os selos iam ficar fracos, até se romperem.

--Fuja princesa!- grita alguém atrás de mim.

Eu me viro e vejo uma homem de roupas brancas, com calça e moletom, usando uma máscara que cobria todo o seu rosto, enquanto o capuz do moletom escondia seu cabelo.

--Não venha alteza, não venha para a escuridão... ... nos ajude, você é a única que pode salva-lo...- fala e começa a desaparecer.

Eu: Salvar quem...?- grito.

--Eles já invadiram os 7 mundos... e os outros estão para serem tomados, fuja alteza...!!- fala desesperado.

--Você precisa resgatar aquilo que está perdido e consertar aquilo que está quebrado...- fala e desaparece.

Eu: Espere, quem é voce!?- grito tentando ir até o mesmo mas eu já estava de volta à escuridão.

"Isso já está muito chato..."- penso indignada.

"E agora? Vou esperar algo acontecer nessa escuridão?"- pergunto a mim mesma, mas logo ouso sons de sinos, pequenos sinos.

Sigo o som até um penhasco e encontro um belo homem lá. Me aproximo e vejo uma pequena aura destrutiva emanar do mesmo.

"Ele não consegue controlar?" - pergunto a mim mesma.

Eu: Ei, garoto, você precisa de ajuda com seus poderes?-pergunto, mas o mesmo continua parado.

Ele não ouve por acaso?
Me aproximo dele usando meu poder congelante para bloquear a aura dele, chego bem perto dele e toco seu ombro fazendo o garoto cair desacordado em meus braços.
Eu olho o rosto dele e percebo traços familiares.

Eu: Frey?- sussurro.

Noto que ele se mexe um pouco como se tentasse acordar de um pesadelo.
Começo a sacudir e a chamar o mesmo, tentando o acordar.

Eu: Frey, Frey. Acorda, por favor...- peço suplicante e vejo o mesmo abrir os olhos lentamente, fazendo assim a aura prateada desaparecer rapidamente.

Frey: Neve...- assim que ele diz meu nome, não consigo fazer nada, pois uma forte luz me faz fechar os olhos e, quando os abro, me encontro em meu quarto no castelo em Asgard.

Eu- Foi tudo um sonho...?- pergunto à ninguém sussurrando.

Heimdall: Que bom que acordou princesa...- fala de certa forma aliviado.

Eu: Acordei...?

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Continua...
Espero que tenham gostado, dêem ideias do quê colocar nos caps.

Tchauzinho...

A Filha De OdinOnde histórias criam vida. Descubra agora